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CAPÍTULO 39 (PENÚLTIMO)
ALGUMAS SEMANAS DEPOIS
— CORRE, CORRE!
Um Balthazar agoniado passou por mim levando as bolsas da maternidade para a caminhonete, virou um desespero generalizado, vovô e Francesco corriam atrás dele brancos igual papel.
— Homens! — A mãe do meu namorado disse tão tranquila como eu do meu lado.
Comecei sentindo algumas cólicas ontem a noite mas nada muito dolorido, desesperado do jeito que Balthazar é correu para ligar para a nossa médica e ela falou para começarmos a temporalizar, se fosse contração iria começar aos poucos, de madrugada eu não saia do banheiro de tanta diarreia que estava tendo, achei que o meu cu ia cair antes de dar.
Sentindo um incomodo não consegui dormir, Balthazar ficou tão desesperado que ele não queria sair do meu lado, nem quando eu estava na privada, eu deixei ele ver, iria ser uma perca de tempo impedir e estava começando a ficar nervosa, quer dizer, era quase certeza que o nosso bebê estava vindo ao mundo.
Fui cochilar às seis da manhã e logo acordei com contrações um pouco fortes.
Balthazar voltou do carro para me pegar no colo e olhei para a sua mãe, ela revirou os olhos sorrindo.
— Chaveirinho fica tranquila, estamos indo para lá, nosso bebê vai nascer e voltamos, ok? Ok — Ele estava tão energético que correu para o outro lado do carro, respirei fundo fechando os olhos, não estava nervosa, até tranquila para a situação. — Eu vou dirigir! — Meu italiano avisou para ninguém em específico.
— NADA DISSO! você está muito nervoso, vai bater o carro na primeira curva, me dá essa chave aqui — Dona Eliane pega a chave na marra da mão do Balthazar e se senta no banco do motorista.
Vovô não falou nada, ele somente entrou no banco do passageiro e Fran do meu lado, ele me deu a sua mão e sorri para ele.
— Eu to aqui amor, vou avisar o Erick ok? — Eu nem sabia que os dois tinham mesmo consolidado uma amizade, mas era verdade, meu italiano se preocupava tanto com o homem que ligava de madrugada para saber se ele estava bem, de uns meses para cá aconteceu muita coisa com aquelas pessoas que veio atrás do Erick, infelizmente não era muito próxima deles, mas fiquei tão preocupada quanto ao saber sobre os relatos quase secretos que Balthazar me passou.
— Está tudo bem. — Disse mais para mim mesma do que para acalmar ele
O carro foi ligado e suspirei de alívio, minhas costas doíam tanto.
— Sua barriga está bem dura — Fran disse me cutucando. — Será que o nosso Vincenzo já virou?
Tava rezando para que sim. As histórias de bebês sentados na hora do parto me deixava um pouco doente.
