Inalcançável

By AmandaCaastroh

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"Sinto-me tão perto e ao mesmo tempo tão longe... Você é como a estrela mais distante ... Como o fogo que não... More

Prólogo
Insistência e reflexões
Decisão
Finalmente...
Quem é ele?
Surpresa
Nervosismo
Curiosidade
Visitas inesperadas
Inconsequência
Segundos duradouros
Teoria
Um coração felino
Irremediável
Confissões
Será sonho?
Constatação
A fazenda
Noite originada para ser inesquecível...
Enigma
Viagem obscura
Retorno
Algo está oculto
Suspeito
Palavras opacas
Aflição
Declarações conturbadas
Pedaços desamparados
Impasse
Feridas que não cicatrizam
Hesitação
Reencontros
A um passo...
Memórias
Entre anseios e revelações
Quando o passado vem à tona...
Aceitação
Descoberta
Submissos do destino
Algo bom...
A última carta
Solução inalcançável?
Dores não podem ser eternas
Alcançável
Epílogo
Agradecimentos

Abra os olhos

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By AmandaCaastroh

Estou vestida como uma princesa. Não sei de onde veio esta roupa, mas antes a tristeza que me dominava se foi de repente e meu estado agora transparece felicidade. Corro pelos vastos campos, pelos imensos jardins. Arranco uma flor e rodopio sentindo seu perfume magnífico. Tudo está alegre, o dia está lindo, as árvores parecem sorrir...

Há uma música bem lenta tocando ao fundo. Olho ao meu redor. Estou agora em um salão de dança de um castelo. Mas, não há ninguém aqui... Ao fitar a escada o vejo descendo. Ele está vestido de príncipe e sorri para mim enquanto desce. Perco-me em seu sorriso e em seus olhos brilhantes, tudo que quero é estar ao seu lado.

Ele chega até mim, se ajoelha, pega minha mão com delicadeza e a beija. Imediatamente me puxa para uma dança, ao som de uma melodia clássica que tocava bem baixinho e que agora se tornou mais alta, ao ritmo em que dançamos.

Não paro de encarar seu rosto, ele também não desvia seu olhar por um segundo sequer. Eu o amo tanto...

Uma lágrima escapa de seu olho. Espanto-me ao ver que de forma automática uma lágrima também escorre pela minha face. Só então me lembro de tudo que aconteceu, e que não há motivos para estar feliz. Não depois de tudo...

Afasto-me dele. A dor ainda está presente... Ainda está recente... Não consigo conviver com isso. Ele vai se afastando progressivamente. Eu viro as costas, o deixando sair pelo enorme portão do castelo.

Eu não quero deixá-lo ir, de forma alguma. Talvez ainda haja alguma chance para nós. Corro atrás dele. Quando chego lá fora tudo está escuro. O dia mudou para noite de uma hora para outra. Não posso vê-lo. Olho para o céu, as estrelas são os únicos pontos brilhantes que existem.

Suspendo meu longo vestido com as mãos e começo a correr o mais rápido que consigo, na intenção de encontrá-lo em meio a esta vasta escuridão. Mas é inevitável não se cansar. Tento recuperar forças suficientes para continuar procurando. Minhas forças se esgotaram e não se renovam...

Ouço um sussurro dizendo adeus, que chega trazido pelo vento. E é nesse momento que percebo que ele está partindo. Como se fosse uma força que o puxa para bem longe, ele está lentamente me deixando para trás. Só posso ver o contorno de seu corpo se esvaindo. Já é tarde demais. Ele se foi...

O susto que eu levo ao acordar é como levar um forte e doloroso soco na cara. Respirando pesadamente, me sento na cama e tiro os cabelos que atrapalham minha visão.

As imagens continuam a se projetar repetidamente a minha frente. É como se este sonho fosse um evidente alerta para minhas terríveis e estúpidas dúvidas. É como se fosse um auxiliador para minha decisão. E através dele agora já sei o que fazer.

Passo a mão pelos olhos e desço rapidamente da minha cama.

Como pude vir com a minha mãe e ainda ficar por duas semanas inteiras aqui, sendo que deixei para trás as coisas entre mim e Edward totalmente mal resolvidas?

As lágrimas insistem em descer pelo meu rosto ao pensar que eu não deveria ter me isolado de qualquer contato com ele. Eu deveria ter conversado abertamente e entender que ele estava arrependido por tal ato, e mesmo que eu não conseguisse desculpá-lo de imediato eu teria pelo menos pensado melhor nas coisas e agora não estaria tão distante dele.

Ao que parece eu não dormi a noite passada, eu estava dormindo durante todo esse tempo. E só acordei, realmente, hoje.

Burra! É isso que sou.

Procuro desesperadamente por meus chinelos no quarto e quase atropelo Edhie, que também trouxe comigo, deitada no tapete ao lado da cama.

Saio correndo pelo corredor da minha verdadeira casa. E a verdade é que nem sei o que fazer primeiramente.

Vou andando descoordenada até a cozinha e não encontro minha mãe. Só então me lembro de que ela ainda deve estar dormindo em seu quarto.

Caminho até lá e abro a porta sem hesitar. Sua cama totalmente arrumada evidencia que, para meu alívio, ela já se levantou. E o som do chuveiro ligado, me diz onde ela está.

Ando por todo o lado do quarto, esperando ansiosamente que ela saia do banheiro.

- Sophie? - diz, assustada. Viro-me para ela e obviamente a encontro enrolada na toalha. - O que você faz aqui? - ela indaga, caminhando para mais perto de mim.

- Mãe, eu preciso ir para Houston ainda hoje. - digo, com o tom de voz firme.

- O quê? - questiona, confusa.

- Eu tenho que ir falar com Edward. As coisas não podem ficar assim.

- Me espere na sala até eu me trocar. - é tudo que ela diz, depois de me olhar atônita por vários segundos.

Eu assinto e obedeço a sua ordem. Enquanto espero por ela, tento ligar várias vezes para Edward, mas é totalmente em vão, só dá na caixa postal.

Droga. Por que tem que ser assim?

Agora eu vejo que somente um beijo abusado de uma garota, não pode atrapalhar todo nosso relacionamento e nem meus sentimentos por ele.

É difícil ainda não sentir certo remorso. Mas o que não posso é ficar aqui me lamentando.

- Você quer ir para Houston, hoje? - minha mãe aparece na sala, já vestida em sua roupa social, pronta para ir para o trabalho.

- Sim. Eu quero pegar o próximo voo que for para lá.

- Sophie, você não pode se precipitar tanto assim.

- Mas mãe não é nada precipitado. Eu somente consegui enxergar que não posso mais ficar aqui.

Ela me olha, parecendo compreensiva com o que acabei de falar. Depois senta-se ao meu lado.

- Liga para casa dele primeiro. Tente conversar com ele antes.

Eu iria dizer que era isso que estava tentando fazer a pouco. Mas, então, subitamente me lembro de que ainda não tentei ligar para sua mãe.

Busco apressadamente o número dela em meus contatos e ao encontrar não penso duas vezes e faço a ligação.

- Oi, Josephine. - digo, quando ela finalmente atende o celular. - Sou eu, Sophie.

- Oi, querida. Tudo bem?

- Sim... - falo, e então as palavras evaporam e não sei mais o que falar.

- Você está na casa de sua mãe? Edward ficou louco quando soube que você foi.

Sinto uma pontada no peito. Engulo em seco e fecho os olhos por um momento. Caminho para janela, na intenção de que minha mãe não possa presenciar minha expressão de dor.

- É sobre isso que queria falar. Ele está aí? - indago, olhando para a rua lá fora.

- Infelizmente não. - responde.

- A senhora pode me dizer onde ele está?

- Ele não me disse para onde iria. Mas eu tenho a intuição de que ele possa ter ido para nossa casa em Port Angeles. - ela declara.

Um bolo se forma em minha garganta. Sinto uma enorme vontade de chorar.

- Por favor, me passe o endereço de lá. - peço com a voz embargada.

Pego uma caneta e um papel e anoto com um pouco de dificuldade o endereço.

Arrumo minha mala rapidamente, pois sei que o ônibus que vai daqui para Port Angeles, sai daqui a uma hora e meia.

- Sinto muito, mas eu vou ter que te deixar aqui. Prometo que qualquer dia desses eu venho te buscar. - digo, pegando minha gatinha pela última vez antes de partir.

Saio do meu quarto, segurando minha mala. Ao adentrar na sala, minha mãe, que está atrasada para o trabalho, me espera com os olhos cheios de lágrimas.

Logo sou recebida por um forte abraço e tenho que deixar por um instante minha mala no chão.

- Você está indo embora, de novo. - ela diz, choramingando. - E dessa vez eu terei que ficar nessa enorme casa, sozinha.

- Mãe, eu tenho que ir. De qualquer forma, eu teria que partir qualquer dia desses. Eu estudo lá, lembra? - digo, sentindo algumas lágrimas rolarem por meu rosto.

- Eu sei. Agora irei ficar mais sozinha do que nunca. - ela fala, se afastando de mim.

- Não se pode chamar a presença de Roman de companhia. Tenho certeza que ele não lhe fará nenhuma falta. Ele está no lugar que merece e é lá que tem que ficar pelo tempo necessário.

Minha mãe consente e limpa as lágrimas que desciam vagarosas por seu rosto.

- Eu te amo, filha. Espero que dê tudo certo em seu reencontro com Edward. - ela sorri.

- Também te amo mãe, muito. - digo, dando um último abraço nela e em seguida saio pela porta e entro no táxi que já estava me esperando lá fora.

***
Depois de tocar a campainha dezenas de vezes, uma mulher que aparenta ser uma empregada aparece no portão da casa ao lado e me diz que não há ninguém na casa.

Eu pergunto se ela não viu alguém chegando e até menciono o nome de Edward. Mas continua negando, dizendo que faz um bom tempo que alguém vai lá.

Eu agradeço e ela vai para dentro novamente.

Minha vinda até aqui foi absolutamente em vão. Edward não veio para cá.

Olho para o céu, e sou obrigada a fechar os olhos pela forte radiação que os invade. Meu Deus, para onde vou agora?

Sento-me na calçada, com os pensamentos todos voltados para ele. Onde estará?

Depois de ficar alguns minutos sentada, me levanto, pego minha mala e entro novamente em um táxi, rumo ao aeroporto.

Compro a passagem para o próximo voo a Houston que para minha extrema frustração só sairá à noite. Ou seja, eu terei que ficar esperando aqui no aeroporto por umas seis horas.

Ligo para minha mãe e explico toda minha situação. Ela fica um pouco preocupada de eu ter que ficar esperando por todo esse tempo, mas eu a tranquilizo, dizendo que está tudo bem.

Permaneço sentada, olhando as pessoas passando de um lado para o outro.

Depois de aproximadamente duas horas, sinto fome e vou até uma lanchonete ali dentro mesmo.

A garçonete me encara por longos segundos antes de perguntar o que vou querer. Eu devo estar realmente nenhum um pouco apresentável. Faço o pedido e forço um sorriso para ela, para mostrar que pelo um sorriso eu consigo dar. Ela retribui e sai imediatamente da minha vista.

Passadas, finalmente, as seis horas é chegada a hora do meu voo. Acomodo-me em minha poltrona e logo o avião decola.

A música All Of The Stars, a qual conheço muito bem, se infiltra em minha mente, me fazendo lembrar automaticamente de Edward.

"Então abra os olhos e veja

O modo que os nossos horizontes se encontram

E todas as luzes vão te guiar

Pela noite comigo

E sei que essas cicatrizes irão sangrar

Mas os nossos corações acreditam

Todas essas estrelas vão nos guiar para casa"

E é assim, com essa música na cabeça, que eu acabo adormecendo.

***

Quando cheguei aqui em Houston já era tarde da noite, então preferi descansar e deixar para resolver tudo quando o dia amanhecesse.

Agora, logo cedo, estou tratando de me deslocar até a casa de Edward e esta nunca pareceu tão longe quanto hoje.

Ando apressadamente na intenção de ainda encontrar a mãe dele lá. Por sorte, ao chegar à mansão, a encontro. Depois de darmos um rápido abraço, digo que Edward não estava em Port Angeles, como ela achava.

Ela estranha por um momento, mas logo se lembra do possível e único lugar que ele possa estar: A fazenda. E é para lá que eu vou agora.

Antes de atravessar a porta para o jardim, sou intercalada por Kylie que me abraça, carinhosamente.

- Por que você foi embora? - ela diz, grudada em mim.

- Eu não fui embora. - eu sorrio e passo a mão por seus cabelos. - Da onde você tirou isso?

- Ed disse que você tinha ido embora.

Sinto uma leve angústia, só de imaginar o que ele pode ter pensado de mim quando soube disso.

- Eu só fui ficar com minha mãe por alguns dias e como você pode ver já voltei. - eu dou um sorriso para tranquilizá-la. - Agora tenho que ir atrás do seu irmão. - digo, me afastando delicadamente dela.

Vou até meu apartamento, tomo um rápido banho e coloco algumas peças de roupas em uma mochila ao pensar na possibilidade de ter que ficar lá mais de um dia.

Dou a partida em meu carro e só então me vem a mente que não sei se consigo me lembrar do caminho até a fazenda.

Continuo dirigindo em direção à saída da cidade. Eu tenho que ser confiante, eu sei que conseguirei me lembrar. Durante a viagem que fiz com Edward e sua família, eu fiquei bastante atenta nas estradas. Então, não tem por que eu me perder, certo? Tento expulsar isso da minha cabeça e ficar tranquila.

Todo o caminho está sendo muito fácil. Afinal, algumas placas também me ajudam a não seguir para uma direção oposta.

Mas só foi entrar na estrada de terra que me veio uma dúvida cruel. Não sei se vou para a esquerda ou se vou para a direita.

Fico olhando para um lado e para o outro, como se isso me fizesse descobrir a estrada certa ou como se elas de qualquer forma fossem me revelar isso.

Durante alguns minutos com o carro parado, sem saber o que fazer, e sem passar por aqui uma pessoa sequer que pudesse me informar, decido seguir pela direita.

Arrependo-me logo após, ao não reconhecer esse caminho, pelo qual estou passando.

Avisto um senhor caminhando mais a frente. Paro o carro e decido perguntar.

- Bom dia! O senhor sabe me informar onde fica a fazenda da família Scoot? - digo, depois de ter abaixado o vidro do carro.

- Sei sim. Fica para lá. - ele aponta para o caminho que vim. - Ao chegar ao final é só virar para a esquerda. - explica, por fim.

Eu agradeço e dou a volta, dessa vez sigo pela direção certa, a direção que me leva até ele.

Dou um sorriso satisfeito e sinto um frio na barriga ao parar em frente da fazenda que tanto procurava. Apesar de não ter a absoluta certeza que ele estará aqui, meu coração a todo momento diz que sim, que estou no lugar certo.

Adentro pelo caminho um pouco longo que me leva até o casarão. Assim que chego em frente desta, solto um suspiro, decorrente da minha tamanha ansiedade.

- Oi, Bom dia! - cumprimento aquele mesmo senhor que veio nos receber da outra vez, depois de ter descido do carro. - Você se lembra de mim?

- Acho que sim. - diz, um pouco pensativo. - Você é namorada de Edward, não é isso? - ele indaga, com um sorriso no rosto.

- Sou sim, eu acho... - digo a última parte mais para mim mesma. - Ele está aqui? - pergunto, receosa.

- Claro! Ele chegou há poucos dias.

Eu abro um sorriso involuntário que não posso desfazer, pois uma animação sem fim inundou todo o meu ser.

- Onde ele está? - questiono, ansiosa.

- Da última vez o vi entrando na casa...

- Ok. Muito obrigada - interrompo, caminhando rapidamente para a casa.

Quando entro em todos, ou quase todos, cômodos do casarão, inclusive em seu quarto, constato que ele não está aqui dentro.

Já ia parar para pensar onde ele poderia estar. Mas não precisei fazer isso, uma ideia imediatamente gritou na minha cabeça e minhas pernas logo começaram a correr para lá.

Ao entrar na mata, de primeira sinto um leve receio de me perder novamente. Mas quando caminho mais um pouco e ouço o som do rio, todo o meu pequeno medo vai embora, dando espaço para minha ansiedade crescer.

Vou seguindo o som do rio, até que chego a área mais aberta da mata.

No primeiro olhar que passo por toda a extensão do local, não o vejo. Caminho mais alguns passos para perto do rio, e logo a brisa vinda deste e o ar refrescante provindo das árvores, me faz fechar os olhos por uns instantes e me permite relaxar.

Abro os olhos e de uma forma quase que involuntária, viro minha cabeça para uma direção. Não para uma direção qualquer, mas sim para o local onde Edward e eu ficamos sentados da outra vez conversando e contemplando a paisagem.

Estou olhando diretamente para um local importante, que me traz várias lembranças. Estou fitando o lugar que ele está sentado de costas para mim neste exato momento.

Meu coração começa a bater mais rápido. Minha respiração fica descompassada. Fico parada, observando por longos instantes como seu cabelo balança de encontro ao vento.

Permaneço apenas o admirando, enquanto ele continua concentrado em um papel que rabisca delicadamente, olhando apenas vez ou outra para as águas a sua frente.

Quando dou por mim, já estou caminhando a passos lentos até ele. Quanto mais me aproximo, mais as batidas do meu coração tomam uma velocidade incontrolável.

Estabilizo-me a apenas um passo dele, e não consigo deixar de olhar para o desenho que ele está fazendo.

Um desenho meu. Uma representação da minha pessoa...

Não posso olhar mais, pois imediatamente ele vira-se para mim. Minha respiração torna-se ofegante enquanto ele se levanta e me encara infinitamente. Seu olhar é uma mistura de deslumbramento e de confusão.

Ficamos nos encarando, sem dizermos nada um ao outro. Conversando somente com a força dos nossos olhares.

*****

Ai, que emoção! :'(

O último capítulo mais o epílogo serão postados segunda ou terça.

Não se esqueçam de votar e comentar. ;)
Beijos! <3

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