[Capítulo 05]. O homem vestido de branco (III)

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O discípulo parou.

— Eu sou um verme imundo! Não se aproxime! Não se aproxime!

Ele franziu entre as sobrancelhas e guardou a espada.

— Você não é sujo! Tente se acalmar um pouco! — O garoto se ajoelhou ao lado de Cai Xing. — Tente escutar minha voz. — O discípulo

— Mãe, eu sou imundo! Não! Não! — Num movimento ele deu um tapa na mão do outro.

Foi quando ele percebeu o que estava acontecendo. O fantasma ao qual seu mestre batalhava, era um do tipo que provocava ilusões e este, considerando todo o ambiente era de nível supremo. O mais incrível era como ninguém sabia dessa aberração tão poderosa e ninguém sentia essa aura terrível.

Se fosse assim, quebrar a ilusão seria difícil, no entanto, não impossível. Além disso, o fato de seu mestre estar lidando com ele, afeta nas visões e com ele contra-atacando suas ilusões poderia ajudar esse infeliz cultivador.

As ilusões são criadas através dos medos profundos, tragédias passadas e desejos do alvo. Dependendo do alvo, vale mais trazer uma visão mais prazerosa que a dolorosa.

A sensação de conforto é mais efetiva, no entanto esse fantasma fazia o contrário. Ou ele tinha algum rancor muito grande direcionada a esse rapaz, ou esse fantasma supremo poderia estar em um ímpeto furioso. Se fosse a segunda opção, até seu mestre estaria em uma situação complicada.

Mas, o que tornava pior era a consciência do indivíduo durante a ilusão. Ele não seria capaz de ajudar! Não era poderoso o suficiente! E havia o risco de colocar alguém a sucumbir à ilusão e ser manipulado pelo fantasma.

Não muito longe, o cultivador mais velho franziu o cenho. A força vinda aquela aberração parecia crescer no decorrer da batalha. Ele aproveitava a malíca do ambiente.

De soslaio, ele aproveitou para verificar a situação de seu discípulo. Estava cercado pelos cadáveres, mas conhecendo sua força e sua inteligência sairia facilmente da situação. Acreditava cegamente em seu discípulo e algum tempo depois, sua fé não fora quebrada.

Os cadáveres estavam todos no chão e ele parecia ter controle sobre a situação com o outro rapaz.

Este homem que observava seu discípulo era a potência número um do mundo. O pilar das seitas de cultivação e da esperança contra os cultivadores do diabo e dos fantasmas. As pessoas comuns o chamavam de divindade, deus marcial. Uma existência incomparável no périodo inicial da alma nascente.

Para os cultivadores, este homem era um modelo a ser seguido. Não houveram relatos de alguém com menos de um século de vida alcançasse esse nível e ele tinha somente vinte e quatro anos.

Mas, ele não era considerado uma existência imcomparável porquê era o mais poderoso. Ter poder é predominante, mas há vários acima dele, com muito mais experiência e mais poderosos. Ele era o mais forte porque era o mais humano e porque vivia a vida como queria.

O nome de Shen Zhengyi era conhecido nos lugares mais remotos.

O fantasma ouviu seu nome pela primeira vez no submundo, aos arredores da Cidade Fantasma e Shen tinha vinte e três anos. Isso era assustador!

Provavelmente, fosse a pessoa com maior talento já vista. As histórias sobre ele aterrorizavam até mesmo os quatro reis fantasmas da época. Não poderia competir com ele. Não tinha capacidade ainda.

Shen Zhengyi previu isso e apenas ganhava tempo para seu discípulo, estava orgulhoso dele. Esses momentos eram importantes para o futuro dessa criança. Ele guardou a espada e tirou uma flauta prateada, já tocando a primeira nota.

Falhas Eternas -  Vol. 01Onde as histórias ganham vida. Descobre agora