capítulo 37

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Jughead

Os dias seguintes foram menos tensos. Tudo que acontecera naquela manhã servira para fortalecer ainda mais nossa relação. Não dava para dizer que todos os dias eram perfeitos, mas pelo menos havia amor em todos eles.

— Eu achei que era um jantar simples. Elisabeth protestou, quando viu a mesa posta. Ela encarou um dos pratos, lagosta, e seu olhar para mim foi de quem estava extremamente deslocada. — Não sei como usar essas coisas. — Seus olhos pousaram sobre os talheres
e senti um ódio de mim mesmo por fazê-la passar por aquela situação.

Eu tinha que ter previsto que aquilo seria um pouco demais para ela. Elisabeth ainda estava se reerguendo e tentando conquistar tudo de que o desgraçado a privara. Me remexi na mesa, desconfortável, sem saber o que fazer ou como agir. Foi então que notei Clara me encarando. Ela deu um sorriso de garota que estava aprontando e seguiu com uma piscadela.

— Meu amor! Não estou me sentindo bem. — Levou a mão à testa e de imediato Alexandre parou tudo que fazia e voltou sua atenção para a esposa. Sua mão pousou sobre a barriga da Clara. — Algo com o bebê, minha menina? — perguntou, preocupado. — Não. Acho que foi uma queda de pressão.
— O.k.! Vamos pra casa — disse Alexandre, sem pensar duas vezes.

Ele se despediu de todos os convidados, que não reclamaram da súbita
partida. Levantei, levando Elizabeth comigo.

— Com licença, senhores. Vou acompanhar meu irmão. Em se tratando da esposa, ele fica muito nervoso pra tomar qualquer decisão necessária. Também me despedi. Saindo do restaurante, vi Alexandre andar a passos largos para alcançar Clara, que quase corria na sua frente.

— Está tudo bem com ela? — A voz suave de Elisabeth chamou minha atenção. Entrelacei nossos dedos e levei à boca, beijando sua mão. — Está sim, princesa — tranquilizei-a.

Caminhamos atrás deles e vimos quando Clara, depois de andar um quarteirão, entrou em uma pizzaria pequena, porém aconchegante. Da porta eu
podia ouvir Alexandre exasperado, chamando-a para ir para casa. Assim que sentamos, o garçom se pôs ao lado da nossa mesa.

— Por favor, uma pizza grande de bacon e calabresa — pediu Clara. A expressão do meu irmão era impagável e Elisabeth também estava totalmente perdida. Porra! Só eu entendia o que Clara havia feito. — Ah… — ela chamou o garçom de volta —, uma porção de batata frita
também.

— Maria Clara Gomes Bueno Jones. — Alexandre chamou sua atenção, mas ela o ignorou.
Virou para Elisabeth e sorriu.
— Também odeio aqueles bichos com bigodes. E odeio jantares chatos. Minha garota abriu um sorriso do tamanho do mundo. Olhei para Clara, que sorria para mim. Agradeci com o olhar pelo que tinha feito, e tive a certeza de que Clara entendeu.

(...)

— Estraguei o jantar, não estraguei? — perguntou ela, assim que estacionamos.
Eu ri. — Pelo contrário. Você livrou a família inteira de uma noite chata. Ainda bem que meus pais não estavam lá, ou minha mãe teria feito o mesmo. Ela odeia esse tipo de evento.

— Alexandre vai ficar bravo.
Os vincos que se formavam em sua testa eram de puru preocupação. — Aprenda uma coisa sobre o meu irmão: ele está sempre bravo com tudo e com todos, menos com a Clara, então não precisa se preocupar com ele. Na verdade, a única preocupação que você deveria ter agora é a de vir aqui me dar
um beijo.

Elisabeth tirou o cinto e se aproximou, sorrindo. Ela realmente não pertencia àquele mundo. Era livre demais para se prender a protocolos, apesar de ter se portado como uma verdadeira princesa. Fixei os olhos em sua boca enquanto
ela se aproximava e, quando seus lábios tocaram os meus, foi como se me apaixonasse um pouco mais por ela.

Era assim a cada beijo. O sentimento crescendo e tomando forma. Foi Elisabeth quem me beijou, ela que comandou os movimentos, quando e onde eu deveria tocá-la. Foi ela que segurou minha mão e pôs em sua cintura. Foi ela quem pulou para o banco do motorista e sentou em
meu colo. Foi ela quem gemeu ao sentir meu pau duro.

Eu andava com um puta tesão e tentava o máximo possível me controlar, mas me masturbar pensando nela já havia virado rotina. Eu queria seu corpo e o desejava com cada centímetro do meu.

O vestido da Elisabeth se abriu e ela se ajeitou sobre minha coxa. Senti, quando o beijo se aprofundou, que ela se esfregava em minha perna, buscando alívio. Abri os botões do vestido e ela parou o beijo, me encarando.

— Confia em mim — pedi, e ela assentiu. — Você é tão linda. — Afastei o tecido para os lados, expondo seu sutiã. Eu o abaixei devagar e ela se inclinou para trás quando sua pele ficou exposta. Não toquei neles, por mais que minhas mãos implorassem para segurá-los.

Primeiro beijei sua boca, meus dedos acariciando seu ombro, traçando o desenho das costelas. Lambi seus lábios, saboreando o quanto ela ficava excitada com minhas ações. Percebi de imediato que ela se esfregava ainda mais contra o meu colo. Respirei fundo, contendo meu próprio desejo.

Ainda não havia mudado de ideia. Com ela eu queria mais,
mas não poderia deixar Elisabeth sair daquele carro sem experimentar um orgasmo. Levei uma das mãos até seu seio. Ela parou de me beijar e observou meus olhos, que encaravam seu mamilo.

Lambi os lábios antes de a minha boca
saboreá-lo.
Ela gemeu.
Se contorceu.
Lambi mais. Suguei. Chamei seu nome.
Elisabeth se perdeu.

Apertando-se sobre a minha perna. Esfregando sua bocetinha em mim. Ela não tinha noção do quanto estava sexy naquele momento. Os olhos famintos, revirando cada vez que uma onda de tesão lhe
atingia, até que ela segurou meus cabelos, puxando minha boca para seu seio.

Enfiei-o na boca e lambi gostoso até que ela gozou, se saciando.
Beijei sua boca, bebendo seus gemidos, e ela sorriu. Elisabeth voltou para o seu banco e ajeitou a roupa, os olhos desviando dos meus, envergonhada. Não disse nada para não deixá-la mais constrangida.

— Vou te deixar lá na porta.
Ela assentiu. Saí e abri a porta do carro para que ela pudesse descer e, assim que saiu, segurei sua mão e caminhamos até a porta. — Preciso ir ao banheiro, mas antes tenho que verificar Malu…— Eu posso ir até ela. Elisabeth abriu um sorriso e concordou.— Já volto.

Fui até o quarto da menina e abri devagar a porta. Ela dormia em uma cama cor-de-rosa e a luz do abajur iluminava seu rosto. Aproximei-me devagar,
sentindo meu coração se acelerar. Eu queria aquilo. Todos os dias. Queria as
duas na minha vida. Quando cheguei ao lado da cama, ela se mexeu.

Levantei o edredom, cobrindo seu corpo, e Malu abriu os olhos. Levei o dedo indicador até
a boca, pedindo silêncio, e me surpreendi quando ela sorriu e fez o mesmo. Segundos depois, seus olhos estavam fechados mais uma vez. Dei um beijo em
sua testa e, assim que virei, vi Elisabeth, nos observando.

Parei embaixo do batente da porta e pus uma mecha do seu cabelo atrás da orelha. Ela ainda tinha o rosto corado pelo orgasmo e me encarava com
vergonha.

— Obrigada pela noite maravilhosa.
— Estou sempre à sua disposição. — Fechei a porta atrás de nós e alcancei o seu ouvido para sussurrar. — Você fica linda quando goza.
— Você consegue me fazer sentir isso — confessou, e meu peito explodiu de orgulho.
— Eu te amo — disse, mas com a certeza de que ela já sabia.

Muito além do AmorWhere stories live. Discover now