CAPÍTULO 4

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CAPÍTULO 4

   P E G U E I o copo de água que a senhora Rita me ofereceu, a mulher era um amor de pessoa e até parecia mal educado negar qualquer coisa para ela, a senhora tinha os seus truques! Ela fazia as coisas tão modestamente que era quase impossível negar.

   — Eu já volto, espera só um pouquinho — Ela diz já saindo da cozinha correndo para fazer sei lá o que.

   Eu dou de ombros olhando tudo ao redor, a cozinha era ampla e bonita, digasse de passagem, eu bebi o copo de água que a senhora tinha me oferecido porém, congelei quando ouvi um rosnado.

   Meu corpo travou e eu só consegui movimentar a cabeça lentamente para o lado. Meus olhos se arregalaram ao ver um cachorro em modo de ataque me encarando com um olhar ameaçador. Eu travei.

   Meu coração palpitou freneticamente vendo ele mostrar os caninos afiados.

   — Calma grandão... amigo... amigo..— Ele rosnou alarmado e dei dois passos para trás batendo em alguma coisa atrás de mim.

   — Heros! Chega! — O peitoral vibrou e eu não pude conter a minha expressão de alívio ao ver que era Balthazar que estava atrás mim.

   Eu suspirei.

   O cachorro parou de rosnar se deitou e mostrou a barriga para o seu dono, claramente querendo um carinho.

   — Relaxa chaveirinho — Seu hálito quente soprou no meu ouvido, eu me arrepiei toda.

   Virei a cabeça para encontrar seus olhos fixos em mim, eu engoli em seco. De repente eu conseguia sentir muito bem o calor do seu corpo.

   — Não disse para você não me chamar assim? — Fiz a pergunta com a voz fraca.

   — Mas você é tão pequenininha... Tão... delicada, ao mesmo tempo arisca. Eu gosto disso, é como um pequeno chaveiro com pontas — Eu estava pronta para dizer que o raciocínio dele não fazia sentido e que não era lógico.

   Eu esqueci do cachorro, esqueci da Rita, esqueci que não era para ficar tão tentada a ele. Eu senti meu corpo ser virado e levantado em instantes, ofeguei surpresa. Sentada em cima da bancada me senti encurralada com os seus dois braços ao lado das minhas coxas.

   — Eu não sou pequena... tenho um tamanho normal. — Balthazar deu uma risada nasal, com o seu corpo entre as minhas pernas.

   As coisas estavam esquentando.

   — Você tem quanto? — Ele riu mostrando os perfeitos dentes alinhados. — 1.55?

   Eu olhei com cara de tédio ao mesmo tempo envergonhada.

   — 1.58 — Disse sem disposição.

   Era perigoso a aproximação, os homens não são confiáveis, reforço na minha mente.

Q U E I R A - M E - Série Possessivo Livro III (COMPLETO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora