Apocalypse Z [EM REVISÃO]

Capítulo 35

CHRIS POV

Depois de combinar o plano de fuga mais PERIGOSO que eu já ouvi e ter a certeza de que não havia outro jeito melhor de escapar daquela guerra, aceitei.

[...]

Eu estava correndo com a cabeça abaixada junto da Vi e Jhonatas. Estava pensando na morte de Frank, aquele idiota...

- Pensando no Frank? - Vivian pergunta, adivinhando.

- Eu não deveria tê-lo m... - Digo meio frustrado. – Ele estava estressado! Ele só precisava se acalmar e...

- Chris. - Ela para de correr e fica me encarando com uma expressão séria. Paro de correr e olho sua face, sem emoção. - Frank estava doente. Eu mesma já havia notado isso, mas nunca pensei que fosse tão sério assim... Um lado obscuro estava tomando conta dele. O garoto que conhecíamos há dois anos mudou!

Ela estava triste, mas não demonstrava. Devia estar tão abalada quanto a mim. O garoto sempre trabalhou ao lado dela como parceiro, mas nunca havia percebido o quão estranho estava agindo.

Espero que ela não esteja se culpando pelo ocorrido.

- Eu sei que vocês estão tristes por causa do amigo de vocês, ele realmente parecia uma boa pessoa... - Jhonatas fala, alguns metros da gente. – Mas se foquem no presente, por favor!

Assentimos juntos com a cabeça. Voltamos a correr indo para o setor A.

ENQUANTO ISSO, NO SETOR B...

- Por que eles estão demorando muito? - Rebeca fala, entediada e fazendo bico.

- Quando chegamos aqui escutamos umas explosões, certo? Aconteceu alguma coisa! Esse foi o motivo do general ter sumido, também! - Felipe observava da janela vários soldados se movimentando para algum lugar.

- Acho que não temos necessidade de permanecer aqui. - Guilherme fala, observando a sala de espera quase vazia. - Os soldados nem estão prestando muita atenção em nós, estão ocupados demais...

- Talvez devêssemos procurar Chris e os outros.

Rebeca pega uma chave prateada que estava em seu pescoço e desalgema Guilherme. Os dois se perguntam como ela havia a chave que o general tinha:

- Tenho meus truques!

Os três se dirigem para fora da sala de espera procurando o caminho certo para a saída, que de acordo com um tal de Lee, um soldado amador, se chamava Setor B. Só que o pior de tudo, é que ali é como se fosse um labirinto para impedir fuga de prisioneiros, deixando os jovens confusos e atordoados. Estava tudo indo de mal para pior, até que...

- Ai! Olha por onde anda! - Rebeca esbarrou em um homem. Como ela era pequena, era difícil de ser notada.

- Me desculpa, baixinha... Mas o que vocês estão fazendo? - Ele aponta para Guilherme.

Rebeca dá passos para trás e fica ao lado de Felipe. Ela percebe que além do garoto robusto e cabelo bagunçados com quem ela esbarrou, há mais dois juntos com ele. Um era um pouco baixo, era pardo e tinha cabelos negros. O outro era branco, seu cabelo era enrolado e tinha um corpo forte. Os três usavam roupas da EPICZ e estavam armados das bocas aos pés.

Os soldados começaram a se aproximar mais de nós. Felipe só tinha uma pistola e um rifle, Rebeca um facão e Guilherme uma metralhadora. Deixamos a maioria das nossas armas dentro do avião, para não levantarmos muitas suspeitas. Não poderíamos vencer somente com aquilo até que um toque de celular apaga o silêncio de tensão.

- É Bella... - O garoto com a pele parda disse. - Oi? – Ele responde.

O moreno conversa com a tal de Bella por ligação e olha os três com cautela, analisando o perfil de cada da cabeça aos pés. Ele desliga o telefone e diz:

- Bem, hoje é o dia de sorte de vocês! Venham conosco!

-Para onde? Quem é você? - Guilherme pergunta confuso.

Além dos fugitivos, os outros dois parecem também confusos, querendo entender o que Bella havia dito. Ele simplesmente diz:

- Nós todos iremos fugir deste lugar.

FORA DO SETOR A, DENTRO DE UMA MINIVAN...

- Falou com eles? - Nícolas perguntava a Bella, que acabara de encerrar a chamada com seu irmão.

- Sim. Não dava tempo de explicar tudo, somente falei para ele procurar as pessoas que você me descreveu e nos encontrar no A.

Ele assente com a cabeça e os dois voltam a olhar Bangladesh, que estava concentrado em hackear o sistema do lugar.

- Ainda não entendo! Bella, você podia entrar facilmente lá e pegar as armas para nós! Por que precisamos fazer isso?

- Não acha que seria suspeito demais eu carregar tantas armas para uma só pessoa? Estaremos fugindo daqui, então precisamos de um grande porte de equipamentos!

- De acordo com Bella, eles guardam todas as armas numa sala fechada que ninguém, além de pessoas autorizadas, pode entrar naquele lugar. - Nícolas diz, colocando uma bandana preta.

- Sim! Eles somente dão armas para nós de mês em mês e demoraria seis meses para conseguir a quantidade ideal para um grupo de pessoas.

- Entendi! - Bangladesh suspira. - Aí que eu entro nesta história! Vocês deviam encontrar mantimentos também... Pelo que entendi, nós vamos fugir para uma cidade pacata.

- Já pensei nisso! - Bella diz. - Por sorte, o refeitório fica ao lado.

Bella e Nícolas começam a se equipar com coletes e armas, balas, comunicadores e mais armas.

- Tem muita gente lá, mais do que o esperado conforme o horário da alimentação. Esse lugar deve estar um caos mesmo! Não deixem serem notados ou a coisa vai esquentar! Acabei de desligar as câmeras frontais e laterais, se apressem! - Bangladesh diz, sem tirar os olhos da tela.

Os dois assentem e entram no setor A. Realmente, há muitos soldados pedindo armas dos comandantes presentes por lá, todos eles querendo combater o Exército Rebelde. Bella percebe essa movimentação e acha arriscado entrar com o ruivo, que é conhecido por ser um dos membros de alto escalão dos Rebeldes. Então ela usa ele, estrategicamente.

- Fiquei sabendo que é um ótimo atirador de frente, ruivo! – Isabella diz.

-Sim, eu sou... Por quê?

- Bem, você irá entender... Ah! Não morra! - Bella respira fundo. - UM DOS COMANDANTES DO EXÉRCITO REBELDE, NÍCOLAS, ESTÁ AQUI! PEGUEM-NO!

- Sua...?!

Em segundos o lugar se silencia e todos os soldados que estavam ali correm atrás dele. Ele sai do setor A. Bangladesh observa a confusão pelas câmeras de segurança.

- Uau!

O setor ficou vazio, só restando Bella e um general que estava lá, bloqueando a passagem que dava acesso para a sala que queria entrar.

O homem era grande eforte, e Bella, era apenas uma criança astuta. Ela já sabia. Teria que matá-lose quisesse conseguir os mantimentos.