Q U E I R A - M E - Série Possessivo Livro III (COMPLETO)

CAPÍTULO 6

   — Não, ele demonstra alguma coisa desde que chegou?.

   — Sim, ele fica irritado quando eu pressiono essa área. — Digo mostrando os pontos das dores.

   Beleza Negra se mexe incomodado quando eu aperto, o veterinário acena com a cabeça como se já estivesse esperando essa reação.

   — Senhor Caputo, por favor venha comigo — O veterinário chama o Balthazar para longe dando espaço para o ferreiro.

   — Fica calmo garoto, seja gentil, ele não está acostumado com tantas pessoas em cima dele — O ferreiro acena com a cabeça fazendo carinhos leves até chegar em sua pata.

   Ali ele começa a sua limpeza, tirando a terra dos cascos e cortando para colocar a ferradura. Eu fico distraindo o garanhão preto até que o trabalho acabe.

*****

   Olhei para o cachorro Heros, aquele ali parecia uma estátua olhando para o cavalo atrás de mim, a cena era engraçada, os dois eram curiosos. Peguei a garrafinha de água e dei uns bons goles.

   — Chaveirinho! — Revirei os olhos ignorando o chamado.

   Balthazar era insistente, me perguntei se não teria outra mulher para ele encher o saco que não fosse a Rita.

   — Chaveirinhoooo. — Eu olhei estranhando o tom de voz.

   Parecia que o italiano estava.... oh merda!.

   Balthazar estava cambaleando na minha direção, ele riu que tropeçou e recuperou o equilíbrio.

   — CHAVEIRINHOOOOOOO gostosa!.

   Eu gemi como se a imagem fosse demais para os meus olhos ou como se estivesse num pesadelo.

   Meu Deus, tudo menos isso.

   — Chaveirinho — Balthazar quase caiu em cima de mim, por sorte uma cerca nos separava, o cheiro de bebida forte veio da sua roupa.

   — Balthazar está bêbado?.

   — Só um pouquinho... belissima — Seu sotaque estava mais forte.

    — Não to acreditando nisso! Balthazar vai já para a sua casa! — Inferno, eu pulei o cercado puta da vida.

   — Voi é tão linda! EU ESTOU INNAMORATO POR VOCÊ CHAVEIRINHO! — Fiz uma careta tapando a boca dele.

   — Isso só pode ser brincadeira — Resmunguei.

   — É VERDADE CHAVEIRINHOOOO, MEU CORAÇÃO É SEU, TODO-.... — Dei um beliscão no seu braço e o troglodita gritou. — AIIIII! Você não pode machucar — Soluçou — O pai dos seus bebês.

   Balthazar bebeu e foi para um mundo paralelo?.

   — Então pare gritar seu troglodita idiota! — Frustrada passei seu braço por cima do meu ombro e comecei a andar a caminho da sua casa.

   — Chaveirinho, seus cabelos tem um cheiro tão bom — A cabeça do italino idiota pesou na minha.

   — Meu nome é Felicity, seu babaca! — Ele vai me pagar por estar passando por isso! — Pare de ficar me cheirando! Parece um cabrito comendo o meu cabelo!

   Balthazar riu, não, ele gargalhou jogando sua cabeça para trás, e quase que o meu corpo vai junto.

   — Balthazar, sou capaz de te deixar mofando aqui até amanhã! Você é dois de mim! Me ajuda também. — Falei chateada, estava quase morrendo com o peso dele.