30 - MALDIÇÕES SE REALIZAM - Jadir

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Não havia mais tempo a perder. Eu precisava acabar com toda aquela palhaçada!

Por certo eu estava me referindo a Natalie e aquele professor. Tratava-se de um momento da minha vida que me entalava, me fixava em um único objetivo cuja solução não parecia nada feliz.

Muitas vezes pensei em sair daquilo tudo e continuar com a minha vida, mas o descaramento me fazia revoltar.

Ela estava saindo com ele... Com ele! Um instrutor bem mais velho, que não deveria se meter com seus instruídos. Estava levando Natalie para casa quase todos os dias, ou pelo menos, os dias que ela frequentava a academia – que eram os cinco semanais.

Não havia dúvida visto todas as demonstrações carinhosas. Os abraços, sorrisos, saídas ao café, saídas de carro... Ah, basta com tudo isso!!!

Dirigi-me a gerência daquele centro e decidi denunciar toda aquela sordidez. Parecia o correto a se fazer, pelo menos naquele instante. E eu o fiz!

Acredito que eu não tenha pensado muito bem nas coisas... Óbvio! Eu estava possesso! Porém, eu não havia medido qualquer consequência.

Aquele professor, que também era meu instrutor de natação, foi afastado indefinidamente e, quando pensei que isso me daria algum alívio, Natalie voltou a falar comigo.

Eu mal havia pisado na ala de musculação quando Natalie me abordou. Seu semblante estava franzido, sua expressão enervada. Ela estava furiosa e, aparentemente, tratava-se do assunto que me consumia.

- O que você fez? – Natalie indagou assim que me viu.

Eu, no entanto, fingi nada saber:

- Do que está falando?

- Você sabe muito bem! – Exclamou praticamente me cortando.

- Olha Natalie eu...

- Você não sabe a besteira que fez? Por que tinha que ser tão estúpido? – Natalie falou apoiando uma das mãos na testa, como para segurar a cabeça, e os olhos avermelhados. Pensei que minha denúncia havia sido sigilosa, mas isso não me importava. Ela havia me irritado.

- O que você esperava? – Falei bufante. - Que poderia terminar um relacionamento sem motivo algum aparente? Por que não disse que estava interessada em outro?

- Do q.que você está falando? – Indagou pausadamente, parecendo surpresa. Que atuação!

Eu já não aguentava, lhe diria tudo naquele instante:

- Por não saber o que aconteceu eu mal tenho conseguido viver... Você não reparou? ... Ah claro – ri nervoso. – Você não repara em mais nada a não ser em um professor de academia. A mesma que você frequenta. Não te parece imoral?

- O que está dizendo? Está louco? – Natalie alterou a voz. Eu não me intimidei. Ela não iria me confundir mais.

- Tomara que aquele ser desprezível não volte nunca mais e, se eu fosse você, também não voltari...

Antes que eu pudesse terminar a fala, Natalie me deu uma bofetada na cara. Fiquei desnorteado por alguns instantes. Não esperava aquilo vindo dela... Quando voltei a mim, percebi que boa parte dos que estavam ali na ala aeróbica estavam atentos a nós. Helena apareceu.

- O que está acontecendo? – Perguntou irritada. – Vocês não podem discutir neste lugar. Vão ter que sair.

- Desculpe. – Falou Natalie abaixando o cenho. Ela estava falando isso para mim ou para Helena?

- Não vai mais acontecer... – Falei para Helena em voz baixa, com uma das mãos em minha mandíbula esquerda; Natalie era canhota.

Logo a instrutora/recepcionista mal-humorada afastou o pessoal e logo voltaram para as atividades. Natalie e eu não falamos por um tempo. Eu a fitava, ainda segurando minha mandíbula como se ela fosse saltar, e ela fitava o chão; parecia mais do que envergonhada, ela estava triste. Era por ele! Rompi o silêncio, falando mais baixo do que outrora:

- Por que se importa tanto com ele? – Eu havia insistido comigo mesmo que não faria essa pergunta, mas o meu lado irracional venceu... Mais uma vez, venceu.

Natalie, sem me fitar, deu-me as costas e falou quase de modo sussurrado:

- Ele é meu irmão, seu idiota!

Fiquei atônito por alguns instantes. Aquilo poderia ser verdade? Mas como? Ela nunca me falou nada sobre ter um irmão! Que raios de desculpa era aquela?

Natalie correu até a costumeira esteira, a ligou e estava começando a sua rotina de corridas, quando fui até ela a indagar:

- Desde quando você tem um irmão? Que brincadeira é essa?

Natalie tapou os ouvidos e fechou bem os olhos, enquanto ainda corria. Que infantilidade... Não, não... A infantilidade era a minha! O que eu estava fazendo?

- Está bem! Não quer falar, não quer ouvir... Tomara que vocês desapareçam!

Foi quando tudo aconteceu. E foi tudo muito rápido! Não sei bem como, mas Natalie pareceu perder o equilíbrio na esteira e foi arremessada para trás.

Eu fiquei estático, em choque. Eu disse, outras pessoas testemunharam eu sabia, mas eu não queria que aquilo tivesse acontecido... E agora?

***

Olá pessoal! Estamos de volta!!! Embora minha ausência na semana passada, afirmo que estarei por aqui ainda essa semana com mais de "Debilitado"!!! Teremos maratona de capítulos, aguardem!!!

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Até daqui a pouco!!! ;)

DEBILITADO - Livro 1 [COMPLETO] - Trilogia dos irmãos AmâncioOnde as histórias ganham vida. Descobre agora