Sinistra

By gabsel_

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Em um futuro distante, um vírus consegue exterminar a América do Sul, transformando os infectados em mortos-v... More

Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e Três
Capítulo Vinte e Quatro
Capítulo Vinte e Cinco
Capítulo Vinte e Seis
Capítulo Vinte e Sete
Capítulo Vinte e Oito
Capítulo Vinte e Nove
Capítulo Trinta
Capítulo Trinta e Um
Capítulo Trinta e Dois
Capítulo Trinta e Três
Capítulo Trinta e Quatro
Capítulo Trinta e Cinco
Capítulo Trinta e Seis
Capítulo Trinta e Sete
Capítulo Trinta e Oito
Capítulo Trinta e Nove
Capítulo Quarenta
Capítulo Quarenta e Um
Capítulo Quarenta e Dois
Capítulo Quarenta e Três
Capítulo Quarenta e Quatro
Capítulo Quarenta e Cinco
Capítulo Quarenta e Seis
Capítulo Quarenta e Sete
Capítulo Quarenta e Oito
Capítulo Quarenta e Nove
Capítulo Cinquenta
Capítulo Cinquenta e Um
Capítulo Cinquenta e Dois
Capítulo Cinquenta e Três
Capítulo Cinquenta e Quatro
Capítulo Cinquenta e Cinco
Capítulo Cinquenta e Seis
Capítulo Cinquenta e Sete
Capítulo Extra
Agradecimentos e Próximos Livros
Aviso
ATENÇÃO!
Segundo Livro
Reescrita do segundo livro
Escolhida

Capítulo Cinquenta e Oito - FINAL

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By gabsel_

*Esse é o capítulo final, logo postarei os agradecimentos e vou falar das novas obras. Aproveitem bem esse final, eu o dedico a todos vocês. Só não me matem*

O elevador é lento e parece que nunca acaba. O suspense só aumenta em cada segundo.

Não sabemos o que esse Under é e o que ele irá fazer.

Será que era uma boa ideia ter vindo para cá? Será que nós sabemos onde estamos nos metendo?

Onde que esse elevador irá dar?

De repente, um urro vem de cima. Nós todos levantamos nossos olhares. Uma coisa gigante se aproxima do chão.

A coisa cai com tudo ao lado do painel.

Tem o tamanho de um urso. Um de seus braços é como a de um humano comum, mas o outro é uma enorme garra pontuda. Sua pele é vermelha. Nu, mas sem sexo. O seu coração — que ainda está batendo — está amostra em seu peito e é pendurado por quatro veias finas em cima e uma grossa em baixo. Suas pernas são grossas e gigantes.

É o Under. Isso é o Under. Ele urra alto.

Miro meu fuzil para ele e atiro. Meus tiros pegam em sua cabeça. As balas a atravessam, mas não deixam feridas. É como se eu não tivesse atirado.

O monstro corre em minha direção e me bate com sua garra. Eu rolo para longe. Sinto meus braços e pernas doerem. Meus pensamentos se embaralham dentro da minha cabeça. Meus sentidos se confundem.

— Claire! — diz Harry.

Ele corre em minha direção, mas o monstro o impede, o empurrando com seu ombro gigante e o fazendo cair.

Do chão, eu miro minha arma para as costas do monstro e disparo. Os tiros o atravessam, mas não deixam marcas. Todos começam a disparar em direção ao monstro, mas parece que nem o afeta.

Ele se vira para mim e começa a correr. Meu coração dispara e me faz levantar apressadamente.

O Under crava sua garra contra o chão e se prende. Miro minha arma onde está seu coração. Disparo.

Os tiros acertam em cheio. O monstro urra de dor e então cai no chão, ainda com o braço preso no chão do elevador. Ele não apresenta mais sinais de vida.

— Acabou? — pergunta Dylan. — Era isso? Até que não foi tão difícil...

Fico olhando para o monstro. Está muito fácil para ser apenas isso...

Aproximo-me mais do corpo paralisado do monstro. Não consigo ver se seu coração está batendo, ele caiu em cima dele.

Estou preparada para qualquer movimento que ele der. Minha arma está apontada em sua direção.

Mas não adianta. Sou pega de surpresa. O Under tira sua garra do chão e me atinge com ela. Rolo novamente, dessa vez com mais força. Solto meu fuzil sem querer.

Sinto dor por toda parte de meu corpo. Sorte eu não ter batido a cabeça.

Levanto-ms novamente com um pouco de dificuldade e retiro a pistola do coldre. Percebo que um pente caiu enquanto eu rolava. Ele está no chão, não muito longe, mas agora não dá tempo de pegá-lo.

O coração do monstro se regenera aos poucos. Se ficarmos atirando lá, talvez uma hora ele pare completamente.

— Atirem no coração! — grito.

Dylan pega a escopeta que estava em suas costas e anda em direção ao monstro. Quando ele está numa distância perto demais do monstro, mira sua arma para o peito dele.

Under levanta sua enorme garra pra Dylan, mas ele atira. Seu coração é pego por várias balas que saem da escopeta. O monstro perde os sentidos novamente e cai.

O elevador está descendo faz muito tempo. Parece que ele nunca vai chegar ao objetivo. Isso me deixa tensa.

De repente, o corpo do monstro levanta novamente. Não adianta atirar no coração. Ele regenera de qualquer forma.

Dylan corre para longe dele. Então, o monstro vira seus grandes olhos vermelhos para mim.

Desespero-me quando ele solta um urro alto. Então, eu o vejo pular. Não um pulo normal. É de pelo menos uns vinte metros do chão.

Corro para longe quando vejo seu corpo se aproximar de mim. O chão treme com sua queda e o elevador solta um barulho agonizante.

Caio rolando. Sinto o chão se inclinar. Ele quebrou o elevador.

Então, bato contra uma parte inclinada da ponta do chão. Ela me segura para não cair do elevador.

Vejo o corpo do monstro vir em minha direção escorregando. Um pouco mais à frente, o pente da pistola que tinha caído.

Eu miro no monstro, mas quando atiro, nada sai da minha arma. Então, ergo o braço, agarrando o pente que caia em minha direção.

Troco os pentes rapidamente e atiro no monstro. Uma das minhas balas atingem o coração do monstro e ele se desvia de mim soltando urros de dor.

O Under cai do elevador, mas se segura na borda dele. O chão se inclina mais ainda com o seu peso sendo concentrado de um lado só. Olho para baixo e vejo que o chão não está tão longe assim.

Acho que dá para pular.

Olho para trás e vejo todos se segurando para não escorregar para fora do elevador.

— Temos que pular! — grito. — O chão não está longe! Vamos sobreviver!

Sem mais enrolação, eu me deixo cair. Propositalmente, Caio sobre o monstro e o levo junto comigo até o chão.

A sensação é como o do dia que pulei do hospital e quase morri. Meu coração está quase saindo pela boca. Não consigo respirar. O monstro solta urros e sua saliva quase atinge meu rosto. Seu corpo também é gosmento e nojento.

Então, eu sinto o impacto do monstro com o chão e rolo para sair de cima dele. Vejo todos caindo no chão também. Então, o enorme pedaço de metal que era o elevador começa a escorregar do ferro que está o segurando e cair na direção que estamos.

— Corram! — grito, levantando.

Saímos da área circular e entramos em uma passagem enorme. Minhas pernas quase não aguentam e eu por pouco não caio. Mas assim que percebo estar segura, desabo no chão, junto aos outros.

Olho para trás, bem a tempo de ver o enorme pedaço de metal cair sobre o monstro e se espatifar. O enorme elevador se transforma em milhões de pedacinhos de concreto e ferro.

Uma grande nuvem de fumaça sobe e eu não consigo ver mais o chão. Não vejo mais o corpo do monstro.

Tento parar de pensar nele e recobrar a respiração normal. Meu pulmão arde fortemente e meu coração dói a cada batida. Sinto minha cabeça doer um pouco.

Não consigo levantar do chão. Olho ao redor. Estamos em um lugar enorme de pedra. Acima de nós, o teto tem um grande símbolo de infecção esculpido.

Do outro lado, há uma parede com uma porta escondida. Percebo que é uma porta, pois há uma fresta pequenininha entre duas partes das paredes. Parece uma rachadura. Acima da porta, há uma televisão. E aos dois lados da televisão, duas armas enormes.

— Bem-vindo a sala de testes do Centro. — Diz uma voz robótica feminina. Acho que vem da televisão. — A porta só irá se abrir quando os níveis de infecção estiverem seguros. Se, em algum momento, reconhecermos alguma ameaça grande, nossas armas serão ativadas e matarão tudo que se movimentar.

Ergo as sobrancelhas. Não tem nenhuma infecção aqui. Por que a porta não está aberta?

Ah. O monstro é uma infecção. Mas... se ele ainda está sendo reconhecido como uma ameaça... Então ele ainda não...

Ouço um urro atrás de mim. Viro-me. Vejo o corpo gigante do Under correr em minha direção.

Levanto-me e corro para longe. O monstro passa por mim e para. Tiros são disparados contra ele. O monstro não liga para eles, mas muda de alvo. Agora está atrás de Demi.

Vejo Under correr em direção a ela. Ela fica imóvel. Paralisada.

Então, vejo o garoto loiro voar em sua direção. Niall a desvia do monstro e os dois caem no chão. Coloco as mãos na boca com o susto.

O monstro bate contra a parede e faz uma enorme rachadura. Ele parece um pouco zonzo com o impacto na parede. Sou obrigado a gritar o nome de Niall e Demi para eles saírem do chão rapidamente.

Isso com certeza vai ficar marcado em Demi. Niall salvou sua vida.

Miro minha pistola contra o monstro e atiro. Ele se vira para mim. E urra.

De repente, um alarme soa.

— Ameaça perigosa reconhecida! — diz a voz eletrônica. — Ativando módulos de defesa!

Vejo as armas perto da televisão se ativarem. Elas se movem e procuram algo que se mova.

— Fiquem parados, todos parados! — grito.

Mantenho meus pés grudados no chão. Meu coração bate forte. Tento não tremer. Meus braços e pernas falam para eu me mover, mas meu cérebro não deixa. Não consigo controlar a tremedeira. Minha respiração se torna rápida.

As armas procuram atentamente algo para atirar. Só não espero que não atire em nenhum de nós.

O monstro começa sua corrida. Em minha direção.

As armas miram para ele e disparam descontroladamente em sua direção. Os tiros — que são ensurdecedores — pegam no Under. Mas ele não para. Continua vindo em minha direção. Eu posso correr. Posso atirar em seu coração. Mas não vou. Tenho que permanecer parada.

O monstro está chegando. Não se mova, Claire. Ele está perto. Claire, se você se mover, tudo que fez será em vão! Ele está a centímetros de distância e...

Um disparo acerta seu coração.

O monstro rola no chão. Seu braço humano cai em cima do meu pé. Meu coração quase explode. Parece que acabei de sair do banho, de tão suada que estou.

— Todas as ameaças eliminadas — diz a voz.

Então, as armas voltam a ficar imóveis.

Corro para longe do monstro, arfando e tremendo. Caio nos braços de Harry.

— Isso não está adiantando nada! — falo, quase gritando. — Precisamos matá-lo! Temos que cortar aquelas veias e arrancar o coração de lá.

Atrás de mim, o monstro urra e volta a se levantar.

— Como vamos fazer isso? — ele pergunta.

Eu olho para trás. O monstro já está de pé. Mas ele corre atrás de Dylan e Demi, que estão o distraindo.

Olho para o cinto de Harry e vejo varias facas guardadas em coldres especiais. Então tenho uma ideia.

— Atira uma faca nas quatro veias de cima e eu atiro uma flecha na veia de baixo — falo.

Ele me encara, como se não tivesse muita certeza dessa ideia.

— Tem certeza que isso irá dar certo? Vai conseguir acertar a flecha naquela veia pequena? — fala ele.

— Eu vou conseguir — meu coração saltita dentro de mim. — Eu sou uma Sinistra.

