SPOTTED: Behind the Gossip (...

By naymeestwick

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Uma fanfic sobre a vida real nos bastidores de Gossip Girl. Ed Westwick e Leighton Meester de um jeito que vo... More

Before the reading
Prólogo - Welcome to New York
Capítulo 1 - With me
Capítulo 2 - Girls just wanna have fun!
Capítulo 3 - Bad News, Meester
Capítulo 4 - Lose all control (Parte 1)
Capítulo 5 - Our first time
Capítulo 6- Lose all control (parte 2)
Capítulo 7 - Entitled mine
Capítulo 8 - Elastic heart
Capítulo 9- NYC - Gone, gone
Capítulo 10 - 4 in the morning (versão estendida)
Capítulo 11 - Two is better than one
Capítulo 12 - The words
Capítulo 13 - I can't say THE WORDS because my HEART IS OF STONE
Capítulo 14- Crazy! (Versão estendida)
Capítulo 15- Leighton Meester must fight!
Capítulo 16 - City lights
Capítulo 17- Dangerous woman
Capítulo 18 - All night
Capítulo 19 - Fire meet gasoline*
Capítulo 20 - Trading Time (parte 1)
Capítulo 21 - Trading time (parte 2)
Capítulo 22 - Run away
Capítulo 23- Help!
Capítulo 24- Dark Night
Capítulo 25- Unwritten
Capítulo 26- The Meester Hit Project
Capítulo 27- Photograph (versão estendida)
Capítulo 28 - Only thing I ever get for Christmas*
Capítulo 29- Remember the daze
Capítulo 30 - Shut up and drive*
Capítulo 31 - Prom Queen
Capítulo 32- We are stars
Capítulo 33 - Empire State of Mind
Capítulo 34 - Sweet
Capítulo 35 - She will be loved
Capítulo 36 - Hurricane
Capítulo 37 - Hurts like heaven
Capítulo 38 - Hurts good
Capítulo 39 - Hurts so good!
Capítulo 40 - Your love is a drug*
Capítulo 41 - Pillowtalk
Capítulo 43- I knew you were trouble
Capítulo 44- Do I wanna know?
Capítulo 45- Serendipity
Capítulo 46 - Happy (blackest) day!
Capítulo 47 - I see you (versão estendida)
Capítulo 48 - Someone New
Capítulo 49 - Dive
Capítulo 50 - The ice is getting thinner
Capítulo 51 - Gravity
Capítulo 52 - Good girls go bad
Capítulo 53 - Lost in reality
Capítulo 54 - Lust for life *
nota de esclarecimento
Capítulo 55 - Stay or leave
Capítulo 56 - No new tale to tell
Capítulo 57 - Send my love to your new lover
Capítulo 58 - New York, I love you but you're bringing me down
Capítulo 59 - Burn the pages
Capítulo 60 - Beautiful people, beautiful problems
Capítulo 61 - Back to you
Capítulo 62 - Broken arrow (versão estendida)
Capítulo 63 - Blue afternoon
Capítulo 64 - Die for you
Capítulo 65 - Radar
Capítulo 66 - Flesh without blood
Capítulo 67 - Rose-colored boy

Capítulo 42 - New York's best kept secret

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By naymeestwick

Tradução: O segredo mais bem guardado de Nova York.

"Eu tenho algo dentro de mim, algo que precisa ser ouvido. No fundo, a voz está me guiando em um movimento agitado. Por que eu deixo que os outros liderarem no caminho? Quando o tempo todo sei qual é. Pensei que tinha um plano perfeito e acabaria no topo. Um dia eu penso: sim, eu posso! No outro, percebo que eu sou um fracasso.
Seja o que for, eu farei isso. Sou a resposta para suas orações. O que você quiser, pare de procurar, ninguém mais se compara ao que você já viu antes. Vou te dar muito mais. Você ficará completamente impressionado: sou o segredo mais bem guardado de Nova York."

(Ashley Tisdale, New York's
best kept secret)

xx

Duas semanas depois...

New York, 28/03/2008.

Era sexta de manhã e já trabalhávamos por cerca de três horas. Estávamos produzindo a todo vapor para compensar o tempo perdido com aqueles eventos e contratempos de última hora. O fim da temporada já tinha dia agendado.

A magia cinematográfica era mesmo incrível. Estávamos dentro do estúdio, mas o cenário bem preparado do pátio da nossa escola fazia tudo parecer mais claro e iluminado, através das luzes quentes que preenchiam o ambiente como um dia de sol. Blake e eu ensaiávamos a cena que estávamos prestes a gravar pela milésima vez. Não era tão extensa nem difícil de se fazer, mas sempre que pegávamos o ritmo, ela me interrompia com o mesmo assunto irritante, nos mantendo presas àquilo por quase uma hora.

Já estávamos prontas para o ensaio geral e depois para a gravação das tomadas. A série ficava cada vez mais popular e a equipe do New York Daily já perambulava pelos cenários, fazendo entrevistas, fotografando e tomando notas de tudo que viam e ouviam. Sabíamos como nos portar diante de companhias como essas e, por esse motivo, tínhamos o cuidado de conversar em tom baixo e manter os nossos assuntos pessoais longe dali. Isso também significava manter distância de Ed e evitar qualquer tipo de contato visual. Era ardiloso, mas dávamos o nosso melhor.

Batia os pés no chão afoitamente, repetindo a mesma linha, quando Blake interrompeu mais uma vez:

— Olha ali o Ed, Leigh! Você tem certeza de que não quer contar pra ele?

— Não, Blake! Eu não vou e você também não vai. Além do mais, ele não tem nada a ver com isso. Não mais!

— Vou respeitar sua decisão porque é um assunto muito delicado. Mas o que você vai fazer quanto a isso? Quer dizer, se eles assumirem o relacionamento, como você acha que vai reagir? — Ela prendeu uma caneta fluorescente entre os dentes e me encarou.

Dei uma olhada rápida para ele, em seguida, para o teto escuro com diferentes jogos de luzes. Eu não tinha muito o que fazer. Desde que um incidente causou um grande mal-entendido durante a nossa viagem para LA, Blake tem me torturado para dizer a Ed o que hipoteticamente sinto por ele. Ela não fazia ideia de que todos os nossos sentimentos estavam bem claros e que estávamos juntos, mas um descuido nosso quase a faz descobrir tudo e, desde então, ela tem trabalhado com a hipótese de que o destino havia me dado um sinal para fazer o sentimento se tornar algo concreto. Não era bem isso que me incomodava.

Ela conhecia uma pequena e dura parte da minha história e estava certa de que Ed poderia desfazer aquela dor e todas as marcas do passado. Mas eu não queria mencionar o ocorrido para ele. Ed já havia se envolvido demais com o meu passado. Ele tinha aquela mania de tentar resolver coisas que ficaram para trás, como procurar alguém do meu passado que pouco sabíamos de quem se tratava. E ele não parava até conseguir. Se soubesse de toda a minha história com Phillip, sabe-se lá como ele reagiria.

Pensava que ela deixaria aquele assunto de lado, mas após ouvir uma discussão entre Ed e eu, ela voltou a me indagar sobre coisas que eu precisava dizer, contar e explicar para evitar que ele e a Jessica "ficassem juntos". Estava claro que eu havia me metido em um labirinto sem saída.

xx

Seis dias atrás
Los Angeles, CA.

— Obrigado por vir, eu estava ficando louco sem você! Você sabe o que me fez passar quando apareceu no saguão naquele vestido amarelo? — Ele me enlaçou pela cintura e eu não fui capaz de resistir.

Havíamos terminado o painel de perguntas e respostas do evento Paley Festival e foi uma experiência como nenhuma outra. Embora exausta dos inúmeros eventos que tivemos durante aquela viagem, todo o contato com os fãs que se multiplicavam a cada dia, o amor e receptividade de todos aqueles jovens era mesmo impagável. Entretanto, poderia ter sido melhor se Ed não tivesse agido como um completo idiota, quase revelando nosso segredo para Deus e o mundo com seu jeito de falar sobre nossos personagens. Havia se passado uma semana desde que tivemos todo aquele tratamento de choque na nossa relação e eu ainda me recuperava dos efeitos aos poucos.

— Ed, aqui não. Eu recebi sua mensagem, mas não vim para te encontrar. Eu vim para dizer que você tem que ser mais cuidadoso com suas palavras quando estivermos em público.

Eu olhava para os lados a todo o tempo, pois ainda estávamos no Hotel que compartilhávamos com toda a equipe da série presente na viagem.

— Mas eu fui cuidadoso!

— Não é o que os sites estão dizendo agora!

— Leigh, ninguém nunca vai perceber. Digamos que foi apenas uma brincadeira entre colegas de trabalho...

— Ed, você sabe o que significa a palavra "disfarce"? Tinha umas cem meninas aqui, o que você acha que elas vão pensar? E você viu a cara do Josh quando você falou aquelas coisas sobre mim... sobre nós?

— Mas você é mesmo linda. Ninguém negaria isso. — Ele afagou meu rosto enrubescido e amoleci diante de seu toque. Eu queria parecer mais irritada, queria mesmo!

— Você falou coisas como um cara extremamente apaixonado e eu fui cercada por um jornalista pra responder sobre isso! E ele ainda falou sobre o nosso relacionamento secreto. Como sabem disso? — De repente, minha voz pareceu mais alta do que o normal dentro da minha cabeça. Tudo a minha volta girou e eu me vi obrigada a me calar. Não era possível que ainda restassem sequelas daquela gripe. Estava começando a soar mais grave.

— Eles jogam esses verdes apenas para ver se caímos, você já deveria estar acostumada com isso.

— Não é possível que sejam tão precisos. Aí tem coisa... Eles sacaram você.

— E que mal tem nisso? Você também não foi nada discreta, principalmente ao anunciar o show da minha banda.

— Só queria ajudar... — Arfei enfurecida — Odeio quando você se finge de idiota!

— Eu sempre ajo como um idiota quando estou perto de você! — Ele beijou meu rosto e eu me apoiei sobre seus ombros, rendida pelo seu jeito galanteador, mas sabia que não poderia me render ou aquilo se tornaria um show particular para o circuito de monitoramento do corredor.

— E ai, Leigh? Você vem ou não vem com a gente? As meninas estão esperando no carro! — Blake apareceu como um furacão, tomando-me pelo braço e me tirando de perto da atração perigosa. — O que vocês... — Ela fez uma pausa — estavam fazendo? — Ela olhou para a mão de Ed que ainda circundava minha cintura e o empurrei ao me dar conta do que quase aconteceu ali.

— Aonde vocês vão? — Ed questionou com os olhos semicerrados para tentar dissipar as possíveis constatações dos curiosos olhos azuis ao nosso lado.

— Noite das garotas em LA, meu filho. Se liga! E vai procurar sua namorada. Ela pode estar preocupada com você. — Ela deu um tapa em seu braço esquerdo e ele projetou um sorriso afetado.

— Quê? — Ele apertou os olhos e pareceu levar alguns milênios para se situar. Blake ainda achava que a Jessica era a tal namorada e isso parecia irritá-la mais do que a mim.

— Não finja, Ed! Eu sei de tudo! — Ela disse com os olhos estreitos e sua direção.

— Ah, certo. — Ele pigarreou de leve, dobrando a manga da camisa — Vou falar com ela. Boa noite para vocês, meninas! — Ed passou por nós e seguiu em direção às escadas que davam acesso ao bar do hotel.

— Esses homens são igualmente canalhas. — Ela declarou, indignada com a possível investida de Ed. — Vamos, Leigh! O que você está fazendo aí parada? — Ela me puxou pela mão, mas minhas pernas não obedeceram.

— Blake, eu não estou me sentindo muito bem. — Me sentia bêbada ou chapada demais para explicar, mesmo sem ter consumido nenhum tipo de substância. Apenas não conseguia me manter de pé e sentia como se meu corpo não fizesse parte de mim. — Eu acho que eu vou... — Não tive tempo de concluir até estar estendida no chão. Ainda pude ouvir Blake chamar meu nome e implorar para que eu acordasse, mas sua voz foi perdendo a força gradualmente, até desaparecer no vazio.

***

Algum tempo depois acordei com a claridade sobre meus olhos. Sentia-me pesada, como se tivesse dormido por muitos dias. Conforme meus olhos se abriam, minha consciência retornava e, pela última lembrança registrada em minha memória, não foi difícil adivinhar onde eu estava.

— Leigh, graças a Deus! — Blake avançou em minha direção e tomou minhas duas mãos. Agradeci internamente ao verificar que ela estava sozinha.

Foi a coisa mais estranha que já me ocorreu. Não sabia se o desmaio havia se dado pelo susto com a Blake ou pela enorme confusão que aquilo poderia se tornar.

— Tem mais alguém aqui? — Pisquei para desfazer a visão turva.

— Não, eu te trouxe em um táxi. Não queria que isso virasse uma confusão.

— Obrigada. — Sussurrei para ela, sinceramente grata por aquele imenso favor.

— O que você tem aprontado, mocinha? — Ela se sentou à beira da cama.

— Eu não sei... estive doente durante aqueles dias, agora estou tendo essas vertigens que vêm do nada. Mas nunca foram tão efetivas a ponto de me derrubar.

— Você acha que pode estar...? — Ela ergueu uma sobrancelha.

— Não! — contestei imediatamente — Isso é impossível!

— Leigh... isso acontece. Não é impossível!

— Mas pra mim é! — Objetei em alto som — Quer dizer... eu não estou! Eu conheço meu corpo, eu tomo todas precauções. Pode ser qualquer outra coisa!

— Tá legal. — Ela assentiu, mas não parecia convencida.

— Se não acredita em mim, vamos perguntar ao doutor. — Apontei para o rapaz caucasiano que aparentava idade média entre 30 e 35 anos. Apesar de jovem, parecia seguro e convicto de suas funções. Ele passou pela porta e caminhou em nossa direção, trazendo consigo meu prontuário e uma cara de quem diz "tenho más notícias" como todos os profissionais da área. Devia ser um padrão. Seja lá qual fosse o prognóstico, não poderia ser pior do que uma gripe aterrorizante.

— Senhorita Meester, o que anda fazendo com a sua alimentação? — Ele perguntou com ar bem humorado que me tranquilizou. — Doutor Stuart Smith! — Ele se apresentou, estendendo a mão e eu retribuí o comprimento.

— O senhor deve saber pelos meus exames, doutor! — Cruzei os braços e falei em tom ríspido.

— É claro! — Ele sorriu e baixou os olhos para os papéis em suas mãos. — Bem, senhorita, você tem se alimentado pouco, mantido uma rotina agitada e ainda praticado exercícios físicos... Certo? Isso ocasionou o desmaio. — Ele adiantou, antes que eu pudesse confirmar ou negar. Respirei aliviada. — Mas temo que você esteja passando por um problema ainda maior.

— Maior como? — Blake interferiu e eu a repreendi com um tapinha na mão que a fez se calar.

— Maior como? — Repeti a pergunta franzindo a testa para ela.

— Maior como um distúrbio alimentar. Sei que muitas pessoas com uma rotina como a de vocês tende a pular algumas refeições e substituir por outras mais práticas. Mas sua glicose está absurdamente baixa e não precisamos de muito para descobrir que você não tem comido.

— Doutor, isso não faz muito sentido pra mim. Eu estive, sim, sem me alimentar e eu até senti ânsias que causaram refluxos, mas nos últimos dias tenho seguido as recomendações da nutricionista à risca! Minha agente é muito rígida quanto a isso.

— Essa falta de nutrientes em seu corpo pode não causar um efeito imediato, mas pode ter um certo perigo a longo prazo. Você está sofrendo de um transtorno alimentar e isso é grave. Infelizmente, você precisa tratar isso urgentemente.

— Tudo bem! — Assenti — Você vai receitar alguma coisa pra mim?

— Sim, alguns suplementos alimentares, mas creio que isso não vai resolver seu problema.

— Por quê? O que mais eu tenho? — Odiava receber as informações em doses homeopáticas. 

— Estresse.

Soltei uma risada incrédula. Quantos anos um médico precisa estudar para diagnosticar o óbvio. É lógico que aquela série de aborrecimentos com Ed e a luta diária para manter o segredo, as cobranças constantes de Tracey e todos os compromissos e comprometimentos que a carreira exigia ocasionariam um desequilíbrio emocional mais cedo ou mais tarde.

— Então, eu nem estou realmente doente?

— Pelo contrário. É mais grave do que você imagina. Sei que você não pode retirar do seu cronograma os compromissos profissionais, mas você precisa resolver e se livrar das coisas que te causam fortes emoções na vida pessoal ou isso trará consequências ainda piores no futuro. — Ele colocou a prancheta de acrílico embaixo do braço direito e parou ao meu lado, checando a frequência do soro. — Procure ajuda clínica, se houver necessidade, mas resolva isso! 

Tá legal, esse cara só pode ser vidente.

— Ótimo, isso é fácil! — Blake afagou minha perna e sorriu com cumplicidade — Vou garantir pessoalmente que a Leighton expurgue todas as interrogações da vida dela e que ainda tenha um pouco de diversão. — Sorriu animada.

— Perfeito! Amigos são pra essas coisas, não é?! — Ele deu um meio sorriso e soltou o aparelho após aumentar o fluxo da solução que fortalecia meu organismo. — Mais algumas horas e já poderemos te liberar, senhorita Meester! Me chamem se precisar de alguma coisa.

Comemorei com um sorriso e o vi se afastar.

— E não existe a possibilidade dela estar grávida? — Blake gritou quando ele chegou a porta.

— Blake! — Disparei, cobrindo os olhos para diminuir o constrangimento.

— Absolutamente não! — Ele sorriu fraco e tocou a maçaneta.

Era impossível.

— Nossa, isso é absolutamente estranho! — Apertei o braço dela, mas ela não parou — O quê? — Ela me encarou — Você acha que não estou percebendo sua mudança repentina de humor, sua luta diária contra acnes e também todo esse lance de se sentir mal de repente?

— Blake, não é nada disso! — Levei uma mão ao rosto sem acreditar no tamanho daquele constrangimento.

— Bem, nas circunstâncias da paciente, estranho seria se estivesse.

— Que circunstâncias? — Ela continuou a instigá-lo, se levantando da maca.

— Blake, por favor! — Já sentia o rosto arder. Odiava que tocassem em assuntos que eu me forçava a esquecer. Odiava quando meu passado retornava e se chocava com o meu presente.

Ele ergueu as sobrancelhas pra mim, como se falasse "conte a ela" e, então, saiu.

— Blake, você não devia ter feito isso!

— Por quê? O que tem de tão grave com você?

— Não posso engravidar! Por isso que o risco não me assusta.

Ela levou uma mão à boca, assustada pela declaração e, então voltou a se sentar, acariciando minha mão, como se eu precisasse ser consolada.

— Você já sofreu algum tipo de aborto ou algo do gênero?

— Não. Tenho a síndrome dos ovários policísticos. E, embora dentre os sintomas, eu apenas sofra com atrasos e acnes incontroláveis, a infertilidade é parte disso. Eu já estive aqui, já estranhei os sintomas mais de uma vez, quando, na verdade, estava apenas sofrendo com os efeitos do meu problema.

— Leigh, isso é horrível. Não posso imaginar como você se sente. — Ela disse com a voz fraca.

— Eu soube disso quando fiz quinze anos, então pode-se dizer que eu cresci sem esse "sonho". Enquanto todas as garotas da minha idade se concentravam em planejar um futuro tradicional, eu me empenhei em fazer uma carreira e isso me trouxe até aqui. Não tenho do que reclamar. — Dei de ombros e estiquei o braço para alcançar o copo de água na mesinha ao lado da maca.

— Mesmo assim, você precisa procurar um tratamento.

— Não, Blake! Isso aconteceu por uma razão. Não quero me submeter a tratamentos dolorosos e eu também não preciso disso. Deixa estar como está.

— Espero que você pense assim daqui há dez anos.

— Espero que eu esteja milionária quando chegar lá!

A doença normalmente não se mostrava como um problema para mim e eu até me esqueceria dela, se não fossem pelos efeitos colaterais. Os médicos sempre foram muito transparentes quanto a minha condição e, por mais que meus sintomas se caracterizassem como leve, a infertilidade agia como uma espécie de compensador. Eu realmente era sincera ao dizer que aquilo não me incomodava. Eu havia pulado a fase de sonhar com o futuro para me dedicar ao que realmente importava. Além disso, existiam muitas outras formas de se preencher um possível vazio no futuro e eu me obrigava a não fazer disso um martírio. Tinha preocupações maiores. Tinha de seguir em frente.

xx

De volta ao presente, após permitir que minha mente reavivassem as memórias da semana anterior, dei um sorriso para ela, tentando fazê-la se convencer de que aquele assunto estava encerrado para mim.

— Eu não estou me importando tanto, Blake. Vou me casar com a minha carreira e adotarei muitos filhotes. Isso é só um detalhe. — Forcei um sorriso e dei de ombros, voltando a me concentrar nos papéis a minha frente.

— Espero que estejam errados. — Ela falou baixo e sua voz denunciou sua preocupação.

— Eles são médicos, Blake. Eles não erram! — Me recompus e me preparei para retomar o que estávamos fazendo, antes que a equipe de jornalistas nos cercassem e nos pegassem no meio do assunto mais desagradável da história. — E se você acha que o Ed é a causa dos meus surtos emocionais, esqueça! Ele tem alguém e eu respeito isso. Não temos nada além de um caso de uma noite. — Aproveitando o ensejo, lembrei que precisava desfazer o nó da confusão que armei há duas semanas pela mensagem da suposta Jessica — Nós até conversamos sobre isso e ele me garantiu que ele e a... — Parei de falar assim que senti os dois celulares vibrarem ao mesmo tempo sobre a mesa.

Alerta FSP:
É oficial. A novidade de que Ed e Jessica estão tendo um caso é o assunto do dia. Analisamos a informação e a fonte é segura. O mistério acabou. Os nossos mais sinceros parabéns aos pombinhos!

— Eu não acredito que você contou! — Joguei o celular de volta na mesa e comprimi os lábios, me sentindo completamente traída.

— Eu não contei! Eu juro! — Ela disse enfática — Pode ter sido qualquer uma das meninas, todas comentaram sobre isso naquele dia.

Ela tinha razão e eu já sabia que, mais cedo ou mais tarde, isso aconteceria.

— Desculpe, você tem razão. — Falei mais calma — Eu só... — Mordi a ponta do polegar, bastante aflita

— Calma, Leigh. Não se estressa por isso. — Ela estava sendo bastante compreensiva comigo desde que deixamos o hospital na manhã do último domingo.

— É que eu comecei isso tudo e essa notícia pode encrencar o Ed por ser principal e estar indo contra as regras do Josh. — Coloquei os meus papéis sobre os dela e pulei do banco.

— Aonde você vai? Temos que aguardar aqui. — Ela me puxou pelo pulso, mas eu me desvencilhei rapidamente.

— Peça para esperarem. — Falei firme — Eu deixei isso vazar. Preciso falar com ele antes que ele me odeie!

xx

— Ed?! — Chamei sua atenção, quando o encontrei, após procurá-lo por alguns minutos. Como era de se esperar, Jessica estava com ele. Ambos estavam no camarim masculino. Ed estava de frente para ela, com os braços cruzados e olhar sério. Ao ouvir minha voz, ele se afastou e caminhou em minha direção, suavizando a expressão de seu rosto.

— Leigh, que bom que você chegou!

— Então, eu vou nessa! — Ela anunciou ao perceber que não era mais o centro das atenções.

— Não devia nem estar aqui! — Provoquei, desviando os olhos de Ed e focando-os nela até vê-la passar pela porta sem dar um pio sequer em resposta.

— O que ela queria? Além de você, é claro!

— Ela veio falar sobre a fofoca que acabaram de publicar. Não sei de onde tiraram isso. — Ele passou a mão pelos cabelos, mostrando-se verdadeiramente tenso.

— Foi culpa minha, Ed. Eu não sei nem como me desculpar por isso. Todas as meninas na mesa viram aquela mensagem e acho que todas elas pensaram o mesmo que eu. Desculpa, eu... — Eu tremia de nervoso, aquela situação estava fora de controle e eu estava indo contra todas as recomendações médicas.

— Não. Não... fica calma. Você tinha razão em explodir com aquela mensagem. Parecia mesmo suspeita. — Ele recebeu uma mensagem e deu um passo para trás para poder lê-la. — É a Hanna. Ela quer saber se é real. Mas que merda! O Josh e a Steph vão me matar se eu não resolver isso logo!

— Mas isso também é culpa sua! Se você não tivesse deixado ela fazer parte das nossas coisas, isso não estaria acontecendo. Ela é uma sanguessuga, Ed. — Ele passou a língua pelos lábios e começou a caminhar pela sala numa tentativa de se acalmar. — O que você está pensando em fazer? — Perguntei.

— Bem, eu estava conversando com a Jessica sobre isso e ela acredita na mesma filosofia que eu: a gente só acaba com a fofoca dizendo o que querem ouvir.

— O que você quer dizer com isso?

— Temos um plano.

— O quê? — Dei uma risada incrédula. Só podia ser brincadeira que ele ia dar asa para aquele desplante.

— Tem uma festa rolando na terça-feira da semana que vem, aniversário de um cara...

— Do Kent Kurtis? Fui convidada. Pessoalmente. — Sorri, convencida.

— Sério? — Ele retrucou com um tom possivelmente afetado.

— Aham. — Dei de ombros como se não fosse grande coisa — Mas o que isso tem a ver?

— Vamos aproveitar para fazer uma aparição pública. — Ele disparou de uma vez e eu precisei parar por algum tempo para ter certeza de que havia escutado certo.

— Certo. E você tomou essa decisão importante antes ou depois de começar a namorar comigo? — Cruzei os braços e o confrontei com uma expressão ríspida.

— Leigh, não fala assim. Você está encarando as coisas de outra forma. Esta é apenas uma medida desesperada para uma circustância extrema.

— O quê? De jeito nenhum! Você está pensando na sua reputação e se esquece da minha. Eu ainda estou sendo taxada de vadia por causa dessa fofoca! Se souberem que eu fiz isso com a minha "amiga" da escola, minha vida vai virar um inferno!

— Calma, Leigh. Será a primeira e última. Nós sabemos que se esse boato chegar nos ouvidos dos produtores, vai sobrar para nós dois. Se negarmos, vai parecer concessão e não é isso que queremos. Então decidimos fazer uma aparição pública. A gente vai, faz uma cena na frente do pessoal e depois fingiremos uma briga. Ela vai dizer que acabou e ficamos numa boa. — Bufei em resposta.

— Não, não. Eu não posso aceitar isso.

— Leigh, por favor, você prefere que continuem dizendo que estamos namorando?

— Não! Que droga! Você me deixou com essa péssima decisão nas mãos.

— Estou me esforçando para fazerem as coisas darem certo para nós. — Ele me segurou pela cintura e me manteve estática diante dos seus olhos — Estou te envolvendo nisso porque quero mesmo que você confie em mim. Faz isso por mim. Por favor. Pelo nosso segredo!

— Ed... — Senti o corpo enfraquecer com o seu toque e meus argumentos se perderam quando nossos narizes se tocaram.

— Por favor! — Ele sussurrou com os nossos lábios a pouquíssimos centímetros de distância e eu perdi todas a resistência.

— Tá legal! — Falei com desânimo, rolando os olhos para cima, quando fui surpreendida com um beijo apertado. Ed me ergueu alguns centímetros do chão e eu me agarrei ao seu pescoço, compartilhando daquela animação. — Acho até bom que seja em um lugar em que eu estarei, assim posso ficar de olho nela.

— Ahm... Leigh! — Ele desfez o sorriso e tornou ao tom sério.

— O quê? O que esse "ahm" quer dizer? Eu não gosto do que vem após. — Me desprendi dele e voltei a pisar o chão, me afastando apenas o suficiente, sem tirar os olhos dele.

— Eu não acho bom você estar lá!

— O quê? Por quê? Eu fui convidada! — Contestei, ofendida.

— Eu sei. Mas esse vai ser o assunto de todos os nossos amigos. Pode acabar de causando um mal estar ou constrangimento ainda maior, porque na última vez que nos vimos, você me beijou e começou toda essa falácia sobre a sua índole. Eu não quero que isso perdure. — Ele tocou meu braço, mas não me deixei ser aproximada.

— Eu sabia! — Comprimi os lábios e lancei um sorriso firme. Estava certo demais para parecer tão inocente — Está bem! — Declarei com em um tom de tolerância forçada — Faça como quiser! — Me afastei e andei rápido até a porta.

— Espera, Leigh. Aonde você vai?

— Vou procurar algo para fazer na semana que vem! — Falei abrindo a porta e, em seguida, a fechei. Não abriria fogo por aquilo, depois de tudo que conversamos antes de viajarmos e após ter concordado com o plano. Não queria parecer louca e ciumenta. Eu precisava me controlar e garantir a mim mesma que poderia confiar nele. Com certeza, não teria chance como essa.

xx

— Ed, não precisava preparar tudo isso! — Falei, observando as velas aromáticas, espalhadas ao redor da sala de estar do apartamento. Ele havia preparado uma mesa com pratos de porcelana e belas taças que estavam prontas para servirem o vinho, aparentemente caro, mergulhado em um balde com bastante gelo.

Após passar o dia inteiro ignorando suas mensagens, Ed finalmente apareceu pra me confrontar. Ele, com toda certeza esperou o momento que eu estivesse mais cansada e não pudesse reclamar quando ele praticamente me arrastou para o apartamento dele. No fundo, minha raiva tinha passado porque eu sabia que suas intenções eram genuínas. Meu único problema era sua possível parceria com a única pessoa que não possuía um grão de genuinidade nas veias.

Não estava tão brava quanto gostaria, apenas queria provar a mim mesma que Ed não era um dos problemas que o doutor Smith havia aconselhado para que eu me livrasse.

Ele havia insistido para que nos encontrássemos naquela noite para conversarmos e nos resolvermos e eu sabia que não haveria outra forma de me sentir melhor. Já havia aceitado que o meu problema e o remédio para ele estavam na mesma pessoa. Me perguntava se Ed era tão insistente em me procurar por me achar capaz de cometer uma loucura ou por ter medo que em alguma dessas muitas brigas que temos eu fosse chegar ao meu estopim. Infelizmente, cada vez que eu sinto que toda essa situação está prestes a passar, o inferno volta. E o pior disso é que cada vez mais eu me vicio nesse jogo celestialmente infenal. A essa altura do campeonato, tudo que eu espero é que eu não vá cair de uma nuvem.

— Precisava sim! Primeiro, porque três meses é uma data importante e, segundo, porque eu não quero que você se sinta mal com o que eu disse hoje cedo. Eu prometo que valerá à pena.

— Você precisa mudar seus métodos de persuasão. Isso é clichê! — Pousei uma mão na cintura, analisando o cuidado que ele teve com a preparação e inalando o aroma suave que as velas deixavam na casa.

— Comprei pizza de marguerita! — Ele retrucou.

— Você sabia que adoro clichês?! — Abri um sorriso acalorado, eu estava tão faminta depois de tantos "corta" e "ação" que abriria mão de qualquer crença previamente estabelecida.

Ele riu e caminhou em minha direção, trazendo consigo a enorme caixa de alegria. Agradeci quando ele me serviu e ele se divertiu com a forma como devorei o primeiro pedaço sem ao menos tocar nos talheres que ele gentilmente dispôs ao lado do prato.

O jantar correu de forma agradável e, após me ver devorar três pedaços vorazmente, Ed me conduziu até o sofá e serviu-nos com o vinho.

— Estive na instituição hoje à tarde e, você tem razão, eles são adoráveis! — Ele falou, sentando-se ao meu lado e me envolvendo com seu calor.

— Eu te disse que você ia adorar! Não é à toa que comecei a ajudar a instituição deles no ano passado. Eles realmente se importam com os animaizinhos abandonados.

— Eu vi! — Ele se virou e falou animado — Tinha uma garotinha lá... e ela era linda. Estava com os pais e eles estavam lá para adotarem um cãozinho. Ela escolheu uma yorkshire e chamou de Matilda. — Ele riu enquanto contava — A garotinha estava tão feliz! — Lembrou.

— Tenho certeza que a Matilda terá mais sorte do que isso! — Me uni a ele e nossas risadas se misturaram.

— Com certeza! Quando eu tiver uma filha, com certeza quero que ela tenha essa experiência! Quer dizer, tendo você como mãe, é lógico que isso acontecerá! — Ele tomou o vinho e eu pousei minha taça na mesinha de canto.

— Ed, você está se precipitando um pouco! — Titubeei sentindo algo muito ruim me aturdir por dentro.

— Eu sei que você não gosta de falar sobre o futuro e que eu disse que não deveríamos mais fazer planos, mas a verdade é que eu não vejo um futuro sem você nele, Leigh. Eu sei que soa um pouco decisivo, mas é assim que me sinto agora. Desculpa, se estou te assustando. — Ele explicou calmamente.

— Não, você não me assusta. É até normal que pense assim já somos namorados, mas tente não se apegar a isso, Ed. Não tem nada pior do que a decepção de um futuro inconcluso. — Toquei seu rosto, sentindo-me, pela primeira vez, péssima por saber que o futuro que ele idealizava não era o mesmo que o meu. Ao mesmo tempo que ele me incluía em seus planos para um tempo distante, eu vivia esperando pelo momento em que nos decepcionaríamos e aquilo chegaria ao fim. Eu estava sempre preparada para uma possível frustração. De alguma forma, isso fazia com que o processo se tornasse menos pesaroso.

— Eu sei. — Ele deu um sorriso tímido de baixou os olhos — Vou tentar ser mais contido da próxima vez.

— Nada de se conter, Westwick. Eu adoro te ver desinibido assim. — Falei, puxando-o pela gola de sua camisa preta e deslizei as mãos pelos botões, abrindo-os devagar. Não me atribularia com aquele assunto por hora. Ele ergueu os olhos que antes estavam lamuriosos e agora brilhavam de excitação.

Tomando uma postura dominadora, ele largou a taça, me pegou pela cintura e me colocou em seu colo, fazendo-me soltar um gemido baixo e depois uma risada.

— Sem inibições, então! — Ele declarou antes de invadir minha blusa e se desfazer do meu soutien.

xx

Na manhã seguinte, levantei-me cedo e preparei-me para o trabalho, sentindo um misto de ansiedade e felicidade pelo que aconteceria naquela noite. Antes de sair, preparei uma vitamina rápida, porém reforçada, e me aprontei para voltar à NYC. Estava começando a ficar habituada com a diferença de horário e com a necessidade de acordar ainda mais cedo pela viagem até Long Island.

Ed não estava mais lá, havia saído um pouco mais cedo para se reunir com os amigos da sua banda Filthy Youth, pois fariam um show naquela noite no The Annex, o mesmo da vez seguinte, e isso me deixava tão animada quanto a ele. Gostava de ver as coisas se encaixando para ele, além da parte profissional. Ed era um cara bom, amável e alegre. Merecia ser recompensado por isso. Aqueles caras tinham um grande significado para ele e a banda, antes desfeita pela mudança de Ed para Nova York, agora estava ganhando espaço e notoriedade também na América, após terem duas músicas adicionadas à trilha sonora da nossa série.  Ele estava alegre e eu não daria fim aquele momento, contando a ele as notícias que eu guardava há alguns dias.

Sentindo-me fortalecida o suficiente para sair, atendi algumas ligações e confirmei com Tracey a primeira sessão com uma psicóloga recomendada por ela. Procurei não tratar isso como uma coisa negativa e criei expectativas a respeito disso. Mal podia esperar para chegar a hora do almoço. Teria um dia e tanto pela frente.

xx

Três dias depois...
01/04/2008

Sentia-me leve após a minha segunda sessão com a doutora Sandra Horton e estava decidida a voltar. Em pouco menos de meia hora de conversa, consegui organizar parte da bagunça que era o meu cérebro e isso me ajudou a enxergar que consultas com um psicólogo e sessões de pilates deveriam ser obrigatórias na vida de qualquer ser-humano.

Apenas uma coisa ainda me tirava do sério: o boato sobre Ed e Jessica se espalhando. Isso me irritava, principalmente pela maneira como a Jessica se aproximava dele o tempo todo, se sentindo no direito de fazê-lo apenas porque deixaram a fofoca rolar.

O plano seria concretizado naquela noite e eu sabia que, por mais que tudo aquilo tudo fosse pelo bem do nosso relacionamento, algo me impedia de confiar que aquilo daria certo. Até porque, fala sério, nunca funcionava. Somos atores, não agentes especiais.

Além da apreensão por não saber como as coisas estavam indo, havia em mim uma angústia inusual que tomava meus pensamentos e começava a me consumir sempre que eu estava sozinha e/ou desocupada. Conversando com a doutora Horton, comecei a entender o que me mantinha constantemente estressada e ela me aconselhou a ser sincera comigo mesma e, principalmente com ele. Ela explicou que seria mais fácil me livrar da dúvida, fazendo-me uma simples pergunta: por quanto tempo estou disposta a carregar esse fardo? Será que eu preciso mesmo disso?

Ed e eu tínhamos sonhos diferentes e perspectivas diferentes com relação ao futuro. Começava a considerar a ideia de Blake que incluía me abrir com Ed em relação aos meus sentimentos que, na verdade, eram relacionados a outros problemas pessoais. Assim, deixaria que ele decidisse se queria ficar ou não. Não poderia deixar que ele continuasse a alimentar a ilusão de que um dia seríamos uma família. Só assim, acabaria com toda a causa da minha perturbação em apenas uma tacada: sendo honesta com Ed. E dessa noite não passaria.

Está decidido: vou à essa festa!

xx

E ai? Vamos jogar? 200 comentários e posto a continuação hoje ainda ~ ou amanhã ~ depende do resultado.

Mil beijos
Nay :))

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