Finalmente...

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O professor acabou de entrar na sala e Della ainda tem que ir para sua aula. 

- Della, me desculpe, mas não pergunta isso novamente, por favor! Depois te aviso na hora certa, ok?! - falo apressadamente, encarando-a.

- Tudo bem, Sophie - ela diz, meio frustrada e segue para a sua sala.

O resto do dia na faculdade foi normal. Tive duas aulas junto com Della e como pedi ela não tocou em certo assunto. Só ficou falando da roupa que vai usar, das bandas que vão tocar, enfim tudo que tem relação com a festa, que de certa forma acabou entrando neste.

Em frente ao seu apartamento, antes de descer do carro, ela me diz para qualquer coisa ligar para ela.

- Eu te ligo, independentemente da minha resposta. - respondo, dando um meio sorriso. Ela retribui e sai do carro.

***

Ao chegar em casa, preparo algo para comer. Em seguida, vou direto para a cama e desabo nesta. Começo a lembrar da discussão que tive com minha mãe pela manhã. De forma alguma gosto de brigar com ela, mas pensa numa mulher impossível, e as circunstâncias não ajudam.

Quando dou por mim, uma lágrima escorre pelo meu rosto, seguida por outras e outras. Não sei ao certo o motivo, talvez seja saudade da minha mãe, saudades de quando está sendo ela mesma, falta de conhecimento do meu pai, falta de um pai que nunca tive. E agora me faz relembrar, que, segundo ela, ele fugiu sem dar maiores explicações.

É como se fosse uma dor do vazio, que consome o corpo e a alma. Que traz uma sensação de perda, de ambos os pais. Que me traz motivos para não conhecer a felicidade. E faz com que sinta o gosto salgado da lágrima toda vez que choro...

Vou para o banheiro e lavo meus olhos que estão vermelhos e inchados. Pela dimensão do inchaço vejo que chorei bastante. De novo retorno para a lembrança a respeito do meu pai, isso já até virou obsessão. Mas dessa vez não escorrem lágrimas pelo meu rosto, existem muitas razões para elas serem liberadas ... Não, a dor continua, porém o choro não vem à tona, não consigo... Porque neste momento cheguei a uma conclusão, que me direciona a uma decisão.

Pego o celular e ligo para Della. Ela atende no terceiro toque.

- Alô! Sophie?

- Oi! É... Só liguei pra dizer que vou com você a festa. - digo sem nenhuma expectativa no tom de voz.

- Sério?! Eu sabia que você ia acabar concordando. Precisamos escolher a roupa, a sandália...Oh, meu Deus, que penteado vamos fazer no seu cabelo?

- Della, não me faça desistir. Pode deixar que eu me viro aqui sozinha. - digo interrompendo-a, com a voz um pouco rouca.

- Você tem certeza? Porque estava pensando em ir aí no seu apartamento e me arrumar junto com você, não seria legal? - ela diz toda alegre.

- Tudo bem, pode vir. - acabo cedendo, afinal ela é minha amiga e eu não quero ser chata.

- Legal! Eu vou a partir das quatro da tarde, temos muita coisa a fazer, hein?! Te adoro! Até amanhã. - Seu entusiasmo é evidente.

- Tchau... - Foi totalmente em vão, ela já havia desligado.

Afinal, o que pode ocorrer em uma festa?

Essa pode parecer a pergunta mais besta que alguém da humanidade já fez. Entretanto para mim não passa mais de um temor. Minhas experiências com eventos festeiros não foram nem um pouco agradáveis. Para exemplificar, em um dia, um homem tirou uma arma de fogo e atirou no outro indivíduo, que teve morte instantânea, bem na minha frente. Fiquei profundamente traumatizada, e prometi que nunca mais frequentaria um lugar daqueles.

Agora começa a brotar em mim um novo sentimento. Será ansiedade? Ou arrependimento?

*******

Oii!!

Esse capitulo foi curto, devido a um problema que tive ao publicar o anterior. DECISÃO ficou faltando uma parte, que não sei qual foi o motivo que levou isso, então resolvi escrever a parte que estava faltando em um novo capitulo( que no caso é este).

Vou antecipar que a partir do próximo capitulo entrará o outro personagem principal, que trará mudanças radicais no enredo. Haha... Bastante ansiosa para esse acontecimento...

Então o que estão achando? Não deixem de votar e comentar.

Bjs, Amanda.




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