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  Bruna acordou com um gosto amargo na boca. Olhou ao redor e reconheceu o próprio hospital, podia ouvir a voz de Matheus lá fora, brigando com alguém. Não demorou muito para ele e Sabrina entrarem no quarto, sorriram ao ver que a morena estava acordada.
— Como se sente? — Sabrina perguntou.
Matheus pegou a mão dela e acariciou com o polegar.
— Péssima — ela respondeu.
— Olha, eu sinto muito... — Sabrina começa a dizer.
— Como está meu bebê? — Bruna dispara antes que a loira termine de dizer.
— Está bem Bruna, se acalme.
Ela respira aliviada. Matheus lhe direciona um olhar apreensivo.
— O que foi?
— Bom, o tiro acertou seu tornozelo. Não sei como isso aconteceu mas você acabou perdendo os movimentos do local. Iremos colocar uma bota imobilizadora e te dar uma muleta. Terá que voltar aqui até descobrirmos o quê a bala atingiu. Se conseguirmos recuperar seus movimentos você terá que fazer alguns meses de fisioterapia depois — Sabrina explica.
Bruna recebe o impacto como uma bomba. Não poderia dirigir. Não iria caminhar como uma pessoa normal. Era possível ficar assim pra sempre.
— Vamos dar um jeito — Matheus sussurra, encorajando-a.
Ela sorri para ele. Sabe que ele só ajudar, mesmo que não possa.  

6 NÃO SOU DONA DO MORRO MAS SOU FILHA DO DONOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora