Treachery of Ravens; Murder of Crows (Tradução)

Capítulo 17 : Lorde Voldemort

Lord Voldemort ficou muito satisfeito com a iniciativa de Severus em ajudar Harry a se adaptar ao seu novo papel.

O homem era um gênio Oclumens. Inferno, ele mentiu na cara de Tom várias vezes, e Lord Voldemort não duvidou dele por um segundo. Harry estava em boas mãos.

Ele também ficou satisfeito com o desejo de Harry de se vingar.

Foi uma resposta comedida da parte de Harry; controlada. Ele estava abraçando suas novas emoções, mas não se tornando escravo delas. Ele não ficou com uma raiva inconsolável.

Estes eram bons sinais.

Assim como a própria vingança. Falava de uma vontade de defender-se e defender-se de uma forma que até agora faltava a Harry.

Os desígnios de Dumbledore sobre o menino foram calculados e cruéis, com certeza. Ele havia roubado do menino não apenas sua capacidade de se defender adequadamente, mas também sua própria vontade de fazê-lo.

Harry foi forçado a um estado de complacência, de aceitar a culpa imerecida e permanecer estranhamente calmo diante de abusos violentos contra si mesmo.

Ele só foi autorizado a agir em defesa dos outros, a arma sacrificial perfeita.

E Dumbledore chamou Tom de monstro.

Hipócrita insuportável.

A vida inteira de Harry foi despedaçada e Tom herdou os pedaços esfarrapados. Por mais tentador que fosse criar uma ruptura limpa para Harry, Tom sabia que era uma missão tola.

Harry era famoso; ele sentiria falta e seria reconhecido. Ele tinha amigos aos quais se apegava profundamente e objetivos que desejava alcançar. Apesar de todos os obstáculos colocados em seu caminho, Harry construiu uma vida para si mesmo. Lord Voldemort não conseguiu arrancá-lo completamente.

Não, Lord Voldemort precisava encontrar um elo confiável com o passado de Harry que ainda pudesse ser confiável.

Ele tinha alguém em mente, mas sabia que Severus não iria gostar.

"Meu Senhor?" Severus perguntou com cautela. "Você me convocou?"

“Eu solicitei sua presença.” disse Lord Voldemort. “Há uma diferença.”

“Claro, meu senhor. Como posso ser útil?”

Este não foi um começo promissor. Voldemort precisava de honestidade, não de rastejamento.

"Você pode começar tirando a cabeça da minha bunda antes que eu engasgue com ela." disse Voldemort, lançando um olhar para Severus.

Severus empalideceu e depois congelou, parecendo totalmente perdido.

Voldemort suspirou. "Sente-se. Relaxar. Tente lembrar que estou muito mais são do que há um mês. Eu tenho um plano que sei com certeza que você vai odiar. Preciso que você tente me dissuadir sem depender de seu desgosto pessoal. Se houver provas suficientes de que este plano irá prejudicar Harry, eu o abandonarei. Caso contrário, estou seguindo em frente. Entendido?"

“Entendido, meu senhor. Qual é esse plano tão flagrante, então?”

“Harry precisa de conexões para sua vida passada nos quais ainda possa confiar; em quem posso confiar para manter um segredo e ter sempre em mente os seus melhores interesses. Um adulto, se possível, que seja mais leal a Harry do que a Dumbledore e que seja perito o suficiente em enganar para evitar levantar suspeitas. Alguém que Harry gosta.”

"Isso me exclui." Severus murmurou sombriamente. Lord Voldemort tinha certeza de ter detectado um toque de arrependimento em seu tom ranzinza.

“Sim, por enquanto. Acredito que Harry mudará de ideia, contanto que você o trate com justiça. Não, a pessoa que tenho em mente é o padrinho dele, Sirius Black.”

Severus cerrou os punhos no colo. "Eu vejo. Você acredita que ele escolherá Potter em vez de Dumbledore?”

“Eu acredito que ele pode. Se minhas fontes forem precisas, Dumbledore mal levantou um dedo na tentativa de conseguir um julgamento justo para Black. Ele despendeu muito mais esforço para mantê-lo fora de Azkaban, de longe.”

“As pretas podem ser cegamente leais. Ele pode não ver dessa forma.”

"Verdadeiro. Ele também está enfiado em algum lugar, pelo que percebi pelo que você foi capaz de dizer, em um espaço sombrio e apertado, indo e vindo com tráfego de pedestres e corpos ocupados.”

“Black está ficando louco, sim.”

“Ele também foi impedido de visitar seu afilhado, não foi?”

"Ele tem. Também fui proibido de escrever qualquer coisa substancial para o menino.”

"Como eu pensava. E como, posso perguntar, as Pretas reagiram a essas restrições?”

"Nada bem."

“Hmm… e sua resistência foi apenas para seu próprio benefício ou foi uma preocupação genuína com seu afilhado?”

Severus cerrou os dentes. “Querer correr um risco estúpido é sempre uma recompensa para as pretas, mas sim; ele demonstrou preocupações mais evidentes com a saúde mental de Potter do que qualquer outra pessoa naquela casa... lugar.”

“E seus argumentos contra este plano?”

Severus fez uma careta. “As pretas são instáveis. Ele anseia por perigo e está mentalmente preso há treze anos. Ele tem explosões emocionais; ele fica confuso. Ele é perigoso.”

“É muito perigoso fornecer a Harry uma tábua de salvação tão necessária? Muito perigoso para confiar nisso?” Voldemort pressionou.

"Eu... eu não sei."

“Eu gostaria que você descobrisse. Faça com que ele se abra um pouco, para desabafar suas frustrações. Coloque-o do seu lado e me diga se posso confiar nele com Harry. Isso é importante, Severus.”

“Black me odeia, meu senhor; sempre fez. Como exatamente devo ‘colocá-lo do meu lado’?” Severus choramingou. Ele teve sorte de Lord Voldemort ter sido reformado, ou estaria se contorcendo no chão por sua insolência.

Voldemort tentou e não conseguiu beliscar seu nariz inexistente. “Encontre algum ponto em comum.”

Uma expressão de pura perplexidade passou pelo rosto de Severus. "Como?"

“Além do seu desejo mútuo de manter Harry vivo? Que tal magia, a necessidade de liberdade e privacidade, a falta de Lily... pelo amor de Salazar, Severus, vocês dois são filhos dos anos setenta. Existem três interesses universais aí!”

“Três… existem?”

"Ah, sim..." Voldemort disse com um sorriso provocador, olhando Severus nos olhos e contando-os nos dedos. "Sexo, drogas e rock and roll."

Severo empalideceu.

“Você é um espião Severus, um espião muito bom. Entender."

“Eu… sim, meu Senhor.”

Ver Severus tão perturbado deixou Voldemort estranhamente satisfeito. Através do vínculo, ele percebeu que despertou a curiosidade de Harry.