Treachery of Ravens; Murder of Crows (Tradução)

Capítulo 31 : Harry Potter

Harry assistiu extasiado e divertido por baixo de sua capa de invisibilidade enquanto Draco Malfoy plantava sua bunda elegante no chão e quase se mijou de medo.

Este foi realmente o melhor verão de todos!

Bem, fora o transbordamento emocional que ele recebia de Tom sempre que pensava em Snape.

Harry não recebeu o apelo e certamente não queria que isso fosse explicado a ele. Sentir o eco disso através do vínculo deles já era bastante traumático.  Blech.

Malfoy ficou em silêncio por um longo tempo, seus olhos vidrados e desfocados enquanto seu pai o lia. Harry se perguntou o que veria lá e que tática decidiria adotar para garantir a lealdade de Malfoy e a segurança de Harry.

Suas interações anteriores não deixaram muito espaço para otimismo.

“Eu tenho uma missão para você, jovem Draco.” Tom disse com uma voz hipnoticamente suave que era reconhecidamente muito assustadora vinda de um assassino anteriormente psicopata. “É de importância crítica e não confio em ninguém além de você para fazer isso.”

Ah, apelar para a vaidade e o ego de Malfoy era certamente um caminho a percorrer. Harry preguiçosamente sentiu que deveria estar mastigando pipoca enquanto observava a cena se desenrolar diante dele.

Malfoy, apesar de seu medo óbvio e do obstáculo humorístico de sentar no chão como um idiota absoluto, inchou de orgulho. “Será uma honra servi-lo, meu senhor.”

“Sim..” disse Tom lentamente, pronunciando deliberadamente seu 's', “será. Preciso que você também cuide e proteja algo muito precioso para mim. Você pode fazer aquilo?"

"Sim, meu senhor!" Malfoy concordou rapidamente, quase quebrando o próprio pescoço com a força e velocidade de seus acenos.

Tom reservou um tempo para vincular Malfoy a vários votos de sigilo e, como havia mostrado a Harry como fazer antes, adicionou um marcador na memória de Malfoy para tornar mais fácil obliviar com precisão qualquer coisa revelada além desse ponto, se necessário.

Harry estava principalmente convencido de que Malfoy era covarde demais para desafiar Tom até o ponto que se tornou necessário, mas Harry estava dolorosamente ciente de que Malfoy também era um idiota mimado, que tendia a desafiar todas as probabilidades racionais nos momentos mais estranhos.

Depois que a magia de Tom vinculou a palavra de Malfoy ao seu serviço, Tom começou o processo de dar a notícia específica da tarefa de Malfoy para ele.

“Obrigado Draco. Eu sabia que poderia contar com a sua lealdade.” disse Tom, ignorando a forma como Malfoy se envaideceu com o elogio. “O objeto que preciso que você proteja não é tanto uma coisa, mas uma pessoa; meu filho."

Os olhos de Malfoy se arregalaram comicamente com essa revelação. "Você tem um filho?" ele sussurrou com voz rouca.

Tom assentiu dramaticamente. Por baixo da capa, Harry revirou os olhos diante da teatralidade do homem. 

Honestamente.

"Eu faço. Este é o meu segredo mais bem guardado.  Ninguém deve saber dele. Você entende?"

"Sim, meu senhor. Não vou contar a ninguém! Nem mesmo meu pai.”

“Embora eu aprecie o espírito dessa promessa, seu pai já sabe. Se forem tomadas as devidas precauções quanto à sua privacidade, permito e espero que você fale com ele se tiver alguma dúvida ou preocupação em relação à sua tarefa.”

"Sim, meu senhor. Eu irei, meu Senhor.”

"Muito bom. Meu filho tem mais ou menos a sua idade, é obcecado por voar e está tragicamente atrasado nos estudos.”

Harry se concentrou muito para virar mentalmente o pássaro para seu pai. Se o sorriso malicioso de Voldemort fosse alguma indicação, a mensagem foi recebida.

“Sim, meu filho precisa urgentemente de aulas particulares. Espero tê-lo atualizado e tendo aulas avançadas muito em breve. Você o acompanhará nessas aulas, atuará como seu oponente e 'companheiro de estudo'. Você voará com ele e jogará quaisquer outros jogos que eu considere seguros e apropriados com ele para evitar que vocês dois fiquem entediados. Você permanecerá civilizado e respeitoso com ele. Entendido?"

Malfoy franziu a testa. Se foi pelo tom intimidador de Tom ou pela percepção de que sua 'importante missão' era uma tarefa de babá, Harry não sabia dizer.

Como babá, Harry estava feliz por não ser o único irritado com o acordo.

Pelo menos Malfoy era um voador bom o suficiente para ser um desafio, e chutar a bunda dele enquanto lutava seria muito divertido.

Harry se perguntou se Tom estaria misturando feitiços sombrios em suas aulas de defesa.

Poderia ser mais fácil mantê-los corretos e não usar acidentalmente o errado na frente de alguém que iria denunciá-lo para o Ministério se fossem ensinados separadamente, mas Harry achou que seriam mais úteis se ele se acostumasse a usá-los. intercalados com feitiços de defesa em uma partida real de duelo ou sparring.

Tom provavelmente já havia pensado nisso.

Ele era muito protetor com Harry.

Foi bom, embora um pouco chato às vezes.

Tom foi honesto com ele.

Tom o manteve informado.

Tom ofereceu negociações em vez de ditames, isolamento ou tapinhas condescendentes na cabeça.

Harry poderia tolerar a presença chorosa de Draco Malfoy se isso significasse que ele ficaria com tudo isso.

Outra rodada de votos, desta vez mais específicos, e era hora de Harry se revelar.

"Você pode sair agora, Harry." Tom sibilou em língua de cobra.

Harry tirou a capa com um floreio. "Obrigado, pai." Harry respondeu com um silvo sinistro, apenas para ver Malfoy estremecer.

Foi muito gratificante.

Então a realidade da situação passou pelo medo instintivo de Malfoy, e o garoto loiro já com deficiência de melanina empalideceu.

Merlin, ele era praticamente translúcido.

"Olá Malfoy." Harry disse com um sorriso malicioso. “Ouvi dizer que você quer sair e ser o melhor amigo neste verão.”

"Eu..." Malfoy conseguiu dizer, antes que seu queixo se desequilibrasse e pendesse frouxamente de seu rosto, balançando inutilmente enquanto seus olhos corriam entre Harry e Tom e vice-versa.

“Então, pai, que lição você queria nos ensinar primeiro? Pode ser um feitiço que possamos praticar uns com os outros?”

“Seu súbito interesse acadêmico é notado, Pequena Quimera.” Tom riu. “E claro. Vamos lá fora e eu vou te ensinar algumas coisas que você pode usar em caso de emergência.”