Não Me Abandone

By LilianeReis

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Elisa é considerada uma das garotas mais populares do colégio Maria Montessori. Ela é estudiosa, tem uma boa... More

Informações + Book Trailer
Epígrafe
Prólogo
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Conto do Teo
Aviso de Disponibilidade - CONTO
A continuação chegou

32

361 46 21
By LilianeReis

A primeira coisa que percebi foi que eu estava deitada em algo macio.

Comecei a abrir os olhos lentamente e me deparei com um ambiente escuro.

Me sentei rapidamente e logo notei que eu estava em cima de uma cama.

Saí da cama às pressas e ajeitei meu uniforme, me sentindo um pouco tonta.

Que lugar era aquele? O que estava acontecendo? O que eu estava fazendo ali?

Olhei ao redor do cômodo e meu pé tropeçou em algo duro, me fazendo cair de joelhos no chão.

Droga!

Fiquei de pé e avistei uma fresta de luz se refletindo no chão.

Era uma porta.

Avancei na direção da porta e tateei a madeira até achar a maçaneta. Consegui abrir a porta e passei para um corredor mal iluminado.

Que lugar era aquele?

Olhei ao redor, notando dois quadros na parede e uma luminária  iluminando fracamente o local.

Dei alguns passos para trás ainda desnorteada enquanto uma sensação estranha tomava conta de mim.

Eu não conhecia aquele lugar.

Continuei com andando para trás quando uma mão fria tocou o meu braço, arrepiando todos os pelos do meu corpo.

Soltei um grito e olhei para trás, atônita.

Uma mulher com os alguns ângulos do rosto cobertos pelas sombras sorriu acolhedoramente para mim.

- Oi - ela disse. - Você deve ser a Elisa.

Imediatamente eu me afastei dela que deixou de sorrir, mas começou a me encarar.

- Quem é você? - perguntei, minha voz ecoando nos meus ouvidos e se misturando com o som dos meus batimentos cardíacos.

- Sou a Vivian - ela respondeu. - Mãe do Pedro.

Mãe do Pedro? Então eu estava na casa dele?

- E o que eu tô fazendo aqui? Eu não lembro de ter vindo pra cá. Eu...

- Fica calma - ela esboçou um meio sorriso. - O Pedro me contou que você passou mal e ele te trouxe aqui. Como se sente?

Eu a encarei, meio confusa. Seu olhar cheio de expectativa estava me causando um certo incômodo. Logo, falei:

- ... Eu preciso ir.

Eu lhe dei as costas e caminhei rapidamente pelo corredor até a voz da mãe de Pedro soar atrás de mim:

- Espera. Eu posso te levar em casa.

Ignorei o que ela disse e avistei a escada. A partir daí, comecei a correr e desci a escada de dois em dois degraus.

Quando cheguei no andar de baixo, avistei o céu já escuro do outro lado da janela.

Meu Deus, quanto tempo eu passei ali na casa de Pedro? Meus pais deviam estar super preocupados.

Foi aí que eu me lembrei que eu estava sem nada.

A minha mochila. Onde estava a minha mochila?

Olhei para trás e me deparei com uma  figura alta e ereta na pouca claridade do ambiente.

Engoli um grito e meu coração disparou ainda mais. Mas então, eu notei que a tal figura era Pedro.

- Elisa? - ele perguntou enquanto se aproximava. - Você está bem?

- Pedro... - falei, quase sem fôlego. - Cadê a minha mochila? Eu preciso ir pra casa agora!

- Calma - ele parou na minha frente. - Por que tanta pressa?

- Eu quero a minha mochila - falei. - Por favor.

- Tá, relaxa - ele ergueu as mãos em sinal de rendição. - Vou pegar.

Pedro se virou e seguiu na direção da escada. Enquanto isso, eu passei as mãos pelo cabelo e olhei para cima.

Um par de olhos escuros estavam sobre mim.

Vivian. A mãe de Pedro. Ela estava no andar de cima, debruçada sobre o corrimão da escada. De repente, ela esboçou um sorriso e se afastou do corrimão.

Respirei fundo. Tudo aquilo era muito estranho.

Olhei para porta. Cada minuto ali parecia uma eternidade.

Dei uma olhada para trás e mirei a porta novamente.

Era melhor eu ir.

Corri até a porta e para a minha surpresa, ela estava destrancada.

Passei para o lado de fora, recebendo uma lufada de vento e segui rapidamente pelo caminho cimentado. Bastou eu dar o próximo passo para um Chevrolet preto estacionar ao lado da calçada em frente à casa de Pedro.

Era o carro do meu pai!

Um segundo mais tarde, meu pai saiu do lado do motorista, sendo seguido por minha mãe, que foi seguida por...

Teo?

O que ele estava fazendo ali?

- Elisa! - meu pai rosnou. - Que porra você está fazendo aqui?! Entra no carro agora!

Eu avancei na direção deles e perguntei:

- Como vocês sabiam que eu estava aqui?

- Quem faz as perguntas aqui sou eu! - meu pai disparou. - Onde você estava com a cabeça pra vir parar logo aqui?!

Antes que eu pudesse responder alguma coisa, minha mãe disse:

- Pelo amor de Deus, Elisa - ela me puxou para perto de si. - Nunca mais faça isso!

- Eu não fiz nada - eu disse e me afastei dela, parando na frente de Teo. - O que você está fazendo aqui?

- Eu vi você saindo com o Pedro - ele disse. - Seus pais estavam preocupados, eu não podia esconder isso deles.

Eu estava prestes a dizer que isso não era da conta de Teo quando ouvi meu pai dizendo:

- Filho da puta!

Olhei para trás a tempo de ver meu pai disparando um soco no maxilar de Pedro. O soco foi tão forte que Pedro caiu com tudo no chão.

- Mateus! - minha mãe o chamou, indo atrás do meu pai. - Para com isso! Vamos embora!

Teo se colocou ao meu lado com um sorriso satisfeito no rosto enquanto olhava Pedro caído no chão.

- O que está acontecendo? - Vivian apareceu de repente, socorrendo Pedro. - O que você fez com o meu filho?

Meu pai olhou para ela e soltou:

- É melhor você e o seu filho ficar longe da minha filha!

Dito isso, meu pai pegou minha mochila que estava largada no chão e que provavelmente chegou até ali através de Pedro e se virou, caminhando na nossa direção.

Assim que todo mundo entrou no carro, meu pai disse:

- A partir de hoje, você tá proibida de chegar perto desse moleque, Elisa.

- Proibida? - perguntei, incrédula. - Voltamos para o século passado agora?

- Elisa, isso é para o seu bem - minha mãe disse. - Não queremos que nada de ruim aconteça com você.

- Mas não aconteceu nada comigo - falei.

- Nada? - meu pai deu partida no carro. - Não tivemos notícias suas por mais de oito horas e você ainda tem coragem de falar isso?!

Mais de oito horas? Eu fiquei desacordada por todo esse tempo?

- Teodoro vai ficar de olho em você e se o Pedro se aproximar de você mais uma vez, eu vou ficar sabendo - meu pai continuou.

- Isso é um exagero - eu olhei para Teo que estava sentado ao meu lado. - Eu te odeio.

- Eu só tentei te ajudar, Elisa - Teo disse.

- Não - falei. - Você só piorou as coisas pra mim.

Em seguida, desviei o olhar do dele e fitei a janela do carro, vendo as casas ficando rapidamente para trás.

- E o diretor me ligou, avisando que você brigou no colégio - meu pai disse. - Você não tem nada pra me dizer?

- Por que você não pergunta para o Teo? - perguntei de má vontade. - Ele não é o seu informante?

- Quando que você ficou tão grossa?

- Chega, Mateus! - minha mãe se manifestou. - Deixa ela em paz. Depois a gente conversa sobre isso.

- Tá bom - ele disse, prestando atenção no volante. - Como quiser.

Assim que chegamos no estacionamento do meu prédio, eu saí do carro e estava prestes a seguir os meus pais quando Teo disse:

- Eu preciso falar com você.

Parei e me virei para encará-lo.

- Eu não tenho nada pra falar com você.

- Por favor, Elisa - ele pegou na minha mão, mas eu me afastei bruscamente. - Eu não quero ficar sem falar com você.

- É tarde demais. Você deveria ter pensado nisso antes de ter trepado com aquela louca!

- Acontece que eu não posso voltar no tempo!

- Problema seu! - eu disse com raiva. - Eu estava até gostando de você, mas agora eu tenho certeza que você é um imprestável! Eu nunca mais quero te ver, Teo! Nunca mais!

Depois de dizer isso, eu lhe dei as costas e segui em passos rápidos na direção do elevador, sentindo o seu olhar nas minhas costas.

Uma vez dentro de casa, eu tomei um banho quente, comi um sanduíche e deitei na cama com meu celular em mãos.

Eu tinha várias chamadas perdidas dos meus amigos e dos meus pais e também mensagens não lidas. Mas o que chamou a minha atenção, foi uma mensagem enviada há dez minutos atrás de um número desconhecido.

Cliquei na mensagem e logo vi que era uma foto.

E não era uma foto qualquer.

Era uma foto de Teo andando na rua durante à noite. E essa foto foi tirada a poucos minutos atrás, pois Teo estava usando a mesma roupa de hoje.

O tal número que me enviou aquela imagem não tinha uma foto de perfil, o que deixava tudo muito suspeito.

Imediatamente comecei a digitar:

Quem é você?

E segundos mais tarde, eu recebi mais uma foto.

Era uma selfie do palhaço assustador enquanto Teo caminhava ao fundo com as costas voltadas para a câmera, provavelmente sem perceber o que estava acontecendo atrás dele.

Meu coração disparou com o que vi.

Tentando não pensar no pior, eu desliguei a tela do celular e o deixei embaixo do meu travesseiro.

Talvez aquilo fosse só uma brincadeira idiota.

Deitei a cabeça no travesseiro e olhei para o teto esperando o sono chegar.

Estava tudo bem.

Tentei me convencer de que Teo não estava em perigo até eu cair no sono.

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Gente, o que será que vai acontecer?

Vote e comente, por favor

Bjs.

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