SPOTTED: Behind the Gossip (...

By naymeestwick

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Uma fanfic sobre a vida real nos bastidores de Gossip Girl. Ed Westwick e Leighton Meester de um jeito que vo... More

Before the reading
Prólogo - Welcome to New York
Capítulo 1 - With me
Capítulo 2 - Girls just wanna have fun!
Capítulo 3 - Bad News, Meester
Capítulo 4 - Lose all control (Parte 1)
Capítulo 5 - Our first time
Capítulo 6- Lose all control (parte 2)
Capítulo 7 - Entitled mine
Capítulo 8 - Elastic heart
Capítulo 9- NYC - Gone, gone
Capítulo 10 - 4 in the morning (versão estendida)
Capítulo 11 - Two is better than one
Capítulo 12 - The words
Capítulo 13 - I can't say THE WORDS because my HEART IS OF STONE
Capítulo 14- Crazy! (Versão estendida)
Capítulo 15- Leighton Meester must fight!
Capítulo 16 - City lights
Capítulo 17- Dangerous woman
Capítulo 18 - All night
Capítulo 20 - Trading Time (parte 1)
Capítulo 21 - Trading time (parte 2)
Capítulo 22 - Run away
Capítulo 23- Help!
Capítulo 24- Dark Night
Capítulo 25- Unwritten
Capítulo 26- The Meester Hit Project
Capítulo 27- Photograph (versão estendida)
Capítulo 28 - Only thing I ever get for Christmas*
Capítulo 29- Remember the daze
Capítulo 30 - Shut up and drive*
Capítulo 31 - Prom Queen
Capítulo 32- We are stars
Capítulo 33 - Empire State of Mind
Capítulo 34 - Sweet
Capítulo 35 - She will be loved
Capítulo 36 - Hurricane
Capítulo 37 - Hurts like heaven
Capítulo 38 - Hurts good
Capítulo 39 - Hurts so good!
Capítulo 40 - Your love is a drug*
Capítulo 41 - Pillowtalk
Capítulo 42 - New York's best kept secret
Capítulo 43- I knew you were trouble
Capítulo 44- Do I wanna know?
Capítulo 45- Serendipity
Capítulo 46 - Happy (blackest) day!
Capítulo 47 - I see you (versão estendida)
Capítulo 48 - Someone New
Capítulo 49 - Dive
Capítulo 50 - The ice is getting thinner
Capítulo 51 - Gravity
Capítulo 52 - Good girls go bad
Capítulo 53 - Lost in reality
Capítulo 54 - Lust for life *
nota de esclarecimento
Capítulo 55 - Stay or leave
Capítulo 56 - No new tale to tell
Capítulo 57 - Send my love to your new lover
Capítulo 58 - New York, I love you but you're bringing me down
Capítulo 59 - Burn the pages
Capítulo 60 - Beautiful people, beautiful problems
Capítulo 61 - Back to you
Capítulo 62 - Broken arrow (versão estendida)
Capítulo 63 - Blue afternoon
Capítulo 64 - Die for you
Capítulo 65 - Radar
Capítulo 66 - Flesh without blood
Capítulo 67 - Rose-colored boy

Capítulo 19 - Fire meet gasoline*

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By naymeestwick

⭐️VOTEM⭐️

Tradução: O fogo encontra a gasolina

"Então venha e risque o fósforo agora. Combinamos perfeitamente. Somos perfeitos de algum jeito. Fomos feitos um para o outro. Se aproxime um pouco mais"
(Sia, Fire meet gasoline)

Leia e escute a música que está fixada no topo da página.

Atenção:
Alto teor de conteúdo adulto
(hot chapter)

***

—Vamos sair daqui, Leigh. Chega dessa loucura! — Ele sussurrou em meu ouvido, com a respiração pesada.

— Ed... — Eu estava tão extasiada que mal podia criar uma frase sensata.

— Nós vamos ficar bem! — Ele afastou-se e encarou-me. As portas do elevador se abriram, como em um passe de mágica, e ele me puxou para dentro, antes que ela voltasse a se fechar.

— Para onde estamos indo?

— Suíte para dois!

— Você já tinha tudo planejado? — Ergui uma sobrancelha.

— Não! Eu já teria de ficar no hotel de qualquer jeito. Nosso apartamento está sendo dedetizado.

— Pela quantidade de baratas que Chace carrega lá para dentro, não duvido nada...

— Leighton, você vai querer falar sobre isso mesmo? — Ele posicionou-se atrás de mim e sussurrou em meu ouvido, enquanto seus dedos desciam, lentamente, pelos meus braços.

Virei-me para encará-lo e não consegui resistir o impulso de beijá-lo. Ele inclinou-se para frente e pressionou os lábios suavemente contra os meus. Fechei os olhos lentamente, desfrutando do prazer instantâneo que a sua língua me proporcionava. Ele parecia não ter pressa. Os movimentos lentos com a boca convidavam-me a experimentar uma sensação diferente a cada novo toque.

O beijo tornou-se mais profundo quando a vontade de tê-lo falou por mim, me fazendo puxá-lo para perto. Nossas respirações aceleravam-se e eu não sabia por quanto tempo conseguiria manter-me comportada.

"It's dangerous to fall in love
But I wanna burn with you tonight
Hurt me"

Quantos andares há nessa porra? — Sussurrei com a voz rouca, enquanto ele devorava minha nuca com leves sucções.

— A gente não precisa esperar chegar. — Ele ergueu um pouco a cabeça, esperando por alguma resposta. Eu apenas sorri e beijei-o novamente, afundando minhas mãos em seus cabelos.

Com um movimento rápido, ele deslizou a palma da mão por dentro do vestido, fazendo-me estremecer ao sentir seu toque. Quando ele alcançou minha cinta-liga, arfou, afastando-se por meio milésimo de segundo. Em seguida, segurou-me pelas nádegas e me ergueu, apoiando-me sobre a parede espelhada. Soltei um grito baixinho e envolvi-o com as pernas, deixando que ele controlasse a intensidade dos movimentos. Ele me beijou com mais impetuosidade, me deixando a ponto de implorar para tê-lo.

De repente, a porta se abriu e a claridade nos despertou. Olhamos, ao mesmo tempo, e vimos duas senhoras bastante distintas, que pareceram um tanto chocadas ao se depararem com aquela cena.

Ed voltou a olhar para mim, ainda mantendo-me sobre ele. Em seguida, me puxou para si, colocando-me deitada sobre seus braços, e moveu-se em direção à porta, recitando algumas palavras em algum que poderia ser considerado espanhol.

Mi amor, no conoce las reglas? Debemos consumir nuestro amor en la habitación!

Si?! — Franzi o cenho, concentrando-me ao máximo para não atrapalhar a cena com uma risada explosiva.

Ele comprimiu os lábios, fazendo o mesmo esforço para não rir em frente às senhoras, que ainda pareciam não acreditar no que estava acontecendo, quando ele passou por elas, carregando-me no colo.

— Latinos... — Uma das senhoras comentou para outra sem disfarçar.

— Sim. Eles são tão... quentes! — A outra comentou com um sorriso animado e acenou para nós, deixando a primeira em choque quando a porta se fechou.

— E não é que ela tem razão?! — Ed colocou-me no chão e surpreendeu-me com um beijo demorado.

— Sobre sermos latinos? — Ironizei, arqueando uma sobrancelha.

— Leigh... — Ele ameaçou falar algo a mais, mas contentou-se em apenas colocar uma mecha de cabelo meu atrás da orelha. Senti-me constrangida com aquele ato inesperado de carinho e projetei um sorriso tímido.

— Vamos! — Ele puxou-me pela mão e sacou o cartão de acesso para o quarto que estava bem a nossa frente.

— Então esse é o seu novo quarto? — Falei ao passar pela porta e joguei minha clutch em cima da mesinha que havia no hall de entrada. O quarto era espaçoso e todo decorado em tons de bege. À direita havia uma pequena saleta com um sofá pequeno e uma poltrona, ambos na cor marrom e com listras brancas. As luzes de Nova York pareciam fazer parte da decoração, refletidas através da cortina transluzente. À direita, havia uma cama espaçosa e convidativa, forrada com lençóis acetinados em um tom dourado. Era o ambiente perfeito para uma trégua.

— Por uma noite pode ser nosso! — Ele passou por mim jogando a chave na cômoda que ficava ao lado esquerdo, de frente para a cama.

"Nosso" — Repeti mentalmente, tentando imaginar por que ele fazia tanta questão de pluralizar as coisas.

— De onde você tirou esse espanhol? Ainda não consigo acreditar! — Sentei-me na poltrona e arranquei os sapatos, jogando-os para longe, e fechei os olhos ao sentir o alívio de finalmente pisar em terra firme.

— Tem muitas coisas que você não sabe sobre mim. — Ele sentou-se na beira da cama com os braços jogados para trás.

— Segredos? — Levantei-me e caminhei até ele, pisando com cuidado no chão.

— Não. Apenas duas semanas da Espanha. — Ele passou língua pelo lábio inferior e sorriu.

— Pelo seu sorriso, acho que as aulas foram apenas particulares.

— Não posso negar... — Ele deu um sorriso de lado e jogou o corpo um pouco mais para trás.

— Ok, Chuck Bass. Que tal pularmos essa parte? — Envolvi-o pelo pescoço e inclinei-me.

— Não se preocupe, sempre preferi as latinas... — Ele olhou para cima e fitou-me com um sorriso único.

— Você é esperto! — Falei, me jogando sobre ele, que arqueou o corpo para trás, puxando-me consigo com as mãos espalmadas sobre as costas nua do meu vestido.

Deslizando-as para cima e para baixo, ele me beijava com voracidade, mantendo nossos corpos perfeitamente encaixados, enquanto desfrutávamos de um momento de descoberta. Nossas mãos percorriam o corpo um do outro com tranquilidade, explorando cada linha, como se tivéssemos todo o tempo do mundo só para nós.

"There's two of us
We're certain with desire"

— Senti falta disso. — Ele falou, enquanto deslizava as os dedos pelo único botão do meu vestido, abrindo-o com bastante calma.

— E você quase colocou tudo a perder...

Ele me segurou pela cintura e girou meu corpo, colocando-o sobre a cama e apoiou o seu, gentilmente, sobre o meu.

— E você acha que pode confiar em mim agora? — Ele beijou o meu pescoço, tentando se livrar do meu vestido.

— Por que pergunta isso? — Ergui os olhos e encarei-o, enquanto ele estava concentrado em se livrar do vestido colado.

— Porque você nunca confia! — Ele levantou a cabeça quando finalmente conseguiu retirar a parte de cima da minha roupa.

— Não estraga tudo, Ed! — Empurrei-o para o lado e levantei, pressionando o vestido contra os seios.

— Leigh, não precisa fazer isso.

— Claro que preciso! Se eu não confio é porque você não me dá motivos.

— Não é você que sempre diz que nós não temos nada? Por que faz tanta questão?

— Aonde você quer chegar com essas perguntas tendenciosas?

— A algum lugar sólido, eu espero. Preciso saber o que temos, Leigh!

— Nós temos tudo, Ed! Tudo que quisermos. Eu posso te dar o que você desejar...

— O que você está querendo dizer? — Ele franziu a testa e encarou-me com os olhos semicerrados.

— Estou falando de sexo. Não é óbvio?

— Leigh... — Ele balançou a cabeça.

— Você pode ter tudo! — reforcei e, aproximando-me dele, comecei a despir-me, novamente, com movimentos lentos, como em uma strip-tease. — Isso não te parece mais interessante? Podemos estar juntos, podemos fazer o que quisermos. Sem pressão. Sem amarras! — Lancei-lhe um olhar perigoso seguido de um sorriso malicioso quando o vestido caiu sobre os meus pés, revelando a lingerie toda em renda, na cor preta, escolhida a dedo, na esperança de que ele pudesse vê-la.

"The pleasure's pain and fire
Burn me"

— Leighton... — Ele disse com a voz rouca, parecendo um pouco desnorteado.

— Qual é a sua escolha, Ed? Vai preferir continuar fazendo perguntas?

— Leighton, não é isso que eu quero! — Ele levantou-se e caminhou para o outro lado do quarto até entrar no banheiro. Sem compreender aquela atitude, olhei para o meu próprio corpo, sentindo-me envergonhada por um momento.

— Se você acha que tudo que passamos até hoje serviu apenas para isso, está enganada. — Ele continuou a falar, caminhando de volta em minha direção com um roupão que ele usou para me cobrir.

— Por que você está fazendo isso? Estávamos prestes a... O que deu em você?

— Porque não é assim que eu quero que seja esse momento. — Ele segurou meus ombros de leve.

— Você é um idiota, Ed! — Soltei-me dele e joguei-me na cama, cruzando os braços com uma expressão contrariada.

— Você tem razão, eu sou. E é sobre isso que eu quero falar com você!

— Agora que você quebrou o clima... fique à vontade. Vai pedir um chá também? — Bufei, impaciente.

Ele riu e sentou-se na ponta da cama.

— Eu não quero que você espere muito de mim. Mas eu preciso que você confie!

— Por que tudo isso?

— Porque eu passei por umas fases complicadas e eu posso te garantir que, em muitos momentos, eu me odiei pelas escolhas que fiz. Eu sei que, pela forma como eu expresso meu sentimento pra você, você pode chegar a acreditar que eu sou um cara bom. Mas eu não sou! Ou, pelo menos, não era...

— O que você quer dizer com isso?

— Leigh, eu já estive com várias garotas. E eu não quero que você aja como se fosse mais uma, porque você não é! Eu quero que você veja sua importância e o quanto isso é relevante para mim!

— Aí vem o papo de "vamos com calma" de novo... Você está se contradizendo!

— Eu sei o que disse mais cedo! Mas o que eu quis dizer com aquilo foi que eu estou cansado de ir com calma para ter você. Quero fazer apostas mais altas.

— Já disse que você me tem!

— Não desse jeito. Eu não quero te possuir, Leighton. Eu quero que você seja minha!

Parei por um momento e ergui a cabeça, ele sempre conseguia dizer as palavras certas, nos momentos certos, me deixando completamente sem reposta ou reação. Era difícil, para mim, viver algo tão intenso e profundo. E aquilo estava me enlouquecendo. Acho que havia perdido o senso de cavalheirismo em algum momento da minha vida e estava o tempo todo armada para uma possível decepção.

— Você torna tudo mais difícil! — Baixei os olhos novamente e encarei minhas pernas cruzadas.

— A culpa é sua! — Ele sorriu com carinho.

— Ah, e eu posso saber o motivo de ser culpada por algo que você idealizou sozinho?

— Porque toda vez que eu olho para você... — Ele arrastou-se para o lado, aproximando-se de mim até que seus olhos encontrassem os meus. — eu vejo a mulher que eu sempre sonhei.

— Ed... — Projetei um sorriso quase maternal — Você está exagerando!

— Shhh. — Ele segurou-me pela mão e levantou-se, puxando-me consigo. — Não me culpe por ser um louco apaixonado.

— Põe louco nisso!

— Leigh, se você esqueceu ou desconhece a palavra sentimento, quero que você saiba hoje!

Abri a boca para balbuciar algo, mas ele fez com que eu perdesse a fala quando girou-me em um movimento rápido, colocando-me a sua frente e envolveu-me com delicadeza. Meu corpo reagiu ao seu toque, fazendo minhas perdas ficarem fracas apenas com o seu abraço.

"So come on now
Strike the match
Strike the match now"

— Leigh, você é a mulher mais linda que eu já vi! — Ele sussurrou em meu ouvido. Em seguida, afastou o roupão, que eu vestia, com calma e delicadeza, mas que cobriam o ombro e a nuca, enquanto beijava cada nova parte do meu corpo que mostrava-se desnuda.

— Isso não te parece um pouco clichê?

— Eu consideraria como um clássico.

"We're the perfect match
Perfect somehow"

— E o que te fazer ter certeza de que toda a beleza do mundo está sobre mim?

— Porque a sua beleza brota da sua alma e reflete em seus olhos. Você tem algo esplêndido aí dentro, mas você se nega a ver. — Ele girou-me de volta para si, respirou fundo e soltou o ar com força, quando analisou-me da cabeça aos pés. — Leigh... — Puxou-me para junto dele, fazendo nossos corpos se encaixarem como duas peças de um quebra-cabeças e olhou-me nos olhos.

— Eu não sou esse anjo de luz que acha que viu em mim. — Provoquei, tentando ignorar o fato de nossos corpos parecerem apenas um e seus lábios avermelhados estarem a milímetros dos meus. Ele manteve-se parado por um momento, analisando cada traço do meu rosto, como se tentasse entender o que se passava dentro de mim.

— Você só acha isso porque está acostumada a ser tratada como nada! — Eu ficaria ofendida com a escolha de palavras, mas ele estava completamente certo. Eu havia perdido a minha essência há muitos anos atrás, quando deixei a minha inocência nas mãos de uma pessoa que me fazia mal e se orgulhava disso. — Mas você precisa saber que isso não vai acontecer enquanto você estiver comigo. Seja lá o que te fizeram no passado, eu quero que você esqueça hoje! Quero que você jogue fora tudo que te machuca.

— O que disseram a você? — Falei, assustada. Ele dizia como se soubesse de tudo.

— Ninguém precisa me dizer algo que está estampado na sua testa, Leighton. Você está machucada. Você mesma me disse. Eu quero te ajudar. — Ele segurou o meu rosto com as duas mãos e pressionou os lábios contra os meus com bastante cuidado.

— Então, é só passar mertiolate? Minhas feridas não são externas, Ed!

— Então eu mergulharei no fundo da sua alma.

— Ed, você fez curso intensivo de poesia com a personificação de Shakespeare? Ou passou a sua semana acampado no portão do Palácio de Buckingham? Essa é a vida real, não um conto de fadas!

"You are what you are
I don't matter to anyone"
(Lana Del Rey, Terrence loves you)

— Eu me importo muito com você!

— Não deveria.

— Leighton, vou tentar ser mais claro.

— Por favor! Há muito álcool no meu sangue nesse momento. Não estou em condições para decifrar metáforas.

— Você tem medo de se apaixonar e se machucar de novo. Está tão decepcionada que prefere fechar os olhos para tudo isso. Você precisa se dar uma nova chance. Vamos começar do zero! Apenas eu e você. Sem mentiras e corações partidos.

— Pensei que já tivéssemos combinado isso na semana passada.

— Não é a esse reinício que estou me referindo.

— Então seja mais claro!

— Eu quero ser o seu primeiro homem!

— Em que vida isso é possível?

— Na sua nova vida... a vida que você passará a ter se disser que você quer isso.

— Deixa eu ver se entendi... Você está falando de ignorar todos os outros caras que passaram pela minha vida?

— É exatamente isso! Do primeiro ao último. Inclusive a mim. Faça de conta que tudo está começando hoje. Você tem a chance de decidir se vale a pena dar esse passo, mesmo sabendo que você pode se arrepender pelo resto da sua vida. Você conhece os riscos e não pode ignorá-los. Está em suas mãos. O que você quer para sua vida daqui pra frente?

— Eu... — Baixei os olhos, sentindo-me confusa e maravilhada, ao mesmo tempo — Eu... quero tudo que a vida puder me oferecer desde que você esteja nela.

— E você quer recomeçar comigo?

Ed não tinha noção do quanto aquilo era significativo para mim. Durante grande parte da minha vida, procurei respostas para as escolhas erradas que fiz. Eu sempre fui o tipo de garota que dizia sim quando, na verdade, queria dizer não. Se eu tivesse dito não há alguns anos, não precisaria estar me obrigando a dizer isso, agora, que eu queria dizer sim. Sempre sonhei com uma segunda chance ou um recomeço, mas nunca imaginei que pudesse ser dessa forma. Aquela era atitude mais que corajosa que alguém tinha tomado por mim. Ele merecia esse voto de confiança da minha parte.

Meus olhos se encheram de lágrimas e eu despejei-as em seu ombro. Ele imediatamente apertou-me contra seu peito, encostando o queixo em minha cabeça.

— Eu não entendo. Por que você está chorando? — Ele deu um passo para trás e segurou meu queixo com uma mão. Eu pisquei algumas vezes, tentando me livrar das lágrimas que faziam minha visão ficar turva.

— Porque eu nunca tive tanta certeza de algo na minha vida. — Aspirei todo o ar que pude em menos de dois e segundos e fechei os olhos com força. — Me beija, Edward — Implorei sem me importar com a voz embargada pelas lágrimas.

"We were meant for one another
Come a little closer"

Parecendo um tanto confuso, ele tocou meus lábios de leve com os seus e pressionou-os por longos segundos, ainda mantendo meu rosto em suas mãos macias. Ele deslizou as duas mãos até o meu roupão e passou por toda a extensão do meu corpo até chegar a minha cintura. Enfiei a mão por baixo de sua blusa e pude sentir o calor de sua pele macia. Ele tinha o poder natural de fazer com que eu me sentisse segura e confortável nos braços dele. Às vezes eu tinha a impressão de que o conhecia a vida toda. Nossa conexão era natural, era intensa, era viva. Eu me sentia viva.

"Flame that came from me...

Não contendo-me em apenas acariciá-lo, afastei-me um pouco e puxei sua camisa de uma vez. Ele sorriu e, com um movimento ágil, livrou-se do meu roupão, jogando-o para longe.

Ele examinou-me novamente e eu puxei-o para outro beijo voraz. Ele passou a unha pela minha perna, com tanta vontade, que a rasgou a meia que eu vestia.

— Eu não vou me desculpar por isso.

— Eu não ia precisar delas mesmo. — Sorri.

...Fire meet gasoline
Fire meet gasoline..."

Ele me agarrou com força e envolveu-me em um beijo lento e profundo, que nos permitia explorar um ao outro apenas com o toque da língua. Ele desceu os lábios até o meu pescoço e meus olhos se fecharam diante do prazer inebriante que invadiu o meu corpo. Segurando-o pelo cabelo, mordi sua orelha. Ele ergueu a cabeça, com os dentes cerrados e encarou-me com o olhar de um predador. Eu abri o botão de sua calça com força e ele arrancou o resto, revelando uma cueca boxer vermelha, apertada nos lugares exatos. Sorri e encarei o contorno de seus lábios. Ele beijou-me novamente e quando eu mordi de leve seu lábio inferior, ele soltou um gemido reprimido de prazer que envolveu minha alma como um abraço apertado.

Ele apertou meus quadris, remexendo inquietamente o corpo junto ao meu, com a respiração ofegante.

— Estou pronta!

"I'm burning alive"

Ele projetou um sorriso desavergonhado e puxou-me com força para si, arrancando meus pés do chão, enquanto me carregava até a cama.

Caí de costas sobre o colchão com Ed por cima de mim. Ele apertou o botão de um controle que estava sobre o criado mudo e todas as luzes se apagaram, com exceção de uma secundária, que dava ao ambiente parecer estar à luz de velas.

Em seguida, ele buscou meu olhar e, ao encontrar, fixou seus olhos nos meus. Respirei profundamente quando vi as luzes dos prédios que nos cercavam refletir em seus olhos. Era como se eu pudesse reviver todos os passos da minha vida que levaram-me até aquele momento.

— Qual é a sua certeza, Leigh? — Ele disparou com a voz grave, como se soubesse sobre o que os meus pensamentos se tratavam.

— Sobre o quê? — Estreitei os olhos. Naquele momento, eu não saberia dizer nem quanto era 2+2.

— Me refiro ao que você acabou de dizer, sobre estar mais certa do que nunca.

— Ah... — baixei os olhos — É porque é o que eu quero!

— E o que você quer, Leigh? Por que você quer? Por favor, me mostre que você se sente segura.

— Eu quero você!

— Você tem certeza?

— Para com isso, Ed. Eu não sou fisicamente virgem há muito tempo!

— Não é bem isso que eu estou querendo dizer. — Ele deslizou os dedos até a alça do meu sutiã e arrastou-a com cuidado. Ele beijou meu ombro e levou os lábios até o contorno dos meus seios, fazendo minha pele eriçar-se ao sentir sua barba por fazer roçar minha pele.

— Eu quero, Ed. Eu quero muito isso. Você está me deixando maluca! — Falei, completamente sem força na voz, quando seus dedos habilidosos alcançaram minha calcinha.

"I can barely breathe
When you came after me"

— Por quê? Me dê um motivo! — Ele disse, traçando uma linha reta com beijos ao longo da minha barriga.

— Porque eu estou completamente apaixonada por você!

Ele paralisou por um instante. Eu também surpreendi-me com aquelas palavras. Eu poderia dizer qualquer coisa para tê-lo dentro de mim naquele momento, mas isso não estava no meu planejamento. Embora as palavras tivessem permeando meus pensamentos durante toda aquela semana.

— Você está? — Ele disse com a voz embargada. Seus olhos brilhavam.

Ai, meu Deus! Ele ia chorar?

— E não sei se é possível gostar tanto de alguém assim. Porque não faz nem tanto tempo que a gente ficou pela primeira vez e eu já não posso suportar a ideia de passar uma semana sem te ver de novo. Eu não sei se isso é possível ou lícito, mas quanto mais eu te tenho, mais eu te quero. E eu não posso mais conter isso! — Continuei, sem pausas e sem pensar no peso daquelas palavras. Só precisava tirar aquele peso de mim.

— Shhh... — Ele pousou o dedo indicador nos meus lábios e me beijou antes que eu pudesse falar mais alguma coisa. Uma lágrima escorreu pelo meu rosto, dando àquele beijo um gosto salgado e, ao mesmo tempo, incrivelmente doce pelo contato com os lábios dele.

— Ah, Leighton... — Sua voz rouca estava trêmula de emoção e isso fazia com que meus olhos ardessem.

Finalmente, ele retirou todas as peças de todos os tecidos que impediam nosso contato físico total. Aquelas eram as únicas barreiras que ainda nos separavam naquele momento. Meus seios tocaram sua pele nua, fazendo uma onda de calor se espalhar por todo o meu corpo. Fiquei completamente sem fôlego. Estava acontecendo... Nem nos meus melhores sonhos eu imaginei que isso pudesse voltar a acontecer um dia. A sensação que ele me provocava era inédita. Aquele era o meu voto de confiança na vida.

"I got all I need...

Meus lábios movimentavam-se desesperadamente, pressionando-o contra o meu corpo, como se ele pudesse desaparecer a qualquer momento. Sentia medo de estar vivendo um sonho.

— Ed, não me decepcione!

— Eu jamais machucaria você, Leighton. — Ele disse, abrindo espeço entre as minhas cochas com as pernas.

— Eu sei. — Em termos físicos, eu não tinha a menor dúvida. Mas, internamente, eu ainda não estava convencida de que Ed poderia compreender o que eu sentia. Tudo que eu havia passado e a forma meu coração havia se partido, ele só saberia se um dia tivesse sentido uma dor tão intensa quanto a minha.

— Me permita amar você! — Ele olhou em meus olhos, segurando meu rosto com as duas mãos.

...When you're here loving me"

— Eu posso transformar sua vida em um inferno. — Sussurrei, completamente sem forças para argumentar.

— Eu estou acostumado com o calor! — Ele disse, invadindo-me por completo e acabando com toda a distância que ainda havia entre nós, tanto física quando emocionalmente.

"Fire meet gasoline"

Uma onda elétrica tomou conta do meu corpo e eu soltei um grito, arrebatado, quando, juntos, chegamos ao ápice do prazer.

"Burn with me tonight
Burn with me tonight
Burn with me tonight"

E assim se sucedeu, durante todas as horas seguintes. Estivemos assim, entregues ao desejo e à paixão, no seu nível mais extremo de intensidade. O coração disparado. A dopamina sendo liberada a todo o vapor. Éramos dois em um. Sem reservas. Sem medo. Sem passado. Um livro em branco. Ambos com a guarda baixa, aproveitando aquele momento e desejando que ele fosse eterno.

Aquilo era tudo que eu poderia desejar para uma segunda primeira vez.

"But it's a bad bet. Certain death. But I want what I want, and I gotta get it. When the fire dies, dark in the skies. Hot ash, dead match. Only smoke is left."

"É uma aposta perdida. Uma morte certa. Mas eu quero o que quero e tenho de conseguir. Quando o fogo se apaga, a escuridão preenche o céu. Cinzas quentes, fim de jogo. Só restará a fumaça."

(Sia, Fire meet gasoline)

Como diriam os Beatles, "here comes the sun, duruduru" e eu vou dizer... está tudo bem!

Não percam o próximo capítulo! É o último do primeiro ciclo  <3

A partir do 21, uma nova vida os aguarda!

Não se esqueçam de votar, por favor! É muito importante para a evolução da história.

Muito obrigada pelo carinho de sempre. Amo vocês!

Ah, e não se esqueçam, mantenham os olhos bem abertos!

Beijinhos,
Nay M.

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