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Ficamos em silêncio, eu não queria larga-lo. O cheiro forte do perfume dele estava ali, invadindo cada canto do meu nariz e seus braços que cobriram meu corpo estavam seguros e quentes.

O que você pensa que está fazendo da sua vida? -‎ meu subconsciente apareceu.

No fim das contas já esperava por ele, sempre certo.

Respirei fundo e me afastei devagar, olhei em seus olhos e ele sorriu.

Oh não... Esse sorriso que me prendia, me puxava. Ele podia fazer um comercial com esse sorriso, ou me beijar!

Quando me dei conta estava que nem uma idiota sorrindo também. Devia estar com a cara mais imbecil do mundo, engoli em seco.

Foco!

Me dei conta de que estava perdendo o trabalho, passei as mãos pela roupa e conferi o meu rabo de cavalo. Gustavo estava parado, com seus olhos cravados em mim.

Maria José, faz ele parar!

Sorri, corada.

— Você tá melhor?

Perguntei. Queria me certificar de que ele estava totalmente bem. Burra? Sim.

Ele sorriu, estava pensativo.

— Eu estou bem.

Mumurrou, passando a língua nos lábios. Meus olhos se perderam ali.

Jesus, Maria José????

— E você tá melhor? Machuquei muito seu braço?

Se preocupou, analisando meu braço.

— Eu estou bem.

Gustavo levantou as mãos e colocou sobre o meu rosto, alisando minhas bochechas com o polegar. Ele parou ali, por alguns segundos, eu também.

— Que bom que você tá bem, eu realmente te peço descu..

— Shi..

Interrompi, completamente impulsiva.

Minhas mãos subiram e tocaram aqueles lábios, eu sempre quis pôr as mãos neles. Eram como eu imaginava, macios.

Eu imaginava? Ah foda-se, sim, eu imaginava!

Eu tinha vontade de mais e queria saciar minha vontade, beija-lo, sim, eu queria mais.

Naquele momento silencioso: Dois olhares se queimavam e se pediam.

La putaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora