Epílogo

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Jughead

Eu acabara de pôr Malu para dormir quando Elisabeth entrou em casa. O sorriso iluminou seu rosto assim que ela me viu jogado no sofá, segurando um
processo. É, eu nunca parava…

— Acho que você vai fazer o jantar no sábado — disse ela, enquanto caminhava na minha direção. Ela deixou os livros da faculdade em cima da mesa de centro e sentou ao meu lado, aninhando o corpo no meu.

Um dia inteiro longe dela e eu já sentia saudade. Seu cheiro me invadiu, aplacando imediatamente a sensação de vazio.

— De quem foi a brilhante ideia de fazer essa aposta?
— Sua — respondeu Elisabeth. — Quando me pegou testando uma receita nova de brigadeiro. Como você disse mesmo?! Ah! Nada de trabalho em casa,
princesa. Gargalhei ao ouvi-la imitando minha voz.

— Não foi bem assim…
— Foi sim. — Ela levantou, tirando o processo das minhas mãos e subindo em cima de mim. Sua barriga redonda, abrigando meu filho, quase a impediu de se ajeitar. Cada vez que eu a olhava, sentia a mesma felicidade do dia em que me
contara que estava grávida. — E depois você me beijou.

— Beijei?
— Sim.
— Como?
Ela não respondeu com palavras. Muitas vezes elas eram desnecessárias.

Dois anos e eu ainda sentia meu coração disparar como se fosse a primeira vez. Sua boca se aproximou ainda mais e senti a respiração se misturar com a minha. Minhas mãos inquietas seguraram seu rosto e o beijo teve gosto de sonho. Como
todos os outros.

Um sonho real que eu vivia dia após dia. Eu a amava incondicionalmente e sentia o mesmo amor me tocar cada vez que ela se aproximava de mim.
Ela era minha.
Mas ela era muito mais dela.
E eu era inteiro da princesa que possuía meu coração.

Muito além do AmorWhere stories live. Discover now