capítulo 48

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            UM ANO DEPOIS

Elisabeth

— Essa aqui, tio jug?
— Claro, princesinha.
— Ela também é vermelha.
— Igual a essas. — Jughead levantou duas bolas e Malu olhou fascinada.

Nunca vira uma árvore de Natal tão enfeitada. Não tínhamos pensado nisso ano passado, mas, depois de tudo que acontecera, decidíramos comemorar todos os dias, e isso incluía um grande pinheiro na minha sala. No dia anterior,
havíamos montado uma no apartamento do Jughead.

Malu amara e falara durante
todo o tempo. Aquilo quase fazia meu coração de mãe explodir. Mais uma vez ela se reerguera. Minha filha era uma lutadora.
Um ano.
Um ano se passou desde que tudo acontecera e desde então eu tenho vivido em um sonho. Nada poderia estar mais perfeito.

— Quem quer brigadeiro?
— Eeeeeeu — gritou minha menina, soltando o enfeite no chão. — Vem, tio Jug. — Ela voltou apenas para pegar a mão de Jughead.

Os dois sentaram e fiz o mesmo, observando a forma como interagiam e, principalmente, como Jughead fazia minha filha sorrir. Ela enfiava um brigadeiro na boca, fazendo-o parar na bochecha, e Jughead apertava, levando minha filha a gargalhar.

Nunca estivéramos tão felizes, e essa constatação só fazia meu coração bater cada vez mais forte. Eu era feliz. Depois que os brigadeiros acabaram, voltamos os três para a árvore. Ajoelhei, ajudando Malu a pôr os últimos enfeites.

Jughead fazia o mesmo, sempre
sorrindo, sempre me olhando com amor. Era impossível questionar o sentimento que nos unia. Em um amor tão grande, não cabiam dúvidas, e deixei
de me perguntar como isso aconteceu? quando percebi que a resposta não faria diferença. Eu continuaria amando Jughead. E eu continuaria a amar enquanto meu coração permitisse.

— Põe esse aqui, mamãe.
Quando a voz de Malu chamou minha atenção, percebi que meu olhar estava preso no do Jughead. Quando peguei a caixa da mão dela, minha filha sorriu para Jughead como se estivessem escondendo um segredo. Não era um enfeite, e comecei a tremer.

Malu correu para o colo do Jughead e os dois me encararam ansiosos. Desfiz o laço vermelho e abri a caixa.

— Elisabeth, Malu, vocês querem casar comigo?
— Simmmmmmm! — gritou Malu. Não havia nada que meu coração quisesse mais.
— Sim — também respondi. — É tudo que eu quero.
Eu tinha meu próprio conto de fadas.

Muito além do AmorWhere stories live. Discover now