Aflição

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- Edward? - o eco da voz da mãe de Edward expande pela casa.

- Que foi, mãe? - Edward grita, parando de caminhar novamente.

Eu luto bravamente para sair do meu transe. Aciono minhas pernas e começo a andar de volta para sala o mais rápido possível.

- Volte aqui, tem mais uma coisa que gostaria de te falar. - ouço Josephine completar do outro lado da casa e entro rapidamente na sala.

Meus pensamentos mais do que nunca estão martelando intrigados, com essa obscuridade que parte de Edward. Com quem será que ele vai se encontrar daqui uma hora?

Ao mesmo tempo em que me indago, minha preocupação com ele aumenta ainda mais. Cada segundo é relativo para se formarem inúmeras hipóteses...

- Oi, Sophie! - Josephine aparece de repente me cumprimentando. - Como vai?

Edward está logo atrás dela, com um semblante indecifrável.

- Oi. Vou...bem. - digo meio embaraçada.

- Olha para você vê, a menina acabou dormindo aqui. - ela diz olhando para Kylie dormindo no tapete.

Eu estava tão atordoada que nem vi que Kylie tinha dormido. Para falar a verdade, eu nem me lembrava de que ela estava aqui.

- Kylie, minha filha, vamos dormir na cama. - a mulher chama a garota, abaixada ao lado dela e a cutucando.

Depois que Kylie acorda, preguiçosamente ela se dirige junto com a mãe para o quarto lá em cima.

Edward e eu ficamos sozinhos e ele não espera nenhum segundo para me chamar para me levar pra casa.

Durante o caminho percebo o quanto ele está tenso.

- Edward, está tudo bem? - pergunto quando ele estaciona e percebo que uma gotícula de suor desce por sua testa, acompanhada de uma cara inquieta.

- Sim. - diz indiferente.

Ele vem até mim, e me acalma por um breve momento com seu beijo quente e doce.

Edward interrompe o ato e me olha de uma forma enigmática, como se aqueles olhos de qualquer forma quisessem me dizer alguma coisa, mas o proprietário da boca não quisesse emitir o pronunciado.

- Agora você pode descer. - ele diz dando-me um último beijo na testa.

Havia me esquecido que ele está me deixando aqui para posteriormente ir se encontrar com sei lá quem.

Ok. Impossível se esquecer disso. Mas, ele me apressar em descer só faz reforçar o fato de que o que ouvi não foi imaginação minha, e que realmente ele está com pressa.

Abro um sorrisinho para ele, daqueles bem sem graça e desço do carro.

Já prestes a entrar no portão, me viro e dou um pequeno aceno. Ele retribui, com a mão já indo para a chave de ignição.

Não fico parada esperando Edward sair da minha linha de visão. Neste momento estou correndo feito uma louca para a garagem do prédio.

Me lembro do principal e abro minha bolsa ferozmente, enquanto ainda estou correndo.

Por sorte, eu deixei as chaves do meu carro nessa bolsa, caso contrário eu teria que subir até ao meu apartamento para buscá-las e poderia ser tarde demais...

Entro no meu carro rapidamente, como se estivesse fugindo de alguém.

Meu desespero é tão grande para não perdê-lo de vista, que saio da garagem, sem nem ao menos analisar o movimento dos carros na rua.

InalcançávelOnde as histórias ganham vida. Descobre agora