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Nem precisei fazer absolutamente nada que meus pensamentos mandaram.

Gustavo saiu de trás da mesa igual um foguete e pegou o homem pela gola de seu blaser. Ele soltou um soco certeiro em seu rosto, fazendo com que ele caísse com tudo no chão.

Arregalei meus olhos e soltei um mini-grito, levando às mãos a boca.

Ele pegou, novamente, na gola do homem, que estava caído no chão e deu outro soco, a boca escorreu sangue na mesma hora.

—  Seu infeliz, você sabe muito bem que eu não acabo com a sua vida pelo respeito que o meu pai tinha pelo seu

Gustavo berrou, socando novamente.

— Meu Deus! Para!

Gritei, desesperada.

— Mas fique sabendo você, a minha paciência acabou. Eu vou te dar um único aviso e aqui o papo é reto, Renato, você sabe disso. Saí da minha boate e não aparece na minha frente nunca mais, ou eu não vou pensar duas vezes em acabar com você. E, olha que eu não estou me referindo em acabar só com a sua miserável vida, isso seria um favor, estou me referindo em acabar com a sua filha.

Terminou a ameaça, jogando o homem para trás e largando-o no chão estendido.

— Não toca nela.

O tal Renato arregalou os olhos e se levantou, limpando sua boca e respirando forte.

Ambos se fuzilavam com os olhos, pareciam conversar com o olhar.

— Some!

Gustavo falou, agora em tom baixo.

O homem ajeitou seu casaco e me encarou com raiva. Devolvi o olhar.

Gustavo andou até a porta, abriu e gritou para os seguranças.

— Quero ele fora daqui, agora.

Os seguranças seguiram as ordens e pegaram no braço de Renato, saindo dali.

Ficamos eu e Gustavo na sala. Ele fechou a porta e me encarou.

Fiz o que eu estava fazendo de melhor em todo esse tempo, me afundei na parede e desviei meu olhar para o chão.

Aí meu Deus, minha santinha de Guadalupe, me proteja, vem bronca!

La putaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora