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  Na manhã seguinte, Bruna estava impecável e de pé junto com as galinhas. Assim que a babá chegou ela desceu até o estacionamento, entrou no seu i30 e foi direto para a empresa.
Quando chegou, todos se assustaram, ninguém a via fazia muito tempo.
— Ana, você volta a ser minha secretária vinte e quatro horas por dia. Julieta está proibida de colocar os pés aqui dentro. Mande Thiago vir até minha sala e me traga um café.
— Então eu devo chamar a segurança?
— Por quê?
— A senhorita Sharp já está na sala do senhor Barbosa, sua sala — se corrigiu rapidamente.
Bruna sorri amarga.
— Não. Eu cuido disso.
Ela joga o casaco e a bolsa na mesa da secretária e caminha impecavelmente até sua sala. Assim que a porta se abre Julieta se levanta. A expressão dela deixou Bruna extasiada, era um misto de surpresa, raiva e medo.
— Cadê o Matheus?
— Não está no meu bolso. Saía da minha sala sua vagabunda.
— A única vagabunda aqui é você!
Bruna caminha em direção a grande vidraça e encara algumas pessoas fazendo caminhada sob a sombra das árvores durante a manhã. É uma visão agradável.
— Vejamos bem. Eu estou noiva. Matheus e eu temos uma filha e mesmo assim você está atrás dele a dez meses se contentando com meus restos.
A loira engole seco.
— Tirei ele de você uma vez, posso tirar de novo.
— Eu não consigo imaginar alguém que troque caviar por carne moída. Mas como dizem, tem doido pra tudo.
Julieta junta suas coisas.
— Me diga, como foi passar várias noites conversando com ele, sentindo saudade do toque, dos beijos e saber que era comigo que ele passava a noite? Que é meu nome que ele chama durante o orgasmo?
— Vá se foder — ela responde com os olhos lacrimejando.
— Ah eu vou sim, mas não vai ser sozinha.
Julieta saí. Imediatamente Bruna surta de raiva e começa a quebrar o escritório todo, logo, Thiago e Ana entram.  

6 NÃO SOU DONA DO MORRO MAS SOU FILHA DO DONOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora