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— Hoje vocês irão mais cedo para a boate, voltarão mais cedo também mas não vai ser para descansar.

Vitor começou a falar.

— Vai ter uma recepção na casa do nosso chefe aqui.

Ele levou a mão para o ombro de Gustavo e apoiou nele.

— E vocês vão servir. Vocês sabem como fazer, já trabalharam com isso para nós outras vezes. Certo?

Todas as assentiram, menos eu.

Eu nunca servi nada na vida.

— Puta merda!

Sussurrei, baixo para mim, alto demais pra eles.

Todos me encararam e eu corei. Vitor levou seu olhar para mim, percorrendo o mesmo por todo meu corpo. Ele subiu o olhar para meu rosto e sorriu, malicioso.

— Tinha me esquecido de você. Agora, como eu tinha me esquecido de você, eu não sei, que coisa linda.

Elogiou ele, sorrindo.

Virei um tomate, agora eu tinha certeza.

Gustavo soltou uma tosse e tirou a mão de Vitor de seu ombro. Os olhares se voltaram para ele.

— Está enrolando demais, Vitor, cala a boca.

Murmurrou, irritado.

O clima pesou.

Gustavo deu um passo a frente e mexeu nos cabelos. Fitei todo seu corpo mas logo balancei a cabeça, desviando e cruzei os braços.

— Manuela, ensine tudo que tiver de ensinar para Gabriela. Tudo mesmo. Se a garota tiver algum erro, eu vou cobrar de você. Estamos entendidos?

— Sim, senhor.

— Gabriela.

Me pronunciei.

Mais uma vez os olhares vieram pra mim. Eu encarei apenas Gustavo.

— Oi?

Ele respondeu, arqueando a sobrancelha.

— Meu nome é Gabriela.

Respondi, impinando o nariz.

Vitor soltou uma risada.

— Caralho.

Ele falou, gargalhando.

— Ok, ensina tudo a Gabriela. Entendido?

Ele corrigiu, olhando para Manuela.

— Claro, sim senhor.

La putaWhere stories live. Discover now