Princess Of China*

33º Capítulo

Princess Of China*

33º Capítulo

Música: Drake ft. Majid Jordan – Hold On We’re Going Home

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*(Teu nome)’s POV*

O Harry pegou na minha mãe e despediu-se de toda a gente que estava no estúdio. Ouvi-lo a cantar deu-me um nó no estômago, já a pensar nas saudades que vou ter dele durante a semana. Sei que apesar de tudo nós ainda nos vamos ver de vez em quando, mas mesmo assim, deixa-me um bocadinho triste.

Obrigo-me a pensar que isso é normal.

Quando chegámos lá fora as fãs, não gritavam pois não viam o Harry e ele levou-me até à porta de passageiro, dando-me um beijo na testa antes de eu entrar para o carro. O seu corpo fez o caminho até à porta do seu lado e ele rapidamente entrou, apertando o seu cinto. Niall e Louis já tinham saído do estúdio, pelo que as fãs deviam saber que os restantes estavam prestes a sair, ou seja, iria ser uma espécie de revolução dentro de minutos. O Harry fez a manobra para o carro ficar virado para o portão. Comecei a ouvir os gritos das fãs que por esta altura já ouviam o barulho do carro e se preparavam para ver um dos seus ídolos. Eu não sei o que é ter como ídolo alguém que nós não conhecemos, aliás nem sequer acho isso possível. O meu ídolo é a minha mãe, e só é, porque eu quero ser tal e qual como ela, eu conheço todas as suas características e a sua personalidade vista de todos os ângulos. Mas bem, eu não consigo colocar-me no lugar delas, no lugar de querer conhecer aquela pessoa que provavelmente lhes alegra os dias e então passar por ela e endoidecer. A minha única paixão por uma boysband foi pelos Backstreet Boys, mas não os considerava meus ídolos. Porque pura e simplesmente não os conhecia. Pessoalmente pelo menos.

Os portões abriram-se e quase lancei uma gargalhada com o olhar de susto que as fãs fizeram quando o portão se abriu, e como a sua expressão rapidamente mudou de susto para euforia. Os braços delas batiam contra o carro e alguns seguranças tentavam pará-las. Pela minha linha de pensamento, o Harry sabe defender-se sozinho, e elas apenas querem conhecer uma pessoa tão normal como as outras, até porque para mim não há diferenças. O que é que as pessoas têm a mais que as outras pessoas? As suas vidas quase sempre deturpadas publicadas numa revista? Penso que seja isso.

Mas olhando agora para a quantidade de fãs, não sei se o Harry conseguiria defender-se sozinho. Iria parecer um franguinho assustado perto delas. Ri imenso para o meu interior.

Ele fez barulho com o motor do carro para que as fãs se afastassem e eu rapidamente mudei a minha cara de ‘Ai, sou tão engraçada a falar comigo própria a explicar as minhas teorias’ para ‘ O que raios de passa?’.

Harry: Fodasse. – Ele resmungou já um pouco irritado quando o seu carro saiu finalmente de perto das fãs e dos fotógrafos.

Eu: O que se passa?

Harry: O que se passa? Devo ter a porcaria do carro todo amaçado! Viste os murros que elas mandaram nele? – o que não te falta é dinheiro para comprares outro. Cruel (t/n).

Eu: Tem calma bebé, o carro não é dos fraquitos, de certeza que não está amaçado. – Encostei a cabeça ao estofo do carro e fechei os olhos. Este foi um dos momentos em que eu me senti mais estúpida de sempre. Olhei para ele e subitamente fiquei com pena. Talvez não subitamente.

Harry: Agora só quero chegar a casa, estou tão cansado.

Eu: Ficas um bocadinho comigo antes de ires? – ele olhou para o relógio digital do carro.

Harry: Já são nove amor.

Eu: Cedo não é? Então pronto. – Ele riu. Obvio que ele queria ir para casa já, mas eu queria muito aproveitar mais alguns minutinhos com ele. – Mas se quiseres ires já para casa não há problema! – tentei ser o mais simpática possível, apenas para me desculpar do que tinha feito há uns minutos.