6 NÃO SOU DONA DO MORRO MAS SOU FILHA DO DONO

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  16 horas se passam até Sabrina dar entrada no próprio hospital com overdose. Bruna ficou louca ao notar o sumiço da amiga e o desmaio de Nicole. Não havia interferido até agora, mas não podia deixar aquilo ficar assim.
Os saltos da morena tilintavam pelo chão frio do hospital. Todos abriam espaço para ela, estava com um sobretudo preto e óculos escuros.
Encontrou Samanta em frente a sala que estavam fazendo lavagem gástrica com carvão ativado em Sabrina. Gustavo e mais dois médicos se encontravam lá discutindo a situação.
Bruna raramente ia ali, todos olharam para ela angustiados. Ela tirou os óculos escuros, tinha um olhar gelado, de puro ódio.
— Você tem vinte minutos para juntas suas tralhas antes que eu chute você pra fora daqui!
— O quê? — Sam gagueja.
— Bruna, o que ela fez? É uma ótima funcionária...— Gustavo intervém mas Bruna o corta.
— Se quiser manter o emprego é melhor calar a boca.
— Por que está me demitindo?
— Porque eu posso. Porque eu mando nessa cidade e em metade desse Brasil. Porque você é uma cobra e uma vadia também e a não ser que queira ser presa por tentativa de assassinato é melhor sumir da minha frente.
Bruna dá as costas e caminha em direção à saída do hospital. Ao colocar os pés pra fora seu celular toca.
— O que foi Nicole?
— Você e seus planos furados — ela ri do outro lado da linha — pode voltar pro resguardo, eu vou cuidar disso.
— Você?
— Depois daquela vagabunda me dopar você realmente achou que ia ficar por isso mesmo? Se toca Bruna, você já foi mais inteligente que isso. Eu vou fazer a vida dessa mulher um verdadeiro inferno.
— Eu não acho que Jesus iria gostar disso.
— Então pode dizer a Jesus, que a vadia voltou!