Capítulo 29

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CHRIS POV

Já faz cinco dias que os quatro saíram em busca de Pedro, um velho amigo nosso, que pensávamos que estava morto. Cinco dias em que eles saíram e que não recebemos notícias deles desde então.

Em um momento no refeitório, enquanto jantava o enjoativo ensopado de galinha, vi uma garotinha de cabelos loiros jogando bola com outra criança. Ela sorria alegremente, com os olhos brilhando. A bola acabou caindo em minha direção e a menininha pediu gentilmente para jogar pra ela.

- Obrigada! - Ela gritou, me agradecendo.

Assenti e fui para meu dormitório querendo tomar um banho, mas Felipe me interrompeu. Ele estava desesperado. Isso não era coisa dele.

- CHRIS... A... A.. - Ele gaguejava assustado, sem a frieza que ele costumava ter.

- O que aconteceu?

- A GENTE TEM QUE SAIR DESSE LUGAR, AGORA... ZUMBIS.... CONSEGUIRAM ENTRAR...

Não bastou ele nem terminar o que ia dizer, peguei todas as armas e saí em disparada, fazendo ele ir atrás de mim. Eu precisava encontrar Laura e Bangladesh o mais depressa possível.

- Vamos nos separar, Chris! Nos encontramos dentro dos nossos dormitórios!

- Entendido!

Nos corredores acabei encontrando alguns zumbis. Atirei com uma pistola para não gastar a munição das armas maiores. Cheguei na cozinha, onde Bangladesh estaria dando cantadas em algumas garotas.

- O que foi, cara? Parece que viu o demônio!

Ele arregalou os olhos quando eu disse o que estava ocorrendo e apressadamente fugimos. Em questão de minutos, os monstros invadiram o lugar. Os sobreviventes começaram a formas grupos para poderem saírem de lá, seguros.

Chegamos no dormitório. Felipe estava com Laura e Guilherme, o médico que diagnosticou a doença da Renatinha.

- E agora? Para onde vamos?

- Tem um helicóptero atrás da base, podemos...

- NÃO! - Bangladesh interrompeu-o. - Todos que estavam abrigados aqui são pessoas como nós, sobreviventes fortes e espertos. Eles já estão aqui há mais tempo que nós, então logicamente já se dirigiram para lá. Vamos de carro!

Confirmamos e pegamos as armas que tínhamos no quarto. Saímos cuidadosamente do quarto e andando com passos silenciosos, fizemos uma linha de batalha.

Ao chegar no refeitório, vejo a mesma criança gentil de poucas horas atrás, agora com uma pistola, se defendendo dos zumbis. Era pequena, mas muito boa. Mas ela não ia conseguir sobreviver se as balas acabassem.

Como sempre, agi por instinto.

Laura segurou no meu braço, me interrompendo de ir lá ajudar a menina:

- Chris! Você tem certeza? É perigoso! – Ela disse preocupada.

- É uma criança... Não posso deixá-la morrer assim! Encontrem o carro logo, logo alcançarei vocês!

Ela assentiu e saiu junto com eles. Olhei para os vinte zumbis rodeando a garota. Peguei minha metralhadora e comecei a atirar na cabeça dos malditos zumbis. Cheguei na garota e a coloquei em minhas costas.

Mais deles apareceram. Não tinha como eu atacar com um peso nas costas, o mínimo que podia fazer era fugir antes que me pegassem.

- Estou com medo! - A garotinha me disse.

Apocalypse Z [EM REVISÃO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora