SPOTTED: Behind the Gossip (...

By naymeestwick

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Uma fanfic sobre a vida real nos bastidores de Gossip Girl. Ed Westwick e Leighton Meester de um jeito que vo... More

Before the reading
Prólogo - Welcome to New York
Capítulo 1 - With me
Capítulo 2 - Girls just wanna have fun!
Capítulo 3 - Bad News, Meester
Capítulo 4 - Lose all control (Parte 1)
Capítulo 5 - Our first time
Capítulo 6- Lose all control (parte 2)
Capítulo 7 - Entitled mine
Capítulo 8 - Elastic heart
Capítulo 9- NYC - Gone, gone
Capítulo 10 - 4 in the morning (versão estendida)
Capítulo 11 - Two is better than one
Capítulo 12 - The words
Capítulo 13 - I can't say THE WORDS because my HEART IS OF STONE
Capítulo 14- Crazy! (Versão estendida)
Capítulo 15- Leighton Meester must fight!
Capítulo 16 - City lights
Capítulo 17- Dangerous woman
Capítulo 18 - All night
Capítulo 19 - Fire meet gasoline*
Capítulo 20 - Trading Time (parte 1)
Capítulo 21 - Trading time (parte 2)
Capítulo 22 - Run away
Capítulo 23- Help!
Capítulo 24- Dark Night
Capítulo 25- Unwritten
Capítulo 26- The Meester Hit Project
Capítulo 27- Photograph (versão estendida)
Capítulo 28 - Only thing I ever get for Christmas*
Capítulo 29- Remember the daze
Capítulo 30 - Shut up and drive*
Capítulo 31 - Prom Queen
Capítulo 32- We are stars
Capítulo 33 - Empire State of Mind
Capítulo 34 - Sweet
Capítulo 35 - She will be loved
Capítulo 36 - Hurricane
Capítulo 37 - Hurts like heaven
Capítulo 38 - Hurts good
Capítulo 40 - Your love is a drug*
Capítulo 41 - Pillowtalk
Capítulo 42 - New York's best kept secret
Capítulo 43- I knew you were trouble
Capítulo 44- Do I wanna know?
Capítulo 45- Serendipity
Capítulo 46 - Happy (blackest) day!
Capítulo 47 - I see you (versão estendida)
Capítulo 48 - Someone New
Capítulo 49 - Dive
Capítulo 50 - The ice is getting thinner
Capítulo 51 - Gravity
Capítulo 52 - Good girls go bad
Capítulo 53 - Lost in reality
Capítulo 54 - Lust for life *
nota de esclarecimento
Capítulo 55 - Stay or leave
Capítulo 56 - No new tale to tell
Capítulo 57 - Send my love to your new lover
Capítulo 58 - New York, I love you but you're bringing me down
Capítulo 59 - Burn the pages
Capítulo 60 - Beautiful people, beautiful problems
Capítulo 61 - Back to you
Capítulo 62 - Broken arrow (versão estendida)
Capítulo 63 - Blue afternoon
Capítulo 64 - Die for you
Capítulo 65 - Radar
Capítulo 66 - Flesh without blood
Capítulo 67 - Rose-colored boy

Capítulo 39 - Hurts so good!

441 44 338
By naymeestwick

Tradução do título: Dói de um jeito tão bom!

em revisão

🌟VOTEM🌟

200 comentários e teremos continuação ainda antes da ceia.
x💋x💋

Você me combate como um bombeiro, então me diga porquê você ainda se queima. Você diz que não, mas ainda é um mentiroso porque é pra mim que você sempre corre. Por que você tenta negar toda vez quando você aparece todas as noites e me diz que você me quer, mas é complicado? Tão complicado... Quando dói, mas dói de um jeito tão bom Você aceita? Você lida com isso? Quando dói, mas é de um jeito bom Dá pra dizer? Seu amor é assim dói de um jeito tão bom...
Toda vez que eu juro que acabou, faz com que você me queira ainda mais. Você se afasta e eu chego mais perto. E tudo em nós fica despedaçado. Tão complicado...

(Astrid S, Hurts so good) ~hino~

🎬🎬🎬

Leighton Meester em:
A Maior Vadia do Ano!

       <Clique aqui para exibir anexo>

— Claro! — Girei os olhos para a vigésima notificação que havia recebido sobre isso desde a noite de quarta e joguei o celular para o lado, cobrindo os olhos com uma almofada azul, desejando desesperadamente ser aquela vadia de que tanto falavam, apenas porque nada poderia ser pior do que sentir-me tão tola.

Era sexta à noite e eu estive deitada ali, encarando o teto, vendo o ventilador girar, girar e girar por pouco mais de uma hora. Eu estava exausta, mal podia ouvir minha própria respiração, enquanto lutava comigo mesma para esquecer as últimas 40 horas. As palavras que dissemos no final da noite de quarta ainda estavam muito altas em minha cabeça e isso me causava uma enxaqueca cruel.

***

Após rodar a cidade em um táxi até sentir a raiva parar de me consumir, desci em frente ao meu prédio, após pedir ao motorista que esperasse até que eu pudesse subir e pegar o valor para realizar o pagamento. Ed estava parado ao lado da grande porta de ferro. Estava com as mãos nos bolsos do casaco preto e não hesitou e caminhar em minha direção assim que avistou-me. Não pensei em fugir ou me esconder, já estava tarde e eu só queria acabar logo com aquilo antes de tomar uma pílula bem grande e apagar.

Ele não disse nada ao passar por mim, apenas inclinou-se sobre a janela do táxi e deu ao motorista uma nota grande sem ao menos perguntar quanto havia sido o valor do trajeto. O homem partiu com um grande sorriso no rosto e uma vertigem intensa me atingiu quando percebi que estávamos a sós.

Não sabia o que dizer nem por onde começar. Era como se estivéssemos vagando até aquele momento e eu nem ao menos sabia onde estávamos. Eu deveria imaginar que antes mesmo de pularmos de cabeça naquele precipício, tudo já estava perdido para nós. E, talvez, aquilo fosse em parte culpa minha, porque tinha aquela briga pessoal acontecendo dentro de mim, que me impedia de me mover e seguir em frente, que me mantinha presa ao passado e insegura em relação ao presente.

Ed dia aquele olhar que eu conhecia bem. Seus lábios cerrados e as mãos afundadas no bolso do casaco indicavam o que eu tinha certeza que seria inevitável.

Eu não via-nos terminando assim. Não ainda. Não queria isso. Mas talvez fosse necessário.

— Seja breve, estou cansada! — Parei de frente para ele com os braços cruzados e sentindo os dentes baterem uns nos outros por estar realmente gelado e eu não ter nenhum agasalho.

— Trouxe suas coisas! — Ele olhou-me por menos de um segundo e puxou a pequena clutch prateada do interior de seu sobretudo. Puxei-a para mim e respirei aliviada por não precisar recorrer à chave reserva e não ter de encarar a taciturna Abigail.

— Seu casaco está na recepção. Deixaria sua carteira também, mas preferi entregar pessoalmente. Não queria que nada sumisse.

— Ótimo, vou buscar! Foi muito gentil, obrigada! – Dei um sorriso fraco e apertei ainda mais os braços. Agir como se ele fosse um total desconhecido era mortificante. — Boa noite, Ed!

— Leighton, Espera! — Ele me puxou pelo braço no terceiro passo. — O que aquilo quis dizer?

— Você precisa ser mais específico! — Tratei de me soltar, antes que o seu toque e o seu cheiro de menta fresca e álcool me inebriasse.

— Primeiro, você pegou meu celular sem eu perceber, depois surgiu na minha frente chateada com uma mensagem pessoal que você nem sabe do que se trata... É a isso que me refiro!

— É lógico que eu sei. Eu li perfeitamente!

— Isso é patético demais, Leighton. Até para você!

— Até pra mim? Olha pra você, Ed! Sempre envolvido em mal-entendidos. Você quer mesmo que eu me esforce para conhecer os bastidores disso? Tudo está muito claro para mim e eu não quero suas explicações dessa vez!

Ele ameaçou dizer algo, mas se calou quando dei um sorriso endurecido, engolindo a vontade de cair aos prantos novamente.

— Por que você fez isso? — Ele voltou a me questionar. Expirei o ar seco, fazendo uma pequena nuvem se formar entre nós. — Eu não sei do que se trata esse mal-entendido a que você se refere e também não sei por que uma mensagem com um endereço qualquer te deixou assim. Seja lá o que você pensou, não é o que parece! É apenas um mal-entendido, como você mesma falou. Não sei por que faz isso parecer um espetáculo circense!

— Porque você é um cínico, Ed. E eu não consigo mais acreditar em você! — Me virei em direção à entrada novamente e ele voltou a interferir.

— É pela mensagem que você recebeu? Achei que confiasse mais em mim do que naquelas garotas desinformadas que inventam o que for necessário para sempre estragar as coisas entre a gente!

Dei uma risada incrédula e fechei os olhos, me contendo para não tocar no assunto da mensagem de Hanna que contradizia tudo que ele havia afirmado anteriormente. Não queria fazer aquilo piorar e acabar com o pouco de respeito que eu ainda tinha por ele.

— Você está certo, Ed. Talvez, isso seja mesmo um espetáculo circense, porque eu realmente me sinto como uma palhaça no meio disso tudo! — Ele sacudiu a cabeça e recuou alguns centímetros — Hoje tentaram abrir meus olhos quanto ao que você andava aprontando e eu realmente não quis acreditar. Mas agora isso faz bastante sentido pra mim. Você nem ao menos me incluiu em sua decisão de voltar a fumar. Eu estava lá com você no dia que o seu médico falou que você deveria parar por um tempo e você prometeu que conversaríamos sobre isso! — Minha voz já soou embargada no final e eu me amaldiçoei por isso.

— Então, é por isso que você está tão magoada? — Ele tentou alcançar uma das minhas mãos, mas eu me afastei sem me preocupar com a sutileza. — Eu não queria voltar! Também não faz tanto tempo... Você estava doente e eu estressado com coisas que a Hanna tem me obrigado a fazer para ficar na mídia.

— Como fingir levar a vida de playboy que não compete a você apenas para chamar atenção? Tenho observado você, Ed. E essa é a coisa mais absurda que eu já vi na minha vida!

— Também é absurdo para mim, mas esse é o meu novo eu, Leighton.

— Eu não gosto do novo você. Ele me afasta!

— E você um dia gostou do velho eu? — Ele não poderia ter sido mais hostil em seu contra-argumento e aquilo doeu mais do que eu gostaria de admitir — Quer saber? Eu nem sei porque todo esse alarde!

— Estamos em um relacionamento. Isso é um motivo!

— Isso não é tudo! Apenas estar em um relacionamento não é o suficiente para manter o sentimento vivo.

— Aonde você quer chegar? – Cruzei os braços, sentindo os primeiros indícios de uma precipitação e abracei-me um pouco mais forte quando senti a pele arrepiar-se pelo frio e pelo medo do rumo que aquela conversa tomava.

— O que faz você estar aqui, Leighton? O que faz você estar suportando esse relacionamento, que está sempre por um triz para você, e que te faz tanto mal a ponto de você não se sentir segura e sempre acreditar em qualquer coisa? — Ele estava bastante nervoso e falava alto, fazendo alguns olhos se voltarem para a nossa calçada vez ou outra — Me dê uma razão para isso, Leighton! E não vem com essa de que é pelo sexo.

Uma rajada atravessou o céu e gotas mais pesadas tocaram a minha pele.

Finalmente, eu não tinha nada a dizer. Onde estão as palavras quando você necessita delas? A única resposta para a questão era inviável àquela altura do campeonato. Se aquilo era um jogo para me fazer dizer o que ele queria ouvir, então ambos havíamos perdido. Eu não queria parecer mesquinha ao não assumir ter sentimentos mais profundos por ele, quando eu estava inteiramente certa sobre eles, mesmo estando nós diante daquele confronto. Sabia que se eu dissesse o que ele queria ouvir naquele momento, aquilo nos faria mais fortes e resistentes para encarar tudo que estava nos destruindo. Mas eu não estava pronta, não me sentia segura o suficiente para expor isso. E eu sabia o quanto aquilo era cruel com nós dois.

— É porque eu sou extremamente teimosa! — Disparei após longos segundos de silêncio — Deixei isso acontecer, mesmo sabendo que era um erro. Sempre foi e sempre será! — Ed reuniu fôlego, mas não foi capaz de me oferecer uma resposta. Também não esperava que ele o fizesse. Eu havia sido clara o suficiente por nós dois.

Mas, logo que falei, senti o peso das minhas próprias palavras me aniquilarem e a dor que eu tanto evitava sentir já esmagava o meu peito de um jeito tão insuportável que eu mal podia respirar. Eu me odiei quase que imediatamente após soltar aquelas palavras, mas era melhor dar um fim àquilo enquanto ainda estávamos na metade do caminho, antes que fosse tarde demais para regressar.

Ainda sentindo-me fraca e imponente para lidar com aquela decisão, encarei Ed e sua expressão indefinida por alguns segundos antes de sentir o chão se mover abaixo dos meus pés e tudo escurecer ao meu redor. Em um segundo, eu estava ali, no outro, eu estaria desfalecida no chão, se algo não tivesse chamado minha atenção e me trazido de volta.

Está tudo bem por aqui, senhorita? — O segurança da portaria do prédio apareceu e indagou em tom calmo, encarando Ed com uma espécie de olhar repreensivo. Não era a primeira vez que sentia esse tipo de vertigem desde a semana anterior, mas sempre atribuía aquilo à forte gripe que me acometeu por aqueles dias ou aos medicamentos pesados que prometiam uma rápida recuperação.

— Sim, Mark. Ele já está indo embora! — Anunciei ao certificar-me de que Ed não havia notado minha instabilidade emocional que quase me levou a finalizar aquela conversa dramática com um desmaio.

Ed ergueu os olhos pela última vez e eu consegui ver o quanto ele havia ficado magoado. E, pela primeira vez, eu não acreditei que pudesse haver conserto para as coisas que foram ditas naquela noite.

— É, e por tempo indefinido dessa vez! — Ele declarou, antes de virar-se de costas e partir, deixando apenas o rastro de sua fragrância suave no ar, que se desfez rapidamente, quando as gotas de chuva se tornaram mais intensas, dando início a um temporal.

Joguei a cabeça para trás, fechando os olhos para não gritar e chamá-lo de volta para mim. Eu não podia, havíamos ido longe demais. E não era como se pudéssemos resolver isso com um pedido de desculpas, sexo e um pouco de gim.

***

Quase dois dias haviam se passado desde então. Ed e eu não trocamos uma palavra sequer e evitamos todo e qualquer contato visual durante as gravações. Fomos liberados mais cedo naquela tarde com o pretexto de que deveríamos realizar os preparativos para a viagem que aconteceria no dia seguinte, no fim da tarde.

Minhas malas não estavam nem perto de estarem prontas. Meu closet parecia ser um cenário de guerra e eu não fazia ideia do que levar comigo. Tudo que eu conseguia fazer era ficar estagnada ali, pensando em como seriam as coisas dali para frente.

O cansaço e o estresse me levaram a fechar os olhos e adormecer. Acordei algum tempo depois, sentindo o celular vibrar abaixo da minha barriga. Pulei com o susto e senti um concentrado de alívio e decepção por não ser algo vindo dele.

Katrina (BFF):
Dar bolo no MSN é mancada
:(

— Minha nossa!

Olhei para o relógio e percebi que estava atrasada para a minha conversa semanal com a Katrina. Já fazia algum tempo que eu não conseguia cumprir nossa rotina e eu havia prometido que nos falaríamos naquela semana.

Para Katrina (BFF):
Perdi a hora, ñ seja tão dramática.
Já tô ligando o computador :P

Peguei o notebook que estava estirado ao meu lado na cama e levei-o para a sala e para longe daquela bagunça que mais parecia retratar o interior da minha alma. Costumava amar meu novo quarto, mas naqueles dois dias, ele parecia mais do que insuportável para mim, pois concentrava todas as lembranças que eu tanto queria esquecer.

Antes de aceitar a chamada, passei pela geladeira e peguei um copo de limonada e logo percebi que foi uma péssima ideia, pois fez-me sentir pior e ainda mais nauseada. Então, troquei por um copo de água que, aliás, era tudo que eu conseguia consumir daqueles dois dias, graças ao seus efeitos insípido, inodoro, incolor e, agora, indolor.

Minha amiga atendeu a chamada de vídeo no primeiro toque e logo surgiu com um sorriso enorme do outro lado da tela. Sorri de volta, sentindo um alívio instantâneo. Era como se eu pudesse enxergar a minha salvação através dela e isso era incrível. Deus salve as melhores amigas.

Não demorou muito até que ela notasse meu semblante abatido, ainda que eu tivesse me esforçado bastante para evitar isso. Me vi obrigada a dizer tudo que havia acontecido na última semana, principalmente nas últimas horas. Contar todos os passos da história que levaram àquele fim deplorável em voz alta me ajudou a tirar um grande peso de cima dos meus ombros. De repente, eu não me via mais tão ferida e era como se as nuvens estivessem se movendo para longe da luz. A raiva deu lugar à vergonha. Eu havia arrastado nós dois para aquele buraco por causa de uma droga de mensagem descontextualizada. Ele tinha razão, – e Katrina concordava – eu não deveria ter pegado o celular dele sem seu consentimento. Era algo pessoal dele e, por mais que fosse uma brincadeira no começo, todo o conteúdo disposto ali era de cunho confidencial. Pela primeira vez, me permiti acreditar que aquilo tivesse mesmo uma explicação, a qual ele não se deu ao trabalho de dar, mas talvez, lá no fundo, ele soubesse que não valeria à pena tentar reparar o que quer que eu tivesse lido ou concluído quando tínhamos problemas maiores como a falta de confiança e de reciprocidade em muitos sentidos.

— Você gosta dele? — Ela perguntou séria após passar um longo tempo apenas me ouvindo.

— Sim. — Falei sem ânimo algum, baixando os olhos para o short de algodão do baby doll que vestia.

— Nossa, que falta de fé!

— Desculpa. Eu só não sei em que par estamos em relação ao outro... Eu só... não sei! — Engoli as palavras sentindo a garganta fechar.

— E dai? Isso significa que você deixou de se importar?

— Tudo bem, eu gosto dele, até demais... E isso me dá nos nervos!

— Então você precisa ir até lá e tirar isso a limpo antes que isso destrua vocês de uma vez!

— Amiga, você ouviu alguma coisa do que eu disse? Eu comecei isso tudo! Tudo bem que ele me deu motivos, mas eu comecei isso! Não posso chegar lá com um sorriso no rosto e um pedido de desculpa nas mãos. Além disso, não vejo o que podemos esclarecer à essa altura. É loucura!

— Por isso mesmo! Você precisa mostrar para ele que se você agiu como uma louca, é porque você se importa demais para aceitar a ideia de dividi-lo. — Ela sorriu e eu rosnei irritada,

E o pior de tudo é que ela tinha razão, mas Ed havia chegado ao patamar de querer um pouco mais do que apenas alguém que se importe.

— Mas o que eu ouvi e li... Ele é quem me deve explicações!

— Tudo pode ser interpretado de duas formas, amiga. Se você tem essas dúvidas, vai lá e arranca a verdade desse homem!

— Não sei, Kati! O que eu devo fazer?

— Você disse que vocês estão há semanas sem sexo não é?

— Sim. Infelizmente! — Fechei os olhos e suspirei. Aquilo era tão constrangedor.

— Então usa isso contra ele!

— Você está me dizendo para seduzí-lo para descobrir se ele está mentindo ou não?

— É, basicamente isso! — Ela deu de ombros e mordeu uma barra de chocolate branco.

— E como isso termina? — Sorri em apreensão, ainda sem entender por que eu estava dando crédito a essa loucura.

— Vou fingir que você não me perguntou isso! — Ela largou a embalagem semivazia sobre a escrivaninha e projetou um olhar sério —Leighton, minha querida, se ele for um bom garoto, você dá a recompensa. Se não for, você castiga! É tão simples!

— Não acho que possamos simplesmente resolver isso com sexo!

— Como não? Tudo se resolve com sexo! É pra isso que foi inventado. Você sabe qual foi o estopim para a explosão da Segunda Guerra? — Neguei com a cabeça, mas me arrependi no segundo seguinte — A falta de sexo dos soldados da Primeira!

— Você acaba de me convencer! — Me rendi a uma gargalhada e senti como se não fizesse isso há anos. — Como você sugere que eu faça a abordagem?

— Você ainda tem aquela caixinha de coisas que compramos na Galeria da Victoria's Secret, quando eu estive em NYC? — Concordei com a cabeça, mordendo a ponta do polegar, já em vias de entrar em desespero. — Chegou a hora de tirá-la de cima do armário! E nada de usar a linha Classic. Essa ocasião pede champanhe e uma bela peça de renda da linha Gold.

Meu coração disparou, era uma decisão muito importante a se tomar. Todo o meu orgulho estava em jogo e isso me deixava em pânico.

— Está bem, farei isso. Em nome da paz mundial!

Ela soltou uma gargalhada e ergueu as duas mãos para o céu.

— Amém!

🎬🎬🎬

Não estava nada certa sobre o que estava prestes a fazer quando saí de casa apenas trajando um deslumbrante conjunto Victoria's Secret na cor cereja. Mas só me dei conta do quanto aquilo soava extremamente absurdo quando já estava longe demais para pular do carro. Não queria parecer uma louca desvairada ao pedir para o motorista do táxi parar no meio do nada para que eu pudesse descer, uma vez que eu já tinha informado o destino previamente.

Quando as luzes do Uptown surgiram através dos vidros do carro, minha respiração ameaçou falhar. Aquela era a imagem que eu tinha sempre que me aproximava do condomínio onde Ed vivia. Os blocos que antecediam o local eram sempre iluminados, bem movimentados e cheios de vida. As pessoas que viviam ali faziam jus ao bordão da "cidade que nunca dorme".

Poucos minutos depois, estava desembarcando na entrada do enorme prédio residencial, mesmo que ainda não estando segura do que estava prestes a fazer e meu estômago denunciava isso com pequenas contrações internas.

Apesar disso, tentava manter a calma e focar no discurso que havia ensaiado durante todo o percurso. As instruções de Katrina foram bem específicas. Era um plano sem chance de erro, contanto que agente e paciente colaborassem para o sucesso da missão.

Entrei no elevador após passar pelo mesmo senhor simpático de todas as outras vezes. Batia os pés, impaciente, no chão e concentrava-me no visor que parecia não se mover.

Doze andares depois, adentrei o corredor, sentindo a tensão passar para todo o resto do corpo em forma de tremor. Quando me vi diante do número 1202, uma lembrança infeliz atingiu minha consciência e toda a autoconfiança acumulada no trajeto se esvaiu. E se ele se recusasse a me receber ou sacasse todo o meu plano por trás da lingerie cara?

Eu havia optado por subir sem anunciar minha entrada, fazendo uso do passe livre que eu tinha na recepção do prédio. Mas agora aquilo estava me causando um grande arrependimento. Se eu ao menos tivesse interfonado antes, poderia ter a sorte de ser dispensada antes mesmo de ter o trabalho de subir.

Enquanto a dúvida e o arrependimento dançavam tango na minha cabeça, eu encarava a porta marfim a minha frente sem conseguir estender a mão para bater. Eu precisava de alguns minutos junto à minha sanidade antes de prosseguir ou não com aquilo. Além disso, ainda tinha de conferir novamente onde Chace estaria para garantir que Ed não possuía nenhum tipo de companhia para estragar o plano que parecia cada vez mais absurdo.

Neste exato momento, meu corpo estremeceu e eu agradeci internamente por ser apenas o toque do celular que estava no bolso do sobretudo caramelo, de tecido leve, fechado por um único zíper, que cobria toda a sua extensão. Havia escolhido uma peça rápida de ser removida que também fosse livre de qualquer suspeita.

A tensão retornou quando vi o nome de Chace no visor. Minha primeira reação foi retirar-me dali, por isso, eu caminhei rapidamente para o outro lado do corredor, até alcançar a saleta que dava acesso às escadas de incêndio.

— Alô?! — Ensaiei uma voz rouca e um tanto exaurida, como a de alguém que acaba de acordar para não levantar nenhum tipo de suspeita.

— Sis! — A voz dele soou animada demais e eu percebi que ele gritava para sobressair a música alta no fundo.

— Oi, bro! — Aspirei e soltei o ar calmamente. — O que está rolando?

— Liguei para te convidar para ir a uma reuniãozinha comigo, mas já sei a resposta só pela sua voz.

— Você me conhece tão bem... — Bocejei antes de terminar mas, dessa vez, não estava fingindo. Chace já havia me contado sobre seus planos para a noite de sexta e esse era o principal motivo pelo qual eu ainda estava plantada ali.

— Quando foi que eu me tornei amigo de dois idosos? Você e o Ed me decepcionam, vou precisar encontrar novos!

— Adoraria ver você tentar...

— Está me subestimando, maninha?

— De jeito nenhum! É claro que você vai conseguir. — Soltei uma risadinha baixa — Mas, faça o que fizer, não inclua loiras altas e esguias! — O adverti e ele levou mais do que o tempo necessário para responder.

— Leigh, quando é que você vai deixar isso pra lá?

— Quando a piada perder a graça! - Mordi a ponta do dedão para conter a risada.

— Eu te odeio! — Ele brincou.

— E eu te amo, mas você não vai se livrar disso! — Era tão fácil dizer essas palavras quando não havia tanta pressão envolvida.

— Estou condenado! Eu não sei o que fiz para merecer uma pessoa tão chata, implicante e antissocial na minha vida — Ele gritou por cima do barulho do Rock anos 90 que tocava ao fundo. Joguei a cabeça para trás em uma risada acalorada. Não pelo que ele disse, mas por parecer tão ridículo que aquela chata, implicante e antissocial fosse a mesma que estava se escondendo no corredor da casa dele com uma camisola de seda e uma lingerie particularmente indecente por baixo do casaco.

— Pelo menos, existe tratamento para o meu problema!

— Mas não tem cura...

— Vou considerar como um elogio!

— Você só diz isso porque gosta de se iludir...

Respirei fundo e fechei os olhos, reunindo o máximo de paciência que pude. Não é tão fácil ouvir verdades sobre você, mesmo que seja em um contexto de brincadeira.

— Você tem razão! — Forcei o riso — Preciso desligar, Chace. Boa reunião para você! E não se esqueça de ficar longe de qualquer gata loira e alta. — Dando o assunto por encerrado, fiz que ia desligar e ouvi sua voz quando ele berrou do outro lado da linha.

— Espera! Você não vem mesmo?

— Não dá, Chace! Eu... Eu estou até de camisola! — Sorri em alívio por não estar mentindo. Dessa vez.

— Bom, neste caso, é melhor você ir dormir. Não faria bem para a minha reputação carregar você por aí em seus pijamas de natal.

Soltei outra gargalhada, mas em um tom sincero dessa vez. Nos despedimos com a promessa de que voltaríamos a sair juntos como costumávamos fazer antes de a minha vida social ser esmagada por um caminhão de melodrama e sentimentos confusos.

A ligação de Chace me fez ter a confirmação de que precisava para seguir com meu plano e isso foi um estímulo e tanto. Ed estava mesmo sozinho em casa e eu já pronta para fazer a maior loucura da minha vida.

Com as mãos enfiadas nos bolsos do sobretudo, disparei pelo corredor e dei alguns toques na porta. Não suportaria mais um segundo daquele drama.

Não demorou muito até que Ed abrisse a porta. Ele levou alguns segundos até a minha presença ali fizesse algum sentido e, pela expressão confusa em seu rosto, era bem provável que ele não tivesse chegado a uma conclusão.

— Leighton? — Ele disse com a porta semiaberta a sua frente, sem ao menos se dar ao trabalho de sair de trás dela.

— Ah, Ed... — Suspirei aliviada e surpresa por me sentir tão ansiosa por tocá-lo — Oi! Graças a Deus! — Avancei em sua direção, empurrando a porta que ele segurava e me joguei sobre ele, sem me importar com seu olhar repreensor. Sabia que se permanecêssemos ali nos encarando, iniciaríamos uma nova briga e eu não queria mais brigar. Os últimos dois dias já haviam sido suficientes para nos atormentar.

— Não, Lei... Leigh! Espera! — Ele bradou, tentando me impedir com as mãos sobre os meus ombros. Mas já era tarde. Nossos corpos já ocupavam o mesmo espaço e eu havia coberto sua boca com um beijo fervoroso. Desprendi o zíper do sobretudo de tecido fino e deixei-o cair, lentamente, enquanto seus olhos passeavam por minha pele descoberta e me aqueciam por dentro.

Voltei a beijá-lo quando me vi livre da peça mais quente, dando lugar a um belo vestido de seda com alças quase invisíveis e renda nas laterais, na cor preta, que era curto o suficiente para dar acesso livre aos prendedores da cinta-liga que sustentavam as meias finas no estilo arrastão. Ed vestia calças de moletom e camiseta. Seus cabelos estavam úmidos como se tivesse acabado de sair do banho. Ele cheirava a shampoo masculino e loção pós barba e isso fazia todos os meus instintos mais profundos se apurarem. Eu poderia esquecer tudo que havia acontecido entre nós por uma noite, porque o desejo era mais forte do que qualquer aversão. Ele era capaz de ultrapassar todas as camadas do orgulho e me deixar imune, entregue e completamente desarmada só pra ele. Eu não tinha mais defesas quando as mãos dele estavam sobre mim e seus lábios sobre os meus. Eu só queria acabar com aquela espera.

— Precisamos conversar! — Ele se afastou um pouco mas não conseguiu afastar as mãos que deslizavam sobre os meus braços enquanto ele analisava a libertina camisola delicada com muita atenção.

— Não quero conversar, Ed. Eu estou usando fio dental por baixo dessa camisola e realmente preciso me livrar disso agora! — Puxei-o pela barra da camisa até acabar com toda a distância entre nós e mordi a ponta da sua orelha esquerda, vendo-o perder as defesas por alguns segundos.

— Leigh! — Ele protestou em tom baixo, como se guardasse um segredo. A batida da música agitada que tocava ao fundo foi substituída pelo tom grave da entrada de One, da banda U2.

"Is it getting better?
Or do you feel the same?
Will it make it easier on you now
You got someone to blame?"

— Ed! — Empurrei-o de leve contra a parede — Chega, para de arrumar desculpas! Eu vim para me desculpar e estou passando por cima do meu orgulho por você. Não estraga isso, tá? — Depositei um beijo demorado em seus lábios entreabertos, o impedindo de continuar a falar, enquanto a música embalava o momento em uma melodia perfeita.

"You say one love, one life
When it's one need in the night
One love, we get to share it
Leaves you, baby, if you don't care for it"

Sentindo suas defesas se esvaírem, puxei-o para fora do hall de entrada que dava acesso à sala principal, decidida a deixá-lo conduzir as coisas a partir dali.

— Ei, não! — Ele apertou de leve a minha mão, me puxando de volta. — O Chace...

— Qual é o problema, Ed? O Chace não vai se importar se guardarmos esse segredinho. Eu também menti pra ele, mas e daí?

— Esses caras aqui também são ótimos! — Me calei quando vi Chace erguer um CD de capa preta com apenas algumas letras em itálico no canto inferior para a convidada que tomava seu Martini relaxada sobre o sofá de couro e sorria para ele.

— Leigh, espera! – Ele puxou o meu braço, mas era tarde.

— Segredinho? — Chace logo notou a minha presença e, por mais que estivesse bastante entretido em seu assunto, não pôde deixar de escutar a minha última frase que coincidiu de ressoar no exato momento em que a música parou.

Com certeza, nada haveria me preparado para aquele vexame e para a cena que encontrei ao adentrar o espaço. E não era por Chace estar no apartamento, que era dele, e sim, por perceber que a convidada era, na verdade, a Jessica. A mesma Jessica que havia feito tudo isso começar.

De repente, tudo voltou a se encaixar. Eu não estava mais assustada com a ameaça que recebi do Flagre se puder, depois que percebi que ela tinha potencial para fazer parte disso, mas ela estava dando as caras para garantir que eu implorasse pelo fim daquilo. Era baixo demais, até para ela.

— Leighton, o que você faz aqui e... vestida assim?! – Chace caminhou em minha direção apontando para o meu desavergonhado look e me encolhi de vergonha, imaginando se aquilo tinha como piorar.

— Eu sabia! — Jessica explodiu, pulando do sofá com um sorriso vitorioso.

— Chace...? Jessica? Oi. Eu não esperava encontrar vocês aqui!

— Ei, espera, Leigh. Você disse que estava indo dormir, como surgiu aqui tão depressa e que segredo é esse? Então é verdade o que estão falando? — Tentei preparar um contra-argumento, mas a situação se tornava ainda mais embaraçosa a cada segundo e eu sentia que poderia piorar tudo se abrisse a boca, então preferi me calar. As lágrimas já estavam próximas de brotarem nos cantos dos meus olhos e a decepção já se mostrava notória no meu olhar.

"Did I disappoint you?
Or leave a bad taste in your mouth?
You act like you never had love
And you want me to go without"

— Conta pra ele, Leigh! — Ed finalmente declarou algo, pousando, delicadamente, uma mão sobre o meu ombro, em um ato encorajador.

— O quê? — Estreitei os olhos para ele, me afastando um pouco até não sentir mais o seu toque sobre minha pele.

— Ela está fazendo aulas de... – Ele estalou os dedos como se precisasse se recordar e me deu um empurrãozinho sútil. Eu sabia bem o que aquilo significava. Era o nosso código para começar a ação.

— De Pole Dance...

— Como? — Chace retrucou, reprimindo uma risada surpresa.

— Eu não queria contar para ninguém. — Continuei, me retirando de perto do radar de Ed. — Porque isso é pouco embaraçoso... — Andei até o centro da sala, arrependendo-me for escolher saltos tão finos e puxando a camisola para baixo, tentando, em vão, acabar com aquele constrangimento. — Mas o Ed descobriu e... — Suspirei dramaticamente — Agora ele se tornou minha principal testemunha!

Chace transferiu o olhar de Ed para mim e sacudiu a cabeça, dividindo-se entre a compreensão de absurdo e decepção por ter ficado de fora mais uma vez.

— E como foi a apresentação de hoje? – Ed retomou o assunto com a naturalidade de antes, ignorando os meus olhares odiosos em sua direção. — Você não veio aqui para falar sobre isso?

— Ahm... sim. Foi ótima! — Sorri, dando uma olhada rápida na coleção de fotos de Ed que havia ganhado um novo item.

— É, eu posso ver! — Ele apontou para o meu vestido e, de repente, eu me senti imensamente mais exposta quando percebi o olhar de Jessica atento aos meus movimentos, pronto para me ver desiquilibrar e cair de cara.

— Isso é ridículo! — Ela objetou sem sucesso.

— Então era isso que você queria dizer sobre a Leigh? — Chace reviveu o assunto, voltando-se especificamente para Ed.

— Touché! — Ed retrucou rapidamente. Ele parecia ter o controle sobre a situação e isso demonstrava mais uma vez o quanto suas habilidades de pretensão estavam se tornando mais aprimoradas. Aquilo aumentava minha insegurança.

"Well, it's too late, tonight
To drag the past out into the light
We're one, but we're not the same
We get to carry each other, carry each other"

— Você tinha algo a dizer sobre mim? Você não sabe guardar segredos? — Poderia ser uma pergunta de sentido duplo se nós dois não soubéssemos qual era a única verdade nos circundando. Só havia um assunto sobre mim pendente naquela história: ele ia revelar a Chace o nosso segredo.

Eu estava enganada, aquilo podia piorar.

— Leigh, eu não quis...– Ed tentou se explicar, mas se absteve ao perceber que o que quer que ele dissesse não faria tanto sentido, levando em consideração o fato de termos telespectadores.

— Agora você esconde segredos de mim? — Chace levou uma mão ao peito, ofendido.

— Desculpa, Chace. Eu não devia nem ter confiado no Ed para começar!

— Me desculpe, Leigh. — Ed tentou mais uma vez.

— Não! Deixa pra lá, Ed. Isso não importa agora. Eu vou... Eu vou... – Respirei o mais fundo que pude ao perceber minha voz soar embargada – Estou indo nessa! Estou exausta da apresentação de hoje. – Engoli toda a vontade de desabar ali mesmo e caminhei de cabeça baixa de volta ao lugar onde Ed e Chace estavam.

— Você pode ficar se quiser, Leigh. — Chace falou, ainda completamente perdido por ali — Eu voltei aqui para buscar uma coisa que havia esquecido e já estava de saída novamente, mas posso ficar, se você quiser!

— É... e nós vamos adorar saber sobre a sua apresentação de Pole Dance. – Jessica surgiu entre nós, balançando sua bebida com tanta vontade que era como se ela pudesse de comemorar a minha humilhação com um brinde – Leighton Meester, quem te viu e quem te vê! Estou impressionada!

— Pois é, Szohr. As pessoas mudam! — Lancei um olhar de repúdio e ela deu de ombros, finalizando sua bebida em um único gole — Infelizmente, terá de ficar para uma próxima. Chace, você pode voltar para a sua festa! Na verdade, acho melhor nós dois irmos, não vamos ficar aqui e interromper o que estava acontecendo. — Alfinetei em tom ácido e todos os olhos ali se cruzaram — Tenham uma boa noite!

— Eu te acompanho! — Ed imediatamente se prontificou e me escoltou de volta ao hall que dava para a entrada principal.

— Tira a mão de mim, Ed! Eu conheço a saída... — Abri a porta rapidamente, com pressa em me livrar de seu toque.

"Have you come here for forgiveness?
Have you come to raise the dead?
Have you come here to play Jesus
To the lepers in your head?"

— Leighton, eu sinto muito por essa situação estarrecedora, eu não quis...

— Você é um completo imbecil! —  O interrompi veementemente — Como pode fazer isso comigo? Primeiro, eu fico sabendo que você foi almoçar com alguém e mentiu sobre ser a Hanna, depois eu vejo uma mensagem da Jessica confirmando um encontro justamente para o dia que você disse que estaria ocupado e que, por acaso, é hoje. Então, eu decido te dar outra chance e você retribui recebendo essa coisa na sua casa mesmo sabendo que ela foi a causa de tudo isso? — Franzi o cenho e pressionei a testa com uma mão.

— A Jessica mandou mensagem? Pera aí... o quê? – Ele balançou a cabeça com os olhos semicerrados – Leigh, não é nada disso! Me deixa explicar tudo. Você entendeu errado!

— Você não precisa dizer nada! Eu nem devia estar aqui para começar. Nosso assunto já estava encerrado e eu só estou piorando as coisas. Adeus, Ed! — Virei-me de costas para ele e deixei que uma lágrima quente corresse sobre minha bochecha.

— Leighton, espera! – Ed me alcançou quando apertei o botão do elevador e que chegou no mesmo momento, colocando a mão sobre a abertura para impedir que a porta se fechasse. Ele respirou fundo e me encarou com um olhar espantoso.

— O quê? – Me voltei para ele, engolindo o sabor salgado das lágrimas que já eram demais para serem contidas.

— Seu casaco! — Ele estendeu a mão em que segurava a peça. — Você esqueceu. — Ele apenas entregou-me o objeto e voltou ao seu apartamento, ignorando qualquer reação advinda da minha parte.

"Did I ask too much, more than a lot?
You gave me nothing, now it's all I got
We're one, but we're not the same
Well, we hurt each other, then we do it again"

Meus lábios estavam trêmulos, enquanto eu me esforçava bastante para mantê-los pressionados e evitar demonstrar a fraqueza que me acometia.

— Não ouse me ligar! – Gritei sem me importar com a ética condominial.

— Não se preocupe. — Ele murmurou entredentes e foi tudo que ouvi antes de nossas portas se fecharem.

Você se afasta e eu chego mais perto. E tudo em nós fica despedaçado.
Tão complicado...

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Capítulo 40: Your love is a drug

I wish you a Merry Christmas!

Nay :))

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