Treachery of Ravens; Murder of Crows (Tradução)

Capítulo 65 : Harry Potter

Harry estava terminando sua última tarefa de leitura sobre Magia Negra prática quando Draco bateu em sua porta naquela batida complicada que deixou Harry saber que era ele.

Um sorriso que Harry não conseguiu controlar surgiu em seu rosto, começando pequeno e se transformando em um sorriso largo e aberto.

"Entre!"

Empurrando a porta e aparecendo na esquina com um aceno atrevido, Draco entrou no quarto de Harry e jogou-lhe um pomo.

Harry pegou com facilidade, sem tirar os olhos de Draco, que apoiou a vassoura na parede e se aproximou.

"O que você está fazendo?" Draco perguntou, aproximando-se de onde Harry estava sentado em sua mesa e espiando a bagunça que Harry havia deixado espalhada em sua mesa.

"Quadribol, aparentemente." disse Harry, soltando o pomo com um movimento do pulso e pegando-o novamente. “Eu estava lendo sobre magia negra prática.”

"Oh?" Draco perguntou interessado. "Então o que você acha?"

Harry bufou. “Estou chateado por não ter aprendido nada disso antes. Estou irritado porque há uma proibição geral de feitiços que parecem muito úteis em sua aplicação adequada. Afinal, porque é que o Ministério se preocupa menos com o que foi feito ou por que foi feito do que com a forma como foi feito? Não faz sentido."

"Certo?" Draco perguntou, apoiando-se em sua vassoura para ter uma visão melhor do livro de Harry. “É tudo estupidamente arbitrário. Qual feitiço é o seu favorito até agora?”

Harry franziu os lábios enquanto pensava nisso. “Não sei... esse feitiço de cauterização parece muito bacana, mas ainda está fresco na minha mente. Eu teria que pensar sobre isso.”

“Teremos que praticar alguns juntos em breve. Tenho um casal de feitiços que definitivamente quero mostrar a você. Você vai contar aos seus amigos da Grifinória que está se dedicando à magia negra?” Draco perguntou, um pouco casualmente.

Harry franziu a testa. “Não imediatamente. Eles não entenderiam. Eu odeio esconder mais um segredo deles, mas…”

Draco bagunçou o cabelo de Harry de forma desagradável até que ele se esquivou, cutucando as costelas de Draco em retaliação. “Mais um segredo só entre nós dois? Em breve vou conhecê-lo melhor do que ninguém.”

Harry revirou os olhos. “Tom me conhece melhor do que ninguém.” respondeu ele, apontando para sua cicatriz. “Mas ele trapaceou. Você já pode muito bem estar em segundo lugar.”

"Sim?" Draco perguntou suavemente, traçando a cicatriz de Harry com o dedo. “Você e seus outros amigos passaram por muita coisa juntos; muitas coisas pelas quais eu não estava lá.”

"Mas eu te contei tudo sobre aqueles tempos." Harry insistiu, inclinando-se para o toque. “E eu mudei muito neste verão. Merlin, Ron e Hermione nunca me conheceram sem aqueles bloqueadores emocionais assustadores alojados em meu cérebro. Além disso, se eles realmente acharam que eu sobreviveria todo esse verão sozinho com os Dursley depois de tudo o que aconteceu e sairia bem do outro lado, eles claramente não me conhecem tão bem quanto eu pensava.”

"Eles acham que têm boas razões para isso." Draco disse, traçando a cicatriz de Harry e então deslizando os dedos pelos cabelos grossos de Harry.

Harry fez uma careta e se afastou. “Bem, eles estão errados. Você está do lado de quem? Porra."

Draco se agachou ao lado da mesa de Harry, seus rostos ficando nivelados. “Estou do seu lado, seu idiota. E você pode estar bravo com seus amigos agora, mas a escola vai recomeçar, e você estará na Grifinória com eles, e vai consertar as coisas com eles. Não vou escolher lados contra eles, porque não quero que você tenha que escolher.”

Harry suspirou. “Você realmente acha que posso voltar a ser o melhor amigo deles quando todos guardamos tantos segredos um do outro?”

"Eu não sei." Draco respondeu, sua mão desenhada como um ímã para afastar uma mecha de cabelo da testa de Harry. “Mas acho que você vai querer tentar. E mesmo que não o faça, você terá que fingir. Dumbledore estará assistindo.”

Harry gemeu e bateu a cabeça na mesa. “Não me lembre. Este ano será impossível. Eu tenho muitos segredos grandes e obscuros. Eu vou bagunçar tudo.”

Draco começou a massagear a nuca de Harry. “Você está esquecendo algo importante.”

Harry levantou a cabeça apenas o suficiente para olhar para Draco. "Eu sou?"

Draco piscou para ele. "Sim. Você pode ter um monte de 'grandes e obscuros segredos', mas também tem um segredinho sujo muito bom. Eu. Você não está sozinho nisso.”

Harry sorriu timidamente, deixando seus olhos vagarem dos lindos olhos cinzentos e glaciais de Draco para seus lábios rosados e carnudos e vice-versa. “Você é meu segredinho sujo, hein?”

"Claro que sim." Draco disse presunçosamente, diminuindo a distância entre eles até que suas testas quase se tocassem.

O coração de Harry bateu forte quando ele sentiu o calor da respiração de Draco contra seus lábios, vibrando mais descontroladamente do que o pomo ainda preso em sua mão. Eles estavam tão perto. Um suspiro gaguejante escapou dele no momento em que seus olhos e os de Draco se encontraram.

"Draco..." ele sussurrou, os nervos agitando seus ossos.

Draco mudou sua mão de massagear a nuca de Harry para a lateral dele. Harry podia sentir seu próprio pulso contra a leve pressão da palma calejada de Draco.

E então eles estavam se beijando.

Para começar, foi apenas um roçar suave de lábios, uma tentativa de olá.

Um total destruidor de terra.

Harry perdeu o controle do pomo, suas mãos se enrolaram no tecido das vestes de Draco, perto de seus ombros, segurando-o perto.

Ele estava felizmente perdido no momento, voando alto.

Quando ele recuou atordoado, levou um momento para processar o que acabara de fazer.

Com quem ele tinha acabado de fazer isso.

Harry sorriu, bobo, presunçoso e delirantemente feliz.

Em algum lugar no fundo de sua mente, Harry registrou uma pequena onda de diversão irônica. Ele empurrou a sensação para baixo.

“Vamos fazer isso de novo!”