XIII - Lucca Shade

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Aquele era simplesmente o lugar mais assustador que já estive. Podia-se ouvir sons altos de animais gritando, talvez por dor, ou quem sabe para nos dar medo, e se for pela segunda opção, eles estão conseguindo perfeitamente.

E adivinha o que nós fizemos? Sim, voltamos a caminhar. Max e Peter pegaram lanternas e foram andando na frente para iluminar o caminho, Melanie estava ao meu lado - Sempre cuidei dela como uma irmã, ela possuía uma historia trágica de quando era pequena, seus pais foram mortos e a culparam do acontecido, como não tinha para onde ir e ela era uma de minhas melhores amigas, ela foi morar lá na minha casa, Coralinne nunca gostou dela, não sei o motivo, mas ela fala que um dia vai descobrir os segredos que Melanie esconde! - , Coralinne estava distante e séria, e os outros estavam todos juntos.

Passamos por vários túneis dentro da caverna, um mais assustador que o outro, e os gritos dos animais ficavam cada vez mais altos, não sei se o que me dava mais medo era o local ondo nós nos encontrávamos ou o motivo de estarmos andando sem um rumo certo, apesar de eu ser do reino das sombras, o escuro nunca foi meu lugar favorito, de vez em quando eu ia para o escuro treinar lutas com as cegas e por isso tenho os sentidos mais aguçados do que uma pessoa normal.

Chegamos a uma sala redonda com tochas acesas por todo lado, e uma especie de altar.

Coralinne ficou mais séria do que já estava, começou a andar vagarosamente para o centro da sala.

O que você vai fazer? - Eu e a Evelyn falamos ao mesmo tempo.

E apenas obtemos o silencio como resposta. Ela chegou ao meio e subiu no altar.

Em pé sobre o altar, deu uma volta em torno de si mesma, observou em volta e disse:

- É hora de consultar os esquecidos.

Ergueu os braços, como se fosse captar forças. Na verdade, algum sinal de movimentação de energia em torno de sua mão começava. A neblina começou a espiralar na direção de seus dedos e, parecia entrar em seu corpo, que agora emanava uma luz roxa, com alguns raios enegrecidos relampejando vez ou outra.
Iniciara um ruído ensurdecedor, seguido de um tom de voz cavernoso e retumbante, com sua garganta emitindo uma só nota. Uma nota grave, que ecoava por todo o salão e também, pelos corredores da caverna.

Agora chamava por nomes, nomes citados em uma língua não mais conhecida, que provavelmente só os respectivos donos sabiam o significado. Em meio à névoa, três espíritos podiam ser vistos. Todos eram mutilados, um com perna de pau, outro caolho, e o último com um gancho no lugar de mãos. Todos tinham feridas espalhadas pelo corpo, uma expressão pálida e cadavérica, apesar dos olhos revelarem uma consciência e vida muito grande.

A Coralinne no altar então fala aos mutilados:

- Senhores das cavernas, convoco-os aqui para uma pergunta.

O espírito caolho toma a frente dos outros e olha profundamente nos olhos dela. Acontece uma troca intensa de olhares, e após uma breve pausa os espíritos desaparecem.

Coralinne cai de joelhos. Depois se põe em pé e vai até um ponto da caverna e começa a cavar na terra. Só para quando a concha que usava bate em algo metálico. Com todo o cuidado, tira um artefato metálico da terra, e sorri.

Ela pega uma espada e a ergue o máximo que pode, escutamos um som muito fino, raios emanam da espada, a sala parece ficar maior e uma rachadura abre-se no chão.

Um monstro que não sei definir o que é, surge de lá, ele tinha o corpo de pedra coberta por musgos, a cabeça com feições de leão, e uma imensa cauda que lembrava uma cobra, ele chegou ao nivel maximo das coisas assustadoras que ja vi.

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