[DEZENOVE]: EU E VOCÊ

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Quando retorno para o ponto em que montamos a barraca, visualizo o Nicholas ao longe, de costas para mim. Ele está agachando juntando todos os gravetos que encontrou e eu tento fazer o máximo de silêncio enquanto me aproximo na intenção de assusta-lo.

— NICHOLAS! — grito alto demais. Ele treme, dando uma rasteira no chão ao se virar, quase me derrubando também.

— Ficou louco, cacete? — ele berra, se levantando. — Eu poderia ter morrido. Você é mesmo um babaca, Haze. — ele leva a mão ao peito, tentando conter a respiração acelerada enquanto eu dou risada.

— Morrer de quê? Ataque cardíaco? — jogo meus gravetos no chão.

— Sem graça, Haze. — ele me ajuda a organizar o resto dos gravetos. — Você precisa de um banho. — seu olhar me faz rir ainda mais. Não consigo me controlar em momentos assim, de descontração. — É sério.

— Você também precisa. Vamos para o lago? — questiono ao juntar o último graveto à nossa fogueira ainda apagado. Acenderíamos quando voltássemos.

— Obviamente. Toalha?

— Vai na frente, eu levo. — pisco outra vez.

Mando uma mensagem para o meu pai e os pais do Nicholas informando que havíamos chegado

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Mando uma mensagem para o meu pai e os pais do Nicholas informando que havíamos chegado. Também envio uma outra mensagem para a Yuna, ela não respondeu nenhuma das anteriores. O sinal está fraco o suficiente para eu culpa-lo por isso na minha tentativa de me desligar de todos esses pensamentos ruins para aproveitar meus quase três dias de folga de toda a confusão. Eu preciso respirar, preciso pôr meus pés no chão e aceitar que na maioria das vezes, a vida realmente é difícil e estar aqui agora já é uma grande vitória.

Eu não desisti de mim, tampouco desisti do Nicholas.

Enquanto caminho em direção ao lago, observo todo o ambiente em que estamos. Fios da luz de sol atravessam as grandes árvores, iluminando a região. Está tudo tão calmo que é possível ouvir cada som, cada cantar de pássaros, o fluxo do lago, os gravetos se quebrando conforme eu caminho até chegar naquele local onde ele me espera com um sorriso no rosto como quem dissesse que está tudo bem embora não esteja.

Estalo meus dedos. Ainda estou com a vermelhidão na região.

Em meu ombro, levo uma única toalha que é do Nicholas, e no bolso da calça moletom está o seu sabonete líquido que eu teria a ousadia de usar na preguiça de pegar o que trouxe para mim. Ele ainda está vestido, sentado em uma grande rocha próxima do lago cristalino, Nicholas esfrega as próprias mãos para o ar, provavelmente em uma possível tentativa de se livrar do frio que possivelmente enfrentaremos quando entrarmos ali.

— Só uma toalha? — ele me questiona quando apareço ao seu lado. — E cadê o sabonete?

Tiro o sabonete do bolso, jogando para suas mãos.

— Não temos um lugar para secar as coisas e eu estava com preguiça de pegar a minha. — argumento. — Quanto mais pouparmos esse tipo de coisa, melhor será. A gente usa a sua, a minha estará seca e então daremos um jeito de secar essa também. — ele dá de ombros.

Depois do Ritual (romance gay)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora