— Eles vem muito aqui?
Perguntei, curiosa.
— Vitória e Vítor são os que aparecem com mais freqüência. Os dois adoram perturbar, dar broncas, dar uma de autoridade, e tirar proveito também. Vitória, vira e mexe, se deita com Patrícia, elas tem algum tipo de relação, mas deixa bem claro que pode escolher quem ela quiser.
Engoli em seco e pisquei meus olhos duas vezes. Meu corpo se arrepiou todo.
— Entendi, você sabe sobre como vou ficar aqui sem roupas?
— Ontem Vitor deixou uma mala de roupas com seu nome no depósito.
Agradeci a Deus em pensamento e assenti saindo dali.
(...)
Eu estava cansada. Minhas pernas não latejavam e nem doíam mais, estavam com o enfaixe intacto.
No trajeto do banheiro, meu olhar se prendeu a porta que Paloma mandou eu não entrar. Me bateu uma certa curiosidade.
Vai, fofoqueira...— meu subconsciente me atormentou.
— Cala a boca!
Resmunguei para aquele atrevido.
Ao abrir a mala que estava no depósito, vi minhas roupas, um desespero tomou conta de mim.
Eles tinham ido na minha casa, com certeza. Será que bateram em minha mãe de novo? Oh, Deus!
(....)
Tomei um banho demorado, queria sentir a água sob meu corpo, isso me acalmava de certa forma.
Quando saí, já vestida, me direcionei ao quarto. Me acomodei em uma cama separada das que as meninas estavam sentadas ontem e simplesmente apaguei.