Treachery of Ravens; Murder of Crows (Tradução)

Capítulo 11: Lorde Voldemort

Lord Voldemort estava ansioso, andando de um lado para o outro em seu estudo enquanto esperava que o curandeiro e o representante de Gringotes terminassem com Harry.

Foi estúpido; ele não ficou tão irritado antes de seu próprio ritual de ressurreição, mas agora, tão pouco tempo depois, o bem-estar de Harry Potter era fundamental.

Harry perguntou por que ele simplesmente não o colocou sob um feitiço de estatística e o trancou.

Por que ele nem estava considerando isso como uma opção?

Ele deveria estar.

Só de pensar nisso, porém, era totalmente revoltante.

O menino já havia sofrido o suficiente. Ele esteve trancado em um espaço apertado e escuro durante grande parte de sua curta vida.

Era estranhamente semelhante ao depósito de carvão do Wool's.

Voldemort estremeceu, sua raiva aumentando quando os pensamentos de ser trancado 'para expulsar o diabo' atacaram feridas antigas e purulentas.

Nunca mais.

Tom odiava se sentir impotente.

Ele não submeteria sua própria alma a isso, nem mesmo apenas um fragmento.

Ele sentiu uma pontada de afeto desencarnado.

Sua alma, por mais fraturada que estivesse, sabia que ele se importava com ela.

Ele se importava com Harry.

Como não poderia? Foi concedido um adiamento inesperado e um porto seguro dentro de uma criança mágica inocente que era muito parecida com eles.

Apenas ininterrupto.

Tom tinha ouvido rumores de que ser concebido sob os efeitos da amortentia amaldiçoava a pessoa a ser incapaz de sentir ou receber amor.

Em toda a sua pesquisa, ele teve muito medo de puxar aquele fio específico.

Ele se considerava superior ao homem emocional comum.

Se ele tivesse sido quebrado de uma forma que não pudesse consertar, de uma forma que não fosse sua culpa, então todo o senso de identidade de Tom seria destruído.

Ele precisava ser melhor que todos os outros.

Ele precisava disso como precisava de ar.

Só que Harry poderia amar. A criança passou por um inferno e ainda assim amava livremente. Suspeito que sim.

O trauma desencadeou mecanismos de defesa, mais do que Harry havia demonstrado até agora.

Um pouco de sarcasmo não era nada parecido com a resposta típica ao abuso e abandono que ele enfrentava cronicamente.

E agora, com a alma de Tom sobrevivendo por mais de uma década na mente de Harry, experimentando que o menino era capaz de conjurar do nada, ele aprendeu, mesmo que só um pouco, como fazer o mesmo.

Voldemort tinha certeza disso.

As emoções positivas que ele sentia agora não eram apenas de Harry, ecoando através da ligação entre eles. Eles eram dele.

Ele valorizava o menino. Ele valorizava Severus. Ele não queria perder nenhum deles.

Eles eram dele, sim, mas a perda deles iria além disso.

Algo que Voldemort mal conseguia compreender, muito menos explicar.

Eles eram preciosos para ele.

Todas as precauções devem ser tomadas para mantê-los seguros.