CAPÍTULO 23

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CAPÍTULO 23

   — I N F E R N O — Digo olhando para baixo, vendo que a minha menstruação desceu, meu ciclo era médio mas as vezes, bem raramente vinha intenso. Isso era efeito colateral do implante anticoncepcional que eu coloquei, a melhor opção para mim, era o que eu tinha achado, agora eu não sei muito bem.

   Tinha feito dois meses e ainda sentia um pouco dos efeitos colaterais, minha nova ginecologista havia falado que isso poderia acontecer durante os seis primeiros meses que é quando o corpo está se acostumando com o implante. Por isso que eu não gostava de métodos contraceptivos, sempre tinha um mas depois, se eu não quisesse tanto uma família no futuro já tinha vendido meu útero no mercado negro.

   Levantei a calcinha e fui lavar as mãos na pia.

   — Você ainda está um pouco tonta Chaveirinho? — Balthazar entrou no banheiro, eu não sei o que o meu vô tinha falado para ele, mas fazia uns três dias que o italiano estava muito doce comigo, não que ele não seja, mas geralmente sinto que Balthazar sempre está com um pé atrás de mostrar sinais de afeto, por uma parte isso meio que é culpa minha.

   Suspirei.

   — Já passou — Digo me encostando no seu peito e fechando os olhos.

   Nunca deixei claro o que estávamos fazendo, em que pé estava o nosso relacionamento e se tinha um relacionamento. Apesar do Balthazar ser meio afobado ele nunca me pressionou, eu sei que ele gosta de mim, talvez esteja apaixonado, ele nunca me demonstrou mais do que estar confortável com a minha presença.

   Nossa rotina era de praticamente pessoas casadas, quanto mais o tempo passava menos eu ia no hotel fazenda do vovô, mais roupa brotava no seu armário e o sentimento de colocar um nome no que a gente tinha estava me sufocando, principalmente pelo motivo do Balthazar não se demonstrar incomodado.

   Mas isso estava me incomodando.

   — Que foi Chaveirinho?

   Era a minha chance, ele estava me abraçando por trás, à cada dia que passava, sonhos vinha para mim com Balthazar, sonhos da gente correndo pela casa com crianças. O medo dele me deixar a qualquer momento era constante e me lembrava sempre que ele fazia coisas para mim com aquele sorriso malicioso.

   — Vamosnamorar? — Perguntei rápido e nervosa.

   — Falou muito rápido querida, não entendi — Olhei para o seu rosto franzido no reflexo do espelho.

   — Você... quer namorar comigo? — Falei um pouco mais devagar. Ele ficou parado me olhando e desviei o olhar.

   Talvez não era isso que ele queria, entendi errado? Todos os indícios estavam claros para mim que ele queria nomear nossa relação — mesmo que ele não me precionasse, e não ter somente um sexo sem compromisso como eu tinha sugerido a alguns meses atrás.

Q U E I R A - M E - Série Possessivo Livro III (COMPLETO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora