Dores não podem ser eternas

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- Desculpe por ter sido fraco por alguns instantes. - ele pede.

O silêncio predomina por muitos minutos e agora eu sei que ele realmente foi embora.

Vou para meu quarto e checo meu celular. E como pensei há mais uma mensagem dele:

"Eu te amo tanto que não sei quanto tempo posso suportar ficar longe de você. Mas em virtude do que aconteceu te darei o tempo necessário para pensar..."

Eu me deito em minha cama. Fico pensando no que ele disse e tudo que eu consigo sentir é uma dor misturada com um sentimento de raiva.

Se fosse para respondê-lo neste exato momento eu diria que nunca iria perdoá-lo...

Permaneço por longos minutos pensando em Edward e lamentando que sempre haja algo para atrapalhar nosso relacionamento.

Logo depois minha mãe chega e se preocupa comigo a me ver tão abatida e triste. Eu tento me esquivar do problema e dizer que não é nada, mas como ela me conhece muito bem e sabe que há algo de errado acontecendo, continua insistindo para que eu desabafe.

Não posso mais fingir e acabo chorando. Ela me abraça e diz que seja o que for que estiver acontecendo ficará tudo bem.

- Não, mãe. Não posso ter certeza que ficará tudo bem. - digo, tristemente, com a cabeça apoiada no ombro dela.

- Sim, ficará. Uma dor não pode ficar consumindo eternamente uma pessoa. Um dia ela certamente irá acabar.

Eu choro ainda mais, porque essa é uma frase que minha mãe costuma usar sempre e eu sei muito bem o que ela significa. Se você tem uma dor, física ou interna, ela nunca ficará para sempre, um dia irá passar. Mesmo que aquilo que te causou a dor não se resolva...

No meu caso tem o evidente significado de que um dia o que estou sentindo de maligno por causa de Edward irá passar e isso pode acontecer em duas circunstâncias: Estarei bem com ele novamente e a dor já terá se curado ou depois de muito tempo após o que está ocorrendo, esta não vai doer como antes. Mas, provavelmente, não estará resolvido o que a ocasionou...

Depois de cessado meu choro, conto para minha mãe sobre o que aconteceu entre mim e Edward. Falo sobre o motivo e ressalto que apesar de eles terem se beijado quando havíamos terminado, saber disso me machucou bastante.

- Sophie, você deveria ouvir o que ele tem a dizer. - minha mãe diz.

- Eu já ouvi quando ele veio aqui mais cedo. Mas eu não consigo falar com ele depois de tudo.

- E ele não pediu que você dissesse algo?

- Na verdade só ele falou. Eu nem ao menos abri a porta. - confesso.

- Como não, Sophie?

- Eu não queria ouvir o que ele tinha para falar. Mas ele disse mesmo assim do outro lado da porta.

- Você precisa agir com um pouco mais de maturidade. Assim só vai afasta-lo mais de você.

- Ele que causou isso.

- Está certo, meu amor. - diz, me dando outro abraço. - Mas todos estão sujeitos a cometer erros. Agora você tem que pensar muito bem no que ele disse e decidir se vai desculpa-lo ou não.

- Sinceramente, eu não sei. - respondo, baixinho, mesmo que ela não tenha feito nenhuma pergunta.

***
Não sei por qual razão, mas a noite, logo quando saio do banho, sou surpreendida por Della e Derek sentados em meu sofá.

- Vocês? - digo, surpresa, parando de frente a eles.

- Por quê? - Della diz, se levantando e me dando um rápido abraço. - Não gostou de nos ver aqui? - ela indaga.

InalcançávelWhere stories live. Discover now