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Duas e meia da tarde, eu me encontrava, totalmente trêmula na porta de um escritório de advocacia.

Respirei fundo, analisando o enorme prédio espelhado e comecei a andar.

Entrei pela porta e logo avistei uma moça, atrás de uma mesa de computador. Assim que entrei, ela abaixou os óculos em seu rosto com o dedo e me analisou de cima a baixo, logo, parou e voltou o olhar para a tela, digitando rapidamente.

— Boa tarde, Senhorita, o que deseja?

Ela perguntou em alto e bom som.

Me aproximei de sua mesa.

— Eu. An, tenho um horário marcado com o Doutor Rodrigo.

Uma porta se abriu, era um elevador. Um homem alto, com rosto super liso e pele branca, saiu dele. Seus olhos super azuis água davam nervoso de olhar. A claridade refletia em seu cabelo loiro. Ele não tinha mais de 35 anos.

— Boa tarde, senhora, Gabriela?

Ele me cumprimentou, estendendo a mão.

Apertei-a.

— Sim, sou eu. Boa tarde, senhor.

— Prazer, Rodrigo. Venha comigo, por favor. Ana Lúcia, nos sirva dois cafés.

Ele falou rapidamente e andou em direção ao elevador. Fui atrás.

(.....)

Chegando em sua sala, ele se sentou em sua mesa, desabotoando seu paletó.

Engoli em seco e me sentei também.

— E então, em que posso ajudar?

Perguntou ele, me encarando.

— Então, como falei com o senhor no telefone, eu fiquei sabendo que está cuidando do processo de um amigo, Gustavo, eu fui a mulher que sofreu o acidente com ele. Preciso entrar em contato com ele e queria saber se o senhor poderia ajudar de alguma forma.

— Sim. Eu á conheci, eu cuidei de um outro processo que ele enfrentou, queria o direito de te ver mas depois falamos mais nisso. Fico feliz pela sua recuperação e sim, posso conseguir uma visita para a..

— Ah, meu Deus! Muito obrigada!

Gritei, empolgada.

Ele sorriu e alisou a sombrancelha.

— Acalme-se, não poderá ser nada demais, consigo 30 minutos, no máximo, para que vocês possam conversar. E ainda vou entrar com o pedido, ele precisa aceitar.

Ele explicou calmamente.

— Está ótimo. O senhor acha que consegue para quando?

— Bom, se ele aceitar, depois de amanhã, quinta feira, consigo sua visita e te acompanharei.

Levantei, totalmente empolgada e peguei em sua mão, balançando.

— Nossa! Muito obrigada, Doutor Rodrigo, muito obrigada, santo Deus!

Ele arregalou um pouco os olhos e sorriu tímido. Acho que estava balançando a mão dele um pouco demais.

Soltei, envergonhada e engoli em seco.

— Que nada, senhora Gabriela. Passe todos os seus dados para minha secretária, eu vou mandar ela te orientar sobre o horário e a resposta, ok?

— Tudo bem. Muito obrigada. Até logo.

Me despedi, eufórica.

— Até logo.

Dito isso, saí dali.

(.....)

Cheguei em casa e mamãe estava na cozinha. Um cheiro bom invadiu meu nariz e eu corri até a cozinha.

— Mamãe, que cheiro bo...

Parei de falar assim que vi Edgar sentado a mesa. Os dois me olharam e eu fechei a cara.

— Oi, minha filha.

Mamãe cumprimentou, enquanto mexia a comida.

Edgar sorriu fraco e se levantou.

— Estava te esperando. Não quero incomodar mas precisamos conversar.

— Tudo o que eu tinha para conversar com você, eu já conversei.

Rebati, nervosa.

Ele me encarou por alguns minutos.

— Gabriela, por favor.

Ele sussurou.

Ô encarei de rabo de olho e sua feição totalmente pidona fez meu lado caridoso despertar.

— Não faça essa cara de cachorro sem dono.

Falei, apontando para ele.

— Ouça o que ele tem a dizer, minha filha. Ouvir não faz mal.

Mamãe pediu.

Respirei fundo e bufei, revirando os olhos.

— Vem, Edgar.

Chamei, dando as costas e indo em direção a sala.

La putaHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin