Mesmo que eu não conseguisse enxergar meus membros, eu sentia que estava tremendo muito. Ainda assim, tentei subir aquelas escadas o mais rápido possível. Pelo som dos passos, eles estavam se aproximando e, apesar de estar invisível, qualquer um que se chocasse comigo perceberia que algo estava errado, porque intangibilidade era a especialidade do Zeca, não a minha.
Conforme eu subia aquelas escadas a toda velocidade, notei que o som dos passos não mudava. Não pareciam mais próximos, nem mais distantes e, quando eu cheguei a porta de saída e não encontrei uma única pessoa descendo aqueles degraus, percebi que se tratava de uma armadilha. Alguém tinha feito aquilo para nos desestabilizar.
Sem perder tempo, girei nos calcanhares e desci novamente, pulando vários degraus de uma vez. Não tardei a chegar na porta do gerador, onde bati apressada.
– Sou eu – disse.
– Qual é a senha? – perguntou o Tavinho.
– Sou eu, Tavinho! – Insisti.
– E como eu vou saber que eles não te pegaram e agora estão te usando para tentar entrar aqui?
Revirei os olhos, irritada.
– O Tavinho é um gênio. Está contente?
– Muito. – Abriu a porta sorrindo. – E muito obrigado pelo elogio.
Bati a porta atrás de mim e apoiei minhas costas nela, tentando retomar o fôlego.
– Não tinha ninguém nas escadas. Era tudo um truque – expliquei, ofegante. Ao notar suas expressões assustadas, continuei – É bom que estejamos preparados, porque alguma coisa vai acontecer e não vai demorar nada.
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Alguma coisa já está acontecendo D:
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Beijão e até depois ;*