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  Bruna saiu do hospital sozinha após mais uma consulta do pré-natal. Matheus estava substituindo ela em uma reunião com Holandeses. Então viu Sam, falando baixo ao telefone.
— Não se preocupe mamãe, ela irá pagar pelo que nos fez... Sim... Estou cuidando disso...
Bruna não podia deixar aquela vagabunda acabar com sua melhor amiga sem fazer nada. Por outro lado, Matheus comeria seu fígado se ela se estressasse.
— Esse é o quarto de hóspedes — diz abrindo a porta e acendendo a luz.
O próprio demônio atravessou o quarto. Os olhos transpareciam doçura.
— Que bom que vamos poder ser amigas — Nicole abre um sorriso de orelha à orelha.
— Escute bem, temos que dar um jeito em uma vagabunda.
— Ah, não! Eu não faço mais essas coisas.
— Não quer que sejamos amigas? Amigas trocam favores. Esse é pra Sabrina.
Nicole pensa um pouco.
— Tudo bem.
Mais tarde, Matheus chega em casa trazendo uma pizza. Os três comem juntos enquanto escutam Nicole falar da proposta de Deus em nossas vidas.
— O que ela faz aqui mesmo? — Matheus pergunta.
— Uma guerra se aproxima. Todo reforço é bem vindo.
— Guerra? Bruna, não estamos em 1940. Além do mais, por quê precisaríamos dela?
— Quando chegar a hora, você vai ver.  

6 NÃO SOU DONA DO MORRO MAS SOU FILHA DO DONOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora