6 NÃO SOU DONA DO MORRO MAS SOU FILHA DO DONO

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  Depois de uma semana o movimento do hospital caiu, depois de duas voltou a subir e a maioria dos clientes eram elegantes, poderosos e cheios da grana. Sabrina sentia falta de poder sentir-se a vontade em seu próprio ambiente de trabalho. Bruna era tudo que os outros diziam e mais um pouco, melhorou cada centímetro daquele hospital, aparelhos, mais salas de atendimento, a CTI. No começo, acharam-na maluca por subir os preços do hospital, mas com tantas melhorias era impossível manter a preço de abacaxis. Cada dia que se passava ela ficava mais rica, investia em ações, projetos, comprava empresas falidas e colocava-as no topo.
Para Matheus as coisas cada vez ficavam piores, o salário atrasou, a chefe estava cada vez mais estressada, os impostos das dívidas da empresa subiam mais a cada dia de atraso. Foi quando um anjo brotou em sua vida.
— Arrume suas coisas — Ana diz, entrando sem nem bater.
— O que? Está me demitindo?
Ela ri e joga um envelope sobre minha mesa.
— Não. Acabei de vender a empresa, você vai trabalhar em outro endereço a partir de amanhã.
— Pra quem?
Ela ri e saí sem responder sua pergunta. Ele teria que ver com os próprios olhos. Ao abrir o envelope ele encontrou todo seu salário atrasado, riu aliviado erguendo as mãos pro céu. Parece que a vida decidiu sorrir pra ele, pelo menos uma vez.
Do outro lado da cidade, Bruna estava tendo ideias mirabolantes para aquele encontro, finalmente chegara o dia em que ele comeria o pão que o diabo amassou. O telefone tocou despertando-a de seus pensamentos.
— Alô?
— Que prazer ouvir sua doce voz Bruninha.
— Thiago, como sempre inconveniente.
— Velhos hábitos nunca mudam.
Ela sorri.
— A que devo a honra da sua ligação?
— Só estou comunicando que quero um carro pra me buscar daqui duas horas no aeroporto.
Ela não consegue conter um grito.
— Tá de brincadeira? Não se preocupe com isso.
— Eu sempre soube que você era louca comigo mas não precisa gritar.
— Vai se foder — responde rindo.