Sinistra

By gabsel_

480K 42.9K 6.7K

Em um futuro distante, um vírus consegue exterminar a América do Sul, transformando os infectados em mortos-v... More

Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Quatorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e Três
Capítulo Vinte e Quatro
Capítulo Vinte e Cinco
Capítulo Vinte e Seis
Capítulo Vinte e Sete
Capítulo Vinte e Oito
Capítulo Vinte e Nove
Capítulo Trinta
Capítulo Trinta e Um
Capítulo Trinta e Dois
Capítulo Trinta e Três
Capítulo Trinta e Quatro
Capítulo Trinta e Cinco
Capítulo Trinta e Seis
Capítulo Trinta e Sete
Capítulo Trinta e Oito
Capítulo Trinta e Nove
Capítulo Quarenta
Capítulo Quarenta e Um
Capítulo Quarenta e Dois
Capítulo Quarenta e Três
Capítulo Quarenta e Quatro
Capítulo Quarenta e Cinco
Capítulo Quarenta e Seis
Capítulo Quarenta e Sete
Capítulo Quarenta e Oito
Capítulo Quarenta e Nove
Capítulo Cinquenta e Um
Capítulo Cinquenta e Dois
Capítulo Cinquenta e Três
Capítulo Cinquenta e Quatro
Capítulo Cinquenta e Cinco
Capítulo Cinquenta e Seis
Capítulo Cinquenta e Sete
Capítulo Cinquenta e Oito - FINAL
Capítulo Extra
Agradecimentos e Próximos Livros
Aviso
ATENÇÃO!
Segundo Livro
Reescrita do segundo livro
Escolhida

Capítulo Cinquenta

5.3K 518 77
By gabsel_

Eu poderia muito bem aceitar. Não haveria LPB, eu poderia fingir que sou normal e não precisaria descobrir o que é ser "Escolhida".

Mas em primeiro lugar, como ele pode me oferecer isso do nada? Isso me parece muito suspeito.

E em segundo lugar, como ficariam todos? Minha irmã. Demi. Harry.

Tudo seria diferente. Seria estranho. Não teria meus amigos por perto. Não teria que sair com os Sinistros. E abandonaria minha irmã sozinha. Isso eu não posso fazer.

— Não — penso em dizer apenas isso, mas não consigo. — Não posso deixar as pessoas do lugar que eu moro. Há muitos sobreviventes lá, e um deles é minha irmã. A única família que eu tenho.

Ele sorri de lado, um pouco decepcionado.

— Entendo — ele fala. — É sempre bom ter pessoas novas, e eu pensava que você não tinha nenhum lugar para ir, ou sei lá.

Jonas parece ser sincero e um cara do bem. Ele não parece querer fazer o mal. Mas mesmo assim, tenho que tomar cuidado em quem confio.

— Se quiser, pode ir para o outro prédio, avisaremos quadrando seus amigos estiverem prontos. É só voltar para o beco e pegar a porta mais perto. Peça a um dos guardas que a leve para o quarto 7.

Eu balanço a cabeça, afirmando. Volto para a porta que entramos e deixo o prédio cheio de trabalhadores.

Olho para os dois lados do beco. Um lado é fechado por um muro e o outro é a porta que dá para a rua, onde nosso carro está.

Tem tantas outras portas nos prédios. Me pergunto se elas dão em caminhos muito diferentes um do outro.

Como Jonas disse, vou até a porta mais próxima do outro prédio e entro nela. Escadas são o único caminho, então as subo. Entro em um corredor, onde um homem armado me para.

— Quem é você? — pergunta ele.

— Eu vim de outro lugar, meus amigos estão sendo analisados na enfermaria. — Digo. — Jonas me mandou falar para você me levar até o quarto 7.

Ele revira os olhos, parecendo muito entediado com a ideia. Então fala apenas:

— Vire a primeira direita e depois encontre a porta com número 7.

Então, tira um bolo de chaves do bolso e começa a procurar uma específica. E me dá a que está cravada o número 7.

Reviro os olhos, com a intensão de mostrar que não gostei da atitude preguiçosa do guarda e avanço. Viro o primeiro corredor da direita e não demoro para encontrar o quarto 7.

Abro a porta com a chave e a abro. O cheiro de produtos de limpeza invade minhas narinas. O chão está incrivelmente limpo, assim como as paredes.

Entro e fecho a porta atrás de mim.

Me sinto muito suja aqui. Dou dois passos e percebo que estou criando pegadas pretas do meu sapato sujo. Ultrapasso o pequeno corredor, ignorando uma porta que tinha no meio dele.

Então vejo um quarto limpo, com uma cama de casal extremamente arrumada, uma pequena estante de livros e uma escrivaninha com um computador que não deve estar funcionando.

Uma pontada atinge meu coração por estar sujando o chão. Não tenho coragem de sentar na cama. Eu vou acabar sujando ela.

Ando para a estante de livros, tomando o maior cuidado para não sujar nada além do chão. Eu começo a ver os livros que a estante guarda. A maioria parece ser velho. Estão todos cheios de poeira. Um nome me chama a atenção.

Estudos da Biologia - Vírus

Eu pego o livro. Limpo a poeira da capa e o abro. A página que cai está falando sobre como funciona o vírus. Folheio um pouco.

Um vírus pode se multiplicar dentro do organismo humano, em segundos.

Após penetrações de um vírus no organismo, ele fica adormecido e não mostra sinais por algum tempo...

Viro as páginas, tentando encontrar algo interessante. De repente, o nome de um capítulo aparece na minha cara.

CURA

Começo a ler.

Hoje em dia, quase todos os vírus já tem cura. O nosso sistema imunológico está cada vez mais forte. Está cada vez mais difícil de se pegar um resfriado comum por causa do nosso anticorpos.

O corpo cria anticorpos que agem contra algo específico, como um vírus. Por exemplo, quando você é picado por um inseto, o anticorpos vai agir contra a picada.

Por isso hoje em dia, existem aquelas milhares de vacinas que as nossas crianças devam tomar. Elas começam a criar anticorpos contra uma determinada doença.

Fecho o livro. Isso só me fez lembrar do meu sonho. Aquele papo de substâncias e de alguém ser a pessoa certa...

Isso só confunde mais minha cabeça. Se for real, o que eles testaram em mim quando eu era menor?

Coloco o livro na estante. Quando vou empurra-lo para ficar no meio dos outros livros, ouço um som vindo do andar de cima. Assusto-me e solto o livro. Ele cai no chão, espalhando várias folhas.

Olho para cima. Passos pesados. De repente algo cai. Uma batida forte.

O que é isso?

— POR FAVOR, NÃO! — ouço uma mulher gritar.

De repente não ouço mais nada. Mas que merda foi essa?

Preciso ir descobrir.

Ando até a porta do corredor que eu tinha ignorado. Sujo o chão propositalmente. Abro a porta e vejo um banheiro super limpo. Ando até uma janelinha e a abro.

Vejo as pegadas atrás de mim, revelando por onde andei. Tiro os sapatos e os jogo pela janela. A deixo aberta e saio do quarto, deixando as pegadas enganarem quem vier me procurar.

Isso foi muito esperto... Me surpreendo do jeito que pensei nisso tão rápido.

Ando pelo corredor e me escondo atrás de uma parede. Olho para o lugar que eu vim e vejo o cara que me deixou passar de costas. Ele não vai me ver.

Entro no corredor e continuo andando reto por ele. Assusto-me quando uma porta ao meu lado bate forte. Ouço um choro vindo dela.

Eu tento abri-la, mas não adianta. Preciso da chave.

Olho para os lados e ando em direção ao guarda de costas. Ouço algo vir de trás de mim e pulo no corredor que está o quarto 7. Escondo-me atrás da parede novamente. Espio para ver o que está acontecendo.

Vejo um homem vestir o cinto enquanto sai de um quarto. Uma mulher tenta escapar, mas o cara a empurra de volta para o quarto e fecha a porta. Então, se vira e vai para o outro lado do corredor. Então eu percebo.

Estão mantendo mulher presas aqui. São abusadores!

É por isso que Jonas pediu para que eu ficasse aqui.

Mas e aquela que estava trabalhando na enfermaria? Ah... Não...

Tenho que encontrar Niall e Mandy. Agora.

Volto para o corredor e ando em direção ao guarda. Agarro seu pescoço com os braços e o enforco. Ele bate as mãos no meu braço, tentando escapar. O empurro contra o chão e ele se ajoelha. Uso minha força total e ele fica vermelho em pouco segundos.

Ele tenta pedir socorro, mas nada sai. Então, ele finalmente para de resistir e eu deixo ele cair no chão, sem vida.

Pego seu fuzil que, graças a Deus, tem silenciador. Procuro o bolo de chaves em seus bolsos e quando as acho, volto para a porta que eu tentei abrir.

A destranco e então a abro. Tem um corredor igual o quarto que eu estava. Ando até o quarto e vejo uma mulher chorar na cama toda bagunçada. A mulher ao me ver, se assusta e cai da cama, tentando fugir de mim.

— Calma — digo. — Eu não vou fazer nada!

Agacho-me e olho debaixo da cama, vendo os cabelos loiros da mulher. Ela chora ainda.

— Vou te tirar daqui.

Ela olha para mim e eu vejo seus olhos castanhos claros. Seu rosto está acabado e seu cabelo totalmente bagunçado.

Ela se arrasta lentamente o para fora da cama. Claramente com medo.

— Pode confiar em mim, não vou te machucar. — Falo.

Então, a mulher se levanta com dificuldade e seu rosto fica contra a luz, revelando que seu rosto está úmido de tanto chorar.

— Quem é você? — pergunta.

— Uma sobrevivente.

Ela me encara. Não está com tanto medo quanto antes. Parece que já está confiando em mim.

— Preciso da sua ajuda — falo. — Preciso que você abra as portas de todos os quartos e peçam que as outras fujam para fora daqui.

Ela balança a cabeça, afirmando. Dou o bolo de chaves para a mulher e corro para fora do quarto, segurando firmemente meu fuzil.

Corro para o final do corredor e subo as escadas. Um guarda me aguardava lá em cima. Eu atiro antes mesmo que ele pudesse falar algo.

Corro para cima. Se a arma não tivesse silenciador, todos estariam atrás de mim agora.

Ouço risadas vindas de uma porta próxima. Eu ando até a porta e coloco o ouvido contra ela. Ouço risadas masculinas e homens fazendo piadas totalmente idiotas. Eles parecem estar bêbados.

Vou até o corpo do guarda que acabei de matar. Tiro outro bolo de chaves e tranco a porta que os homens estão. Abro a porta mais próxima e faço a mesma coisa que fiz com a mulher loira lá embaixo. Essa foi mais difícil acalma-la.

— Preciso da sua ajuda — digo. — Silenciosamente, você vai me ajudar a abrir as portas. Não faça barulho.

Ela aceita. Nós saímos abrindo as portas e pedindo ajuda as outras meninas. Eram mulher de idades de 15 até 30 anos. Em alguns minutos, as meninas se espalhavam pelo lugar, abrindo as portas e evitando a porta dos homens.

Faltando só uma porta, mando todas as meninas fugirem e eu abria ela. Corro para a porta e a abro. Vou até a cama em que uma menina de cabelos pretos tentava dormir.

Ela não demorou muito para sair correndo.

Volto para o corredor e percebo que eles estão tentando abrir a porta que eu tranquei.

Corro desesperadamente até as escadas. Desço na maior velocidade. A menina loira que eu ajudei me para. Ela é a única aqui.

— Tem uma chave faltando. — Diz ela.

Olho para os lados e vejo uma única porta fechada. É a porta que eu vi o homem sair fechando o cinto.

— Ok, pode ir, eu a abro.

Ela balança a cabeça e corre para fora do prédio.

Eu vou até a porta e começo a bater meu ombro contra ela. Uma menina chora do outro lado da porta.

— Se afasta da porta! — digo.

Ouço os passos rápidos dos homens descendo as escadas. Merda.

Bato com mais força na porta. Coloco força total. Então avanço contra a porta e ela estoura.

— Fuja! — grito.

A menina corre para fora.

Saio do quarto e corro na direção da saída. Olho para trás e vejo os homens armados atirando. Disparos pegam nas paredes. Um deles atira e a bala passa por cima de mim.

Viro-me e atiro contra os homens. Um tiro acerta a perna de um deles e ele cai, derrubando outro homem.

Desço as escadas correndo e chego no beco.

Preciso encontrar Niall e Mandy.

Entro no lugar onde estavam os homens trabalhando. Não largo minha arma. Corro pelo local, procurando algo que se pareça com uma enfermaria. Me misturo com as pessoas. Todos falam "o que ela está fazendo com uma arma?" ou "quem é aquela?".

Mulheres são poucas e ver uma com uma arma é assustador para eles. Estou sendo observado de todos os cantos, mas ninguém entende o que está acontecendo.

Ouço alguém gritar "PEGUEM ELA" e é esse momento que em desespero. Corro para frente, sem saber para onde estou indo.

Tiros são disparados de cima. Eles pegam no chão, o perfurando. Um tiro acerta minha arma e ela cai no chão. Corro em direção a uma porta dupla.

Uso meu ombro para abri-las e as fecho rapidamente. Meu ombro dói agora.

Olho para frente. Um corredor branco com várias portas e algumas janelas. Algumas pessoas andam de jaleco branco. Algumas garotas trabalham por aqui. É a enfermaria.

Tomara que eles estejam aqui.

Ando pelo corredor e vejo nas janelas algumas pessoas em camas sendo cuidadas. Todos me olham, suspeitos.

Começo a correr novamente, prestando o máximo de atenção nas janelas. Então passo por uma que reconheço os cabelos loiros de Niall.

Passo pela porta aberta e ouço a porta do corredor se escancarar. Vejo Niall sentado em uma cama e Mandy sentada em outra ao lado.

— Precisamos sair daqui! — digo.

Niall se levanta de sua cama. Ele parece bem melhor. Mas ainda não tem um dedo.

— O quê? — ele fala. — Por quê?

— Não dá tempo de explicar, precisamos sair, agora.

A janela ao meu lado se estilhaça. Eu e os outros nos abaixamos. Vidros voam para todos os lados, junto com as balas que atingem a parede.

Um cara pula pela passagem, onde antes havia uma janela. Levanto-me, o atacando. Seguro sua arma para cima e ele dispara. Eu o empurro contra o chão e ele cai, me levando junto. Fico em cima dele e agarro a arma fortemente.

Roubo sua arma e dou uma coronhada contra sua cabeça. Ele perde a consciência.

Saio de cima dele. Vejo dois homens com armas virem em nossa direção. Atiro antes mesmo deles poderem chegar na janela. Os dois caem no chão.

— Peguem as armas deles, temos que sair daqui!

Atravessamos a janela e eles recolhem as armas dos homens mortos. Olho para a porta que dá para fora da enfermaria. Jonas chega com três guardas nas suas costas. Vejo Karmen sair de uma das salas. Ela não parece entender nada.

Corro para ela e a seguro pela cintura. Miro a ponta do meu fuzil para sua cabeça e me viro para Jonas. A mulher fica desesperada.

— Claire, pare! — diz ele.

— Nos deixe ir, ou pode dizer adeus a Karmen. — Digo, sem ter certeza de que atiraria mesmo nela.

— Largue-a — diz ele.

— Jonas, amor... Por favor! — diz ela.

Me espanto. Ela namora com ele? É por isso que ela é a única que não estava presa. Como uma mulher pode concordar com esse tipo de abuso?

— Karmen e você estão juntos? — digo. — Karmen, você sabia que ele mantinha mulheres presas dentro de quartos, prontas para serem abusadas?

Ele parece se irritar um pouco.

— Ela sabe! E sabe que não são para mim. — Diz ele. - São o pagamento desses homens. Eles trabalham tanto para mim. Precisam de um pagamento.

Karmen chora desesperada. Suas mãos tremem.

— Você ia nos trancar em quartos também! Ia matar Niall e trancar Mandy em um quarto também! — grito. — Eu vi aquelas mulheres sofrendo. Elas agora estão livres. Livres de vocês. Seus monstros!

Encosto fortemente a ponta da arma contra a cabeça de Karmen. Ela chora alto e solta um grito de medo.

— Pare! — diz Jonas. — Deixamos vocês irem, mas não a machuquem, por favor!

Levanto Karmen e mantenho a ponta da arma pressionada contra suas costas.

— E tem mais — digo. — Vão nos dar metade de seus suprimentos. Principalmente comida e remédio.

Continue Reading

You'll Also Like

105K 9.1K 52
Julie se apaixonou pelo impossível e o impossível se apaixonou por Julie. No meio de tantas incertezas será que um amor impossível poderá ser vivido?
40K 5.1K 40
🥇 1° lugar em ficção científica e geral no concurso Trick or Treat 🥇 1º lugar em fantasia no concurso Pequenos Girassóis 🥇 1° lugar em fantasia no...
394K 4K 25
Aqui vocês encontram alguns nomes e sobrenomes para os personagens de suas histórias.
1M 27.6K 26
❗⚠️DARK ROMANCE⚠️❗ 🔞 Contém +18 nessa fic 🔞 - Minha primeira fic (nem tô surtando) Vou tentar me esforçar, prometo!