— Dos seus pais?
— Em geral. — Aperto minhas mãos. — As vezes eu esqueço coisas simples. Confundo os acontecimentos, minha infância... eu lembro só se me dizerem.
— As coisas que você lembra, são lembranças felizes? — Fico em silêncio, forçando minha mente a procurar uma memória em que eu esteja sorrindo.
— Nem todas. — Me esquivo da pergunta, continuo pensando em lembranças felizes que eu esteja com meus pais e com a minha irmã juntos. — A maioria são com o meu cavalo.
— Ele ainda está vivo?
Neguei com a cabeça.
— Vir para cá me fez lembrar de algumas coisas, principalmente no Hotel fazenda do meu avô — Digo ao lembrar da casa.
— Isso foi bom?
— Eu não sei.
— Me diga Felicity, você era feliz? Na sua infância ou adolescência. — Apesar de ser perguntas íntimas, me sinto à vontade com ele, acho estranho, pois quando soube que o meu psicólogo seria homem fiquei um pouco nervosa, pensei que ficaria mais à vontade com uma mulher.
— Feliz?
— Sim, você foi?
*****
Entrei em casa e suspirei, joguei minha bolsa na mesinha e fui para a sala, me sentei no sofá suspirando logo senti um peso em cima de mim. Abri meus olhos e Heros estava apoiando sua cabeça na minha barriga.
— Oi garoto — Faço carinho na sua cabeça, o fato dele estar sendo cuidadoso comigo, por não colocar todo o seu peso em mim, me faz ficar emocionada.
— Felicity — Balthazar me chama e eu olho para cima — Por que você está chorando Chaveirinho?
— Ele é tão fofo — Digo para Balthazar falando do Heros, que não tira a cabeça da minha barriga, fungo.
— O meu amor, vem cá.
Heros rosna quando Balthazar tenta me pegar no colo e nós dois ficamos surpresos. Balthazar faz uma cara séria olhando para o cachorro.
— Nem pense em rosnar para mim! — O italiano diz indignado.
Ele tenta me pegar novamente, agora, ignorando o rosnado de Heros. Olhei preocupada para o cachorro que olha para nós dois, nos analisando, e quando estou no colo do Balthazar, sendo ninada, Heros coloca seu queixo no meu pé olha para a minha barriga.
— Tio ciumento, vai competir com o Fran — Digo secando as lágrimas.
— Por que falamos que ele é tio? — Balthazar pergunta e eu dou de ombros. — Heros é irmão mais velho do nosso bebê.
Meu coração fica quentinho ao ouvir isso, mesmo ele sendo um animal, é importante para mim, ver que Balthazar me considera de alguma forma, mãe do seu cachorro.
— Como foi a sua consulta? — Brinco com os pelinhos que sai da sua blusa.
— Estranha, mas me fez pensar, está me fazendo pensar...
— Quer me contar? — Suspiro por ele ser tão prestativo.
— Ele me perguntou se eu fui feliz... na minha infância ou adolescência — Digo brincando com os pelinhos do seu peito, tentando enrolar no meu dedo, mas é curto para isso.
Balthazar beija a minha testa.
— Você foi?
— Eu não me lembro — Suspirei frustrada.
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Q U E I R A - M E - Série Possessivo Livro III (COMPLETO)
RomancePLÁGIO É CRIME NÃO PERMITO ADAPTAÇÃO ATENÇÃO: Se você estiver lendo essa história em qualquer plataforma que não seja Wattpad, provavelmente está correndo o risco de sofrer um ataque virtual (malware e vírus). Se você deseja ler essa história em se...
CAPÍTULO 31
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