CAPÍTULO 31

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CAPÍTULO 31

   S E N T E I na cadeira na frente do psicólogo e respirei fundo, cruzei os dedos mexendo nas unhas, tentando acalmar o meu nervosismo.

   — Bom, meu nome é Paul, e eu serei o seu psicólogo a partir de hoje. — Fiquei quieta e acenei com a cabeça, ele não foi tão óbvio ao me analisar. — Nas minhas primeiras consultas gosto de falar como trabalho, ok? — Acenei com a cabeça novamente. — Aqui — Ele aponta para sala toda. — Aqui, você pode se sentir livre a falar o que quiser, eu não estou aqui para te julgar, estou aqui para te ouvir e juntos chegar a um resultado, ok?

   — Ok. — Digo, cansada de ficar balançando a cabeça.

   — Bom, nossas consultas vai durar entre trinta a quarenta minutos. Estou aqui, sou todos ouvidos para ouvir o que você quiser falar — Ele se encosta na cadeira e tem uma postura mais informal.

   — Eu não sei bem o que dizer... — Dou uma risadinha nervosa e ele sorri para me tranquilizar.

   — Me diga o que você quiser, desde que fez hoje de manhã à sua infância, o que você quiser, o que se sentir confortável.

   — Bom.... meu nome é Felicity Drew, tenho vinte e oito anos, eu nasci aqui — Olho para Paul e ele me olha atentamente. Desvio o olhar para a parede ao lado dele. — Eu tinha uma irmã, uma mãe e um pai... apesar dele ainda estar vivo... parece que morreu junto com elas — Fico melancólica, a mágoa que tive ao saber que ele tinha viajado para a Antártica foi tão grande, somente a suposição que ele fez aquilo por não conseguir lidar comigo, doía muito.

   — Vocês se falam?

   A vergonha me toma. Quando acordei de manhã estava decidida a contar tudo para ele, sem medo, sem vergonha, simplesmente me abrir, mas agora, não me parece tão fácil igual foi na minha cabeça, quando planejei.

   — Eu mandei uma carta, quando fiz dezoito anos, ele não me respondeu, então não mandei mais.

   — Isso te machuca?

   Olho para ele, o choro vem mas prendo, desvio para baixo, para as minhas mãos e vejo os movimentos que estou fazendo com as unhas.

   — Já doeu mais. — Levanto a cabeça olhando para qualquer lugar que não seja ele.

   — A última vez que você falou com ele, pessoalmente foi...? — Apertei meus dedos engolindo a saliva.

   — No enterro da minha mãe e irmã.

   Ele acena, percebo que ele não está anotando o que digo, isso me tranquiliza um pouco.

   — Eu não me lembro direito das coisas — Confesso um segredo que guardo só para mim.

Q U E I R A - M E - Série Possessivo Livro III (COMPLETO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora