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  Bruna nem teve tempo de se sentar antes que o furacão chegasse em sua sala, gritando feito um maluco.
— Fique quieto, minha cabeça está explodindo — ela diz se sentando.
— Você não manda mais em mim — ele diz cruzando os braços.
— Cale a boca antes que eu mude de ideia.
— Eu quero respostas, você é louca ou o quê? — Ele descruza os braços e suspira.
— Enjoei de você. Vá trabalhar com meu sócio, suba na empresa dele e quem sabe, bata de frente comigo — ela sorri e apoia os cotovelos na mesa, apoiando o rosto nas mãos cruzadas.
Vai ser interessante — ela pensa.
— Oi? — Ele pergunta boquiaberto.
— Não sou gravador, agora saía daqui, tenho muita coisa pra fazer.
Ele saí da sala dela com a alma lavada, não precisaria mais ficar ali servindo cafezinho e, bater de frente com ela? Parecia a melhor ideia do mundo.
Enquanto isso Sabrina saia sorridente de uma operação bem sucedida, estava bem humorada graças a noite que teve com o namorado. Foram jogar boliche e depois comeram comida chinesa, quando chegaram em casa fizeram amor até que o sol nascesse. Sem nem dormir a loura correu pro hospital, mas não estava cansada, muito pelo contrário, estava radiante.
— Conheço esse sorrisinho — Gustavo diz para a melhor amiga.
— Claro, você está com ele todos os dias — ela rebate.
— Ui, afiada — ele coloca a mão no peito — melhor esconder esse chupão — sussurra para ela e saí levando seu veneno.
A loura fica boquiaberta e saí correndo pro banheiro olhar o pescoço, estava incrivelmente normal. Gustavo, você me paga — pensou.  

6 NÃO SOU DONA DO MORRO MAS SOU FILHA DO DONOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora