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  Dois meses se passaram, Bruna e Matheus haviam assumido o relacionamento, não só para os amigos e a família como também para a imprensa. Nicole voltou para o Sanatório Evangélico, sentia-se mais feliz lá. E Sabrina havia voltado a viver novamente. Tinha encontrado uma teoria, ela era leonina e Thiago aquariano, feitos um para o outro, mas, a vagabunda era canceriana, era normal que Thiago ficasse louco por ela. Enfim, Sabrina havia percebido que se Thiago não a queria, o problema era dele. Passou a flertar com vários caras, saía todos os dias do fim de semana, saía sempre nas manchetes, já havia até desfilado na coleção primavera-verão da Morena Rosa.
Bruna estava saindo de casa quando o cheiro do próprio perfume invadiu suas narinas e ela teve que correr para o banheiro, era a quarta vez na semana que botava os bofes pra fora. Precisava ir ao médico.
Matheus pegou a namorada para almoçar no mesmo horário, os dois foram ao mesmo restaurante e caminharam pela mesma orla da lagoa. Como todos os dias. Era uma quinta feira, o dia estava bonito, ambos estavam felizes.
— Eu queria que todos os dias fossem assim — ele comenta — pelo resto da minha vida.
Ela sorri para ele e sela o lábio dos dois. Então ela sente um cheiro de fritura vindo do outro lado da avenida, seu estômago revira e ela corre para uma lixeira, vomitando tudo lá dentro. Matheus corre e segura o cabelo dela. Para ela, aquela era a maior prova de amor que uma garota podia ter, se o seu namorado a visse vomitando e tudo ficasse bem, era pra sempre.
Matheus fez a morena sentar-se em um banquinho e atravessou a avenida, comprando uma água e balas de menta para ela.
— O que houve?
— Senti cheiro de fritura, não se preocupe, vem acontecendo já faz algum tempo.
Ele levantou uma sobrancelha.
— Vem, vamos ao médico.
— Eu estou bem — ela reclama.
— Eu não perguntei — ele diz convicto.  

6 NÃO SOU DONA DO MORRO MAS SOU FILHA DO DONOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora