Falhas Eternas - Vol. 01

[Capítulo 12]. Cheu Banhada em Sangue

Isso é o que há mais aterrorizante nesse mundo!

As flores de lótus começaram a ataca-lo. Ao se encontrar com a energia maliciosa pequenas explosões foram geradas, obstruindo seus movimentos e sua visão. Esse movimento era irritante e o fantasma não conseguiu um ritmo de defesa. Eram flores especialmente fofas, mas muito mortais.

O corpo físico do fantasma começou a sofrer ferimentos físicos e previu que se qualquer uma delas atravessasse e destruísse sua máscara...

Ele apertou os lábios e pensando que seria melhor distraí-lo e chamar por ajuda. Já havia muito tempo que sofria com constantes ataques poderosos. Nesses poucos dias seu poder havia crescido, mas ele não era tolo e outro lado também estava numa situação ruim. Só precisava aguentar mais um pouco. Com a batalha se arrastando, as perdas sairiam para seu lado.

Mas, ao contrário do que aquele fantasma pensava, as perdas seriam maiores para Shen Zhengyi. Os ferimentos internos adquiridos pela fuga do território demoníaco eram maiores do que o esperado. Com quase todas as suas veias espirituais prestes a serem destruídas ele continuava a atacar como se não tivesse ferimentos.

A preocupação maior, no entanto, eram as espadas em suas mãos. Ele as conhecia tão bem quanto o seu verdadeiro dono.

Hei Xing e Cheng Xing.[2]

Mestre Shen se abalou por um momento tão sutil que sua expressão indizível impediu que o adversário percebesse. A pele entre as sobrancelhas franziu e seu pomo de adão subiu e desceu algumas vezes antes de se acalmar.

Aquelas eram as estrelas gêmeas, usadas por Cai Xing. Como ele não as reconheceu antes? No dia em que ele as obteve, o homem veio o mais rápido possível à sua porta e pediu para ajudar a nomeá-las.

— Gege!

A aparição de uma segunda pessoa em seu pavilhão quase o fez cair da cadeira.

— Ai! — A agulha adentrou a pele delicada fazendo uma gota de sangue escorrer pelo dedo indicador.

Em suas mãos, a touca que havia preparando há alguns meses pra seu segundo discípulo estava completamente arruinada.

Suas poucas habilidades em costura haviam tomado muito tempo e picadas de agulha nas mãos. Ele pensou que fosse melhor comprar uma touca no mercado central da cidade.

— Gege.

A voz alegre ficou mais alta à medida que ele não respondia. Yu Zongshi não sabia como aquele garoto, de na época vinte e três anos, conseguia entrar na seita, assim como em seu pavilhão sem que ninguém soubesse. A Montanha dos Nove Céus era o lugar mais bem protegido de todo o continente.

— Gege? — Cai Xing ao vê-lo na sala abriu um grande sorriso e como se estivesse em sua própria casa, deitou-se na cama. Hoje, ele parece estar mais tranquilo.

Yu Mei: "..."

— Yu Ge, tenho algo a contar... o que houve? Por que está sangrando? — Demonstrou preocupação.

Cai Xing deu um pulo da cama, alcançando-o em apenas um passo. Ele se agachou em sua frente e tomou-lhe as mãos.

— Yu Ge... já não disse para ter mais cuidado com seu corpo? Uma beleza como você não pode se ferir! Ai! É até imoral que se machuque! — Cai Xing fez beicinho.

— Estava apenas costurando... — A resposta saiu natural, como se fosse algo normal responder a um amigo, mas na verdade, esse homem era seu inimigo. Além disso, estava muito chateado para ter que lidar com essa pessoa naturalmente instável emocionalmente.