39º Capítulo

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Princess Of China*

39º Capítulo

Música: U2 - Ordinary Love 

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*(Teu nome)’s POV*

O dia 1 ajudou-me a esquecer um pouco que tinha de deixar Londres dali a uns dias. Depois do fogo de artifício fui para a pista dançar com o Harry que só fazia figurinhas, cheguei a uma certa altura que seriamente pensei que ele estivesse bêbado. E pelo número de bebidas que ele ingeriu, provavelmente estava mesmo. Mas ele quando está sob esse estado é um pouco como eu, não deixa de ser consciente da realidade nem do que pode ou não fazer.

Assim que ele me deixou à porta de casa consegui convencê-lo a ficar durante mais um pouco e ele ficou, até que passou lá a noite. Acordámos ainda no mesmo dia com a campainha a soar por todas as paredes do apartamento. Eram os meus pais com a Evelyn. Estiveram cerca de cinco minutos a tentar convencer-me a que ela fosse dar uma volta com eles por Londres. O sorriso dos três contagiou-me a mim, e como ainda estava cheia de sono decidi que não iria fazer diferença e que eles podiam levá-la à vontade. Agora são os avós dela, porque é que eu não deixaria? Quando voltei para a cama o Harry estava a mudar de posição, ficando agora com a barriga encostada ao colchão. Assim que eu entrei para debaixo dos lençóis um dos seus braços levantou-se e aproximou-me do seu corpo. Assim que encontrei a sua bochecha beijei-a e continuei a dormir.

Todo o dia passou cheio de picardias entre mim e o Harry. Ambos eramos muito competitivos e queríamos mostrar que eramos mais capacitados que o outro. E posso dizer que nem fico muito atrás dele. Vimos cerca de três filmes durante a tarde, um deles foi de desenhos animados porque a Eve já tinha chegado e quando o Harry disse para ela escolher e ela veio com um da Barbie. A cara do Harry quando a viu com a embalagem que guardava o DVD teve uma reação tão engraçada que me fez rir durante horas. Horas não, mas no mínimo durante um minuto.

No segundo dia de janeiro já faltavam apenas três dias. O Harry foi trabalhar todo o dia o que me deu uma chance de passar todo o dia a tratar das coisas que faltavam para deixar Londres e percorrer o caminho até Nova Iorque. Começei a encaixotar aquilo que precisava, apesar de não ser muita coisa. Eu não era materialista por isso não iria ser assim tão difícil. Pelo que eu me pude aperceber a Evelyn estava muito entusiasmada pela viajem. Ela nunca tinha andado de avião ou saído de Londres, e eu gostava de saber que a sua primeira vez em ambos iria ser comigo. Eu sei que com a idade dela a andar de avião parece mágico, já no meu ponto de vista é nada mais do que um meio de transporte grande e barulhento que dá dores de cabeça quando faz pressão sobre o ar.

Ela esteve o dia todo a fazer-me perguntas sobre como ia ser, e se alguém ia olhar para ela de lado. Eu não queria que ela vivesse com esse terrível medo de alguém olhar para ela de uma maneira diferente. O cabelinho dela já estava a crescer mas eu sabia que mesmo assim as pessoas iriam perceber que ela tinha tido alguma doença. A minha resposta não foi muito convincente, mas é algo em que eu acredito. Lá as pessoas já viram tanta coisa, já de certo viram tantas pessoas doentes. Não é como aqui, e nos outros países que parecem fechados à diferença.

Ela sorriu para mim e continuámos a falar, acabando por decidir que ir às compras era algo bom para se fazer no momento.

Penso que ela nunca tenha estado assim num shopping deste género, o seu olhar percorria todas as lojas enquanto as suas botas de tamanho pequenino batiam no chão para acompanhar o meu ritmo e a sua mãos pequenina não saía da beira da minha.

Assim que entrámos na primeira loja ela esperou que eu a guiasse e com a minha ajuda dirigiu-se rapidamente até à zona de meninas. De início ficou um pouco assombrada com os preços e eu confesso que também fiquei. Procurámos por coisas mais baratas e não foi assim tão difícil de as encontrar.

Princess Of China*Where stories live. Discover now