6 NÃO SOU DONA DO MORRO MAS SOU FILHA DO DONO

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  No dia seguinte Bruna tentou comprar os direitos aéreos de um prédio que seria construído ao lado de sua rede de hotéis, queriam fazer mais dois andares, caso fizessem o preço das diárias cairia muito pois a vista da praça da liberdade seria tampada. Infelizmente, alguém já havia comprado. Ficou enfurecida, mandou descobrirem imediatamente quem havia comprado.
Na hora do almoço, foi com Sabrina até o Boulevard, precisava comprar alguma coisa, só assim relaxaria. Os olhares caíram imediatamente nas duas, todos paravam pra olhar, lojistas saiam de seus postos para admira-las. Bruna, sempre teve os melhores sapatos, vestia as melhores marcas e, Sabrina, ficava perfeita em qualquer roupa surrada que vestisse.
Quando chegou no escritório Kevin já a esperava e sua cara não era das melhores, ela já sabia que vinha bomba por aí.
— O que foi? — Perguntou colocando a bolsa no sofá.
— O que você fez pra enfurecer o bofe escândalo?
Ela se joga em sua cadeira e respira fundo.
— Ele já deu inicio à construção dos novos andares.
— Ele foi me procurar e dizer que me amava, que queria uma nova chance pra nós dois...
— Você teve coragem de dispensar aquele deus grego?
— Chega, deus grego na minha vida já basta um.
— Nossa, danada, quem tá pegando dessa vez?
— Isso não vem ao caso. Sabe, eu quis o Matheus por muito tempo, passei noites e noites chorando e me lamentando por não ter sido boa o suficiente pra ele, mas eu percebi que é ele que não é bom o suficiente pra mim. Se ele me traiu, a culpa não é minha. E não vão ser umas simples "desculpinhas" que vão mudar isso.
— Arrasou viada, mas se fosse eu, pegava os dois — diz olhando as unhas, o que faz Bruna rir.
— Bom, fui eu quem pedi para que ele me desafiasse, vamos ver onde isso vai dar.