49

3.2K 287 57
                                    

  Matheus, que não era bobo, correu atrás da morena imediatamente. Encontrou ela no estacionamento, procurando a chave do carro na bolsa, com os olhos marejados.
— Acho que alguém caiu do cavalo — diz com as mãos no bolso.
— Agora não Matheus — ela encontra a chave e destrava o alarme do carro.
— Quebrou a cara — ele ri — espero que tenha usado camisinha — diz venenoso e pisca.
— EU ODEIO VOCÊ! — Ela grita após se virar pra ele e encara-lo nos olhos.
Matheus se aproxima dela, os olhos fixos nos dela.
— Eu também odeio você — sussurra — nunca odiei tanto alguém na minha vida — diz colocando o braço no carro, cercando-a.
— Cada nervo do meu corpo está eletrocutado de ódio — ela deixa o olhar cair para os lábios dele.
— Existe um abismo de fogo de ódio queimando dentro de mim!
— Então — ela diz, com o orgulho ferido — estamos resolvidos?
— Estamos resolvidos — ele concorda, também deixando o olhar cair para os lábios dela.
Os dois se olham nos olhos por um instante, as lembranças dos antigos encontros vem a tona, sexo na mesa da cozinha, no chuveiro, no banco de trás de um pálio 2004. Então o beijo vem, com urgência, volúpia e saudade. As mãos dele sobem pelas coxas de Bruna fazendo ela arfar, o beijo se intensifica cada vez mais, as mãos dela arranham-o na nuca fazendo-o gemer. A calcinha dela encharca imediatamente, o que a faz enrolar a perna na cintura dele, que já está no ponto de rasgar a calça.
Os dois interrompem o beijo e se olham nos olhos por um momento. Não há necessidade de palavra alguma para entrarem em um acordo, entrariam naquele carro e iriam pro motel mais próximo.  

6 NÃO SOU DONA DO MORRO MAS SOU FILHA DO DONOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora