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CAPÍTULO 15
— M A S é o cara do mercadinho senhor Stuart? — Balthazar pergunta pela centésima vez assim que saímos da caminhonete.
— Sim, o do mercadinho, pet shop, e o da lojinha de roupa também, todos perguntaram — Revirei os olhos.
Meu avô tinha contado tudo para o Balthazar, todos que perguntaram se eu era solteira na cidade meu vô já tinha fofocado tudo para o Balthazar. Eu fiquei passada igual ferro de passar roupa com tanto homem perguntando sobre mim.
A rua estava toda decorada, qualquer coisa a nossa cidadezinha fazia uma festa, depois de anos nada tinha mudado.
— Bom, o que vocês vão fazer? — Vovô pergunta. Olhamos para ele com uma cara de interrogação e o velho fez uma careta. — Eu sou velho, não burro, qual é o plano? — Ele perguntou animado arrumando as calças, parecendo uma criança.
— Vamos perguntar para as pessoas sobre o Chester, ver o que ele faz ou diz fazer. — Balthazar diz.
— Tudo bem, nós se encontra aqui no final da festinha — O velho sai andando e eu nego com a cabeça, a fofoca renova as pessoas, não?
— Isso tá mais para uma feira de carros do que uma festinha — Sempre teve exposição de carros nas festas, mas esse ano parecia ter mais.
Muitas pessoas tinham negócios no ramo de fazer carros personalizados, chegava nessas feiras eles faziam de tudo para vender.
A rua era larga e reta com a arquitetura dos comércios parecendo faroeste, eu nunca tinha me acostumado com esse lugar que parecia ter parado no tempo.
— Vamos.
Saio andando com Balthazar ao meu lado, alguns carros me chamam atenção pela cor extremamente chamativa e diferenciada.
As pessoas fazem uma fila para ver todos os carros e eu entro no meio.
— Me diz, quem vai ser o primeiro a ser interrogado. — Falei para Balthazar que fez uma cara de cu e pegou na minha mão. — O que você está fazendo? — Faço uma careta quando ele começa a quase querer entrar dentro de mim.
— Por que você veio tão bonita?
— Balthazar, eu vim com uma roupa normal, treinei o Beleza esses dias com essa roupa — Nem tinha passado maquiagem.
— Não interessa, tá muito bonita — Revirei os olhos dando uma cotovelada na sua barriga para ele parar de me encoxar.
— Paro com a palhaçada — Digo arrumando a minha blusa batendo na sua mão que apalpa meu peito de pirraça. — Se concentra.
— Ok, ok. — Ele suspira atrás de mim e dá uma olhada geral. — Já sei, vêm.
Ele me arrasta furando a fila e para na frente de um carro roxo neon modelo antigo.
