— Por que não em ar livre? — Olhei para Balthazar com medo da resposta.

   Não tinha nenhuma pista mas não era normal o cara ter um galpão ao lado da sua casa.

   — Eu nunca reparei nesse lugar — Tentei voltar no dia que vim aqui e não lembro de ter visto o galpão.

   — Se passa despercebido se você não olhar com calma, a parede lá fora parece que é uma camuflagem. — Franzo a testa estranhando. Balthazar está muito desconfiado, então eu só observo ele andar pelo lugar enquanto ele analisa tudo.

   — Tem um quartinho ali em cima — Digo reparando pela primeira vez.

   Vou até as escadas e espero o italiano passar na minha frente, ele pega no meu pulso e sobe comigo, de primeira tomamos cuidado, espiando se tem alguém dentro.

   — Só tem esses papéis — Diz o Balthazar que tem pastas nas suas mãos.

   O lugar é bem pequeno e as janelas transparentes para conseguir ver lá embaixo.

   — O que está escrito aí? — Perguntei enquanto procurava qualquer coisa incriminatória dentro das gavetas, o lugar era um mini escritório.

   — Raça, cor e datas que os cavalos chegaram e foram embora. — Me diz lendo. — Engraçado, tem um padrão, de compra e de venda, definitivamente ele está vendendo os cavalos, mais do que deveria e provavelmente não está dentro da lei.

   — Acha que isso é maior do que pensamos? Alguém do governo está acobertando?.

   — Não sei... Não acho possível... ou seria? Cazzo! Minha cabeça está explodindo.

   — Tráfico de cavalos? — Perguntei com medo da resposta.

   — Pega tudo que você acha importante e vamos embora, já ficamos muito tempo por aqui.

   Concordo com um aceno e vou pegando tudo que acho suspeito, no final estamos cheios de papéis na roupa correndo igual doidos fora daquele lugar estranho.

*****

   — Misericórdia! Vocês acham que eles estão fazendo mal aos pobrezinhos? — Dona Rita pergunta com a mão no peito.

   — Felicity...

   — Vovô! Olhe esses papéis, o senhor não acha suspeito os padrões? Que cavalo que fica lá por mais de um mês? Até os machucados que não tem mais recuperação?

   — Mas isso é uma máfia muito grande minha filha — Eu suspiro.

   — Imagina o quanto de dinheiro ele está ganhando, ele pode vender os cavalos normalmente, estamos numa cidade pequena ele pode pegar caminhos secundários que não passam pela cidade. — Digo imaginando as rotas que ele possa ter usado para não ter passado por dentro da cidade.

   — Verdade, um cavalo sangue puro que ele vende já dá para bancar a fazenda por um mês, imagina três cavalos por semana.

   — Ok, qual é o plano de vocês? — Mordo o lábio e Balthazar disfarça olhando para qualquer canto que não seja meu avô ou a Rita.

   — Balthazar.... — Rita faz cara de brava e eu coço a nuca.

   — Digamos que o nosso plano é descobrir o que ele está fazendo. — O rosto do meu avô começa a avermelhar e eu sinto vergonha de olhar para os seus olhos.

   — Estão me dizendo que hoje, vocês se colocaram em risco sem ter realmente um plano? — Puto da vida ele começa a xingar ao mesmo tempo que nos dá um sermão.

   — Sim...

   — Não... — Dizemos juntos e nos encaramos.

   — Sabíamos o que estávamos fazendo — Balthazar tenta convencer meu vô, mas não dá muito certo.

   — Vocês estão malucos? Se esse cara estiver envolvido no que vocês realmente acha que estão ele poderia ter matado vocês. — Vovô diz puto

   — Ele não estava lá quando a gente foi — Digo enquanto a Rita só observa nós, com os seus olhinhos se movendo de um lado para o outro nos encarando.

   — E os funcionários dele não poderiam matar vocês? Ou chamar a polícia, vocês invadiram uma propriedade privada, poderiam ir presos se pegassem os dois.

   — Ainda bem que não pegaram — Balthazar sussurra para mim e eu me seguro para manter o semblante neutro.

   — O senhor vai ajudar a gente? — Perguntei com os dedos cruzados.

   Ele fica em silêncio por alguns segundos, quase acho que ele irá falar não quando ficou me encarando sem abrir a boca.

   — Vou. — Dou um gritinho feliz e pulei para cima dele sorrindo.

   — Obrigado, obrigado, obrigado — Dou um beijo na sua bochecha sem conseguir tirar o sorriso do rosto.

   — Ok, ok, vamos começar a fazer o plano.

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Q U E I R A - M E - Série Possessivo Livro III (COMPLETO)Where stories live. Discover now