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CAPÍTULO 14
— O B R I G A D O — Balthazar diz saindo da última casa que combinamos ir depois da casa do senhor a horas atrás.
Vou direto para a caminhonete com a cabeça fritando de teorias, existem muitas perguntas sem respostas.
— Você tá bem, chaveirinho? — Suspiro acenando com a cabeça.
Dou partida na caminhonete e sigo em direção da casa do Balthazar, no caminho nós dois não diz muita coisa, estamos muito pensativos.
*****
— Você vem? — O italiano me pergunta quando ele percebe que não faço a ação de desligar o carro.
Já do meu lado ele abre a porta e vira o meu corpo em sua direção.
— Tá tristinha? — Revirei os olhos pela palavra no diminutivo e a forma que ele diz, como se eu fosse uma criança a ser consolada.
— Eu vou para casa, me arrumar para a tal festa — Digo, ele ergue uma das sobrancelhas e quero me bater por quase ceder a sua tentação.
— Tem certeza? Não quer entrar e relaxar um pouco? — Eu sei o que vai acontecer se eu entrar em sua casa, engoli em seco tentada.
— Tenho... vou me arrumar para a tal festa — Balthazar acena com a cabeça, mas antes que ele saia do meio das minhas pernas e me permita ir para a casa, suas mãos firmam nas minhas coxas agarrando e sua cabeça vem de encontro com a minha.
Eu suspiro antes de seus lábios encostarem nos meus. Sua boca doce toma a minha com um beijo calmo e desejoso. Meus braços circulam seus ombros e o beijo termina com pequenos selinhos.
— Eu tenho que ir. — Digo para ele que começa a beijar o meu pescoço.
— Depois da festa você vem pra casa comigo? — Dou uma risada pela sua cara de inocente que ele força, concordo e o italiano parece satisfeito pela a minha decisão.
Ele me deixa virar e fechar a porta para ir embora.
— Eu vou te buscar — Olhei nos seus olhos me perdendo por alguns segundos, dou um sorriso acenando e saio do seu rancho.
*****
— Vovô — Stuart olha para mim enquanto faz o seu cafezinho da tarde.
— Querida, chegou cedo — Ele diz enquanto checa o relógio na parede.
— Sim. — Digo encostada no batente da porta com os braços cruzados.
— Que foi querida? — Penso num cenário onde meu avô é cúmplice do tal Chester, pensar nisso faz meu coração apertar.
— Tem alguma coisa de errado com o Chester, o senhor nunca percebeu? — Meu vô para com a xícara no meio do caminho para a sua boca.