Harry sorri e seu sorriso me atinge como um tiro.

— Você é minha Sinistra.

Minha vez de sorrir. Essas palavras mexem com tudo dentro de mim. Mal consigo me concentrar agora.

Respiro fundo.

Coloco minha pistola no coldre e corro. Em direção ao monstro, junto com Harry.

Vou até à frente do Under e pego meu arco. Falo para os outros saírem de perto. Tomara que dê certo.

Pego um arco e atiro rapidamente em sua direção. Mas a flecha acerta ao lado de seu coração.

Droga!

O monstro urra e vira para Harry. Ele parece mirar e então atira. Mas sua faca passa pelo monstro e quase me acerta.

Ergo as sobrancelhas. Agora o monstro está indo atrás de Harry. Nosso plano não deu certo. Nós falhamos.

Então, tenho um plano B de última hora. Sei que ele não é bom no arco e eu não sou boa na faca, mas invertemos os papéis. Jogo meu arco por cima do monstro e o vejo segura-lo em cheio. Corro até a faca caída no chão e a pego.

O monstro anda em direção de Harry. Jogo uma flecha para ele. Então, ele já a ajeita no arco. Vejo ele puxando a flecha. Está segurando o arco da forma correta. Está puxando a flecha da maneira correta.

Aprendeu comigo.

Então, ele solta a flecha e ela vai diretamente para o peito do monstro, bem em sua veia.

O Under urra e se vira lentamente para mim, para se proteger de mais tiros de Harry. Palavras de Harry vêm na minha cabeça.

Não pense. Jogue. Não mire. Jogue. Apenas jogue.

Isso depende de mim. Tem que ser agora. O Under corre em minha direção.

Jogo a faca. Apenas olhando na direção que eu deveria jogar. A faca acerta em cheio as quatro veias de cima.

O monstro urra alto. Então, cai rolando no chão. Sangue sai de seu peito e suja o chão que passa. Então seu corpo finalmente para de rolar.

Seu coração agora está imóvel no chão, bem longe de seu corpo. Ele está morto.

Nós o matamos.

Olho para Harry. Não consigo deixar de sorrir. De repente, levo um susto. A televisão se liga e eu ouço uma voz feminina. Reconheço essa voz. Ah não...

— Bravo, bravo! — ouço palmas. Viro-me para ver a televisão, só para ter certeza de quem é. — Vocês conseguiram. Passaram por tudo isso!

Meus pelos todos se arrepiam. Meu coração está totalmente acelerado novamente. Parece que não vamos ter descanso.

— Então era você... — falo. — Nunca foi Clarissa...

O rosto dela sorri na televisão. Eu desconfiei dela. Mas jurava que era Clarissa. Como fui tão burra?

A ex-namorada de Niall. A menina que mora com Clarissa.

Brenda.

— Sim Claire, sou eu. Enganar você para achar que era Clarissa foi a coisa mais fácil que já fiz na minha vida. — Ela fala. — Dei aquele papel que você tanto queria a ela, justamente para você desconfiar.

— Desgraçada! — grita Niall.

Ela ri. Então a porta abaixo da televisão começa a se abrir lentamente.

— Mas... ela pegou aquele vírus! Ela perdeu o uniforme dela e... — tento dizer, mas sou interrompida.

— Eu roubei o uniforme dela. E naquele papel, estava escrito sobre o vírus no hospital. Ela só estava fazendo o mesmo que você, Claire. Investigando.

Um sentimento de culpa cai sobre mim. Eu sempre achei que fosse ela. Sempre desconfiei. Mas... ela só estava investigando. Como eu pude ser tão burra?

— Foi uma péssima ideia vocês terem vindo para cá — ela continua.

— Infecção eliminada, porta da sala de testes se abrindo. — Diz a voz robótica.

A raiva que sinto de Brenda agora é grande. Ela nos fez de idiota.

— Vocês escolheram esse destino. Se pensam que acabou aqui, estão enganados. — Ela dá um enorme sorriso. — Isso foi apenas... o começo.

A televisão desliga.

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